Influência de Aditivos Funcionalismo no Intumescimento de Membranas de Acetato de celulose utilizadas em regeneração tecidual guiada
Por: marianafornazier • 31/3/2021 • Seminário • 629 Palavras (3 Páginas) • 190 Visualizações
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Influência de aditivos funcionais no intumescimento de membranas de acetato de celulose utilizadas em regeneração tecidual guiada
Mariana Fornazier Borges1* (PG), Matheus Barbosa1 (IC), Reinaldo Ruggiero1 (PQ)
1- Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia
* mariana-for@hotmail.com
Palavras Chave: acetato de celulose, membrana, intumescimento, aditivos funcionais, coeficiente de difusão, regeneração tecidual guiada.
Introdução
A Regeneração Tecidual Guiada (RTG) consiste numa modalidade de tratamento regenerativo que envolve a colocação de uma membrana sobre o defeito ósseo. A membrana biosintética de acetato de celulose (CA) incorporada com aditivos funcionais vem sendo bastante utilizada para RTG1. As propriedades hidrofílicas das membranas são analisadas através do estudo do grau de intumescimento, que é descrito como o aumento do volume do polímero quando este se encontra imerso em determinado solvente. A partir das medidas de grau de intumescimento e possível obter parâmetros da cinética de intumescimento que são uteis para entender o processo de difusão2.
No presente trabalho foi feito a comparação dos resultados obtidos entre a membrana de CA com as membranas incorporados com aditivos funcionais.
Resultados e Discussão
As membranas de CA foram obtidas através do método de ‘casting’. Os aditivos funcionais utilizados foram: carboximetil lignina de sódio (CML), tetraciclina (T) e glicerofosfato de cálcio (GPCa).
O estudo de intumescimento foi obtido em tampão de fosfato (PBS), pH=7,2 a uma temperatura de36,5 °C. O grau de intumescimento (Q) foi calculado através da Equação2 1.
Q(%) = mt –m0 x 100
m0
Parâmetros da cinética de intumescimento foram obtidos por medidas do Q em função do tempo. Para cada curva, o expoente difusional (ᶯ) e constante de difusão (k) foram calculados utilizando a Equação2 2:
F = mt = ktn meq
Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 1 e na Figura 1.
Tabela 1. Parâmetros obtidos a partir da análise do grau de intumescimento das membranas.
Membranas | Q% | ᶯ | k (min-1) |
CA | 181,88 | 0,26085 | 0,39710 |
CA-CML | 186,7 | 0,11331 | 0,58342 |
CA-CML-T | 172,53 | 0,16838 | 0,36902 |
CA-CML-GPCa | 244,98 | 0,05374 | 0,80871 |
CA-CML-T-GPCa | 162,12 | 0,08174 | 0,68831 |
Figura 1. Variação de massa das membranas em PBS
em função do tempo de imersão.
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De acordo com a Figura 1, em todas as membranas a variação de massa foi maior entre os 15 primeiros minutos e que após 60 minutos ela se mantém praticamente estável. Comparando os resultados do Q, observamos que a CML promove um leve aumento no Q e que a associação da mesma com a T promove uma redução e com o GPCa um aumento. Para a membrana CA-CML-T- GPCa, percebe-se uma diminuição no Q, constatando-se que a incorporação simultânea dos aditivos promoveu uma redução nas propriedades hidrofílicas. Analisando os parâmetros cinéticos, verificamos que todas as membranas apresentam valores de ᶯ inferior a 0,5 o que sugere que o processo que rege a difusão é a associação de difusão parcial através de uma matriz intumescida e de poros hidrofílicos. Em relação a k, temos que a presença dos aditivos promove um aumento da mesma, com exceção para a membrana CA-CML-T onde ocorre uma redução.
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