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Isolamento de óleos essenciais cravo da Índia

Por:   •  27/9/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.676 Palavras (11 Páginas)  •  764 Visualizações

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CEDERJ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE

LICENCIATURA EM QUÍMICA 

ISOLAMENTO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DO CRAVO DA ÍNDIA (ARRASTE A VAPOR)

                                   

                                                   

                                 

                                         

   Química H

Agosto/2016

 Paracambi

1 – Introdução:

Destilação é uma importante ferramenta para separação de misturas homogêneas líquido - líquido ou líquido-sólido. Existem várias técnicas de destilação, largamente empregadas na indústria. Em todos os casos o principio de funcionamento é o mesmo, apenas a aparelhagem utilizada sofre adequações para cada caso. Os três tipos mais notáveis de destilação são a destilação simples, fracionada e por arraste. [1]

Destilação por Arraste de Vapor

Esta técnica é utilizada, desde tempos ancestrais até os dias de hoje, para extração de óleos essenciais. O cheiro de praticamente qualquer coisa pode ser obtido por esta técnica, principalmente produtos vegetais, como cravo, canela, pétalas de rosas, etc. A técnica consiste em fazer passar vapor pelo material do qual queremos extrair o óleo essencial. Tipicamente, usa-se água para esta finalidade, mas podem ser usados outros solventes, como o etanol, por exemplo. [1]

A destilação por arraste de vapor é uma destilação de misturas imiscíveis de compostos orgânicos e água (vapor). Misturas imiscíveis não se comportam como soluções. Os componentes de uma mistura imiscível "fervem" a temperaturas menores do que os pontos de ebulição dos componentes individuais. Assim, uma mistura de compostos de alto ponto de ebulição e água pode ser destilada à temperatura menor que 100°C, que é o ponto de ebulição da água.[3]

Empregada para destilar substâncias que se decompõem nas proximidades de seus pontos de ebulição e que são insolúveis em água ou nos seus vapores de arraste.

Esta operação baseia-se no fato de que, numa mistura de líquidos imiscíveis, o ponto de ebulição será a temperatura na qual a soma das pressões parciais dos vapores é igual à da atmosfera, o que constitui uma decorrência da lei das pressões parciais de Dalton. Se, em geral, o arraste se faz com vapor d’água, a destilação, à pressão atmosférica, resultará na separação do componente de ponto de ebulição mais alto, a uma temperatura inferior a 100ºC. [2]

Matematicamente, a pressão total de uma mistura de gases pode ser definida: [2]

P = P1 +P2 + ...Pn

onde p1, p2,..., pn representam a pressão parcial de cada componente na mistura.

É assumido que os gases não reagem um com o outro. Portanto, a pressão parcial do componente na mistura é: [2]

Pi = P x Xi

onde xi é a fração molar do enésimo componente na mistura total de n componentes.[2]

A aparelhagem típica para uma extração por arraste de vapor não difere muito da aparelhagem por destilação simples. [1]

[pic 1]

  Figura 1 : Aparelhagem  para destilação por arraste de vapor.  

Mistura Líquido – Líquido

Uma miistura heterogênea líquido-líquido tende a se separar por decantação. Dois líquidos imiscíveis normalmente se separam de tal forma que o mais denso se deposite no fundo e o menos denso fique por cima.[1]

O funil se separação é a técnica mais utilizada em laboratórios químicos. Trata-se de um funil fechado e com uma torneira na hasta por onde saem os líquidos. [1]

[pic 2]

Figura 2. – Funil de Separação.

Óleos Voláteis

Os óleos voláteis são os principais odoríferos encontrados em várias partes de plantas. Como evaporam quando expostos ao ar em temperaturas comuns, são chamados óleos voláteis, óleos essenciais ou essências. Os óleos essenciais são normalmente encontrados em bolsas secretoras presentes nas partes vitais dos vegetais, tais como: pétalas das flores, folhas, sementes, caule, raiz e frutos. Além do uso em produtos farmacêuticos, certos óleos essenciais são bastante empregados como aromatizantes de alimentos e doces, bem como no comércio de especiarias, perfumes e cosméticos. Praticamente todos os óleos voláteis são constituídos por misturas químicas muito complexas; sua composição química varia muito. Neles podem ser encontrados quase todos os tipos de compostos orgânicos (hidrocarbonetos, álcoois, cetonas, aldeídos, ésteres, óxidos, éteres e outros). As essências são pouco solúveis em água, mas, são solúveis em álcool, clorofórmio, diclorometano, éter e outros solventes orgânicos.[3]

O processo de extração das essências depende de uma série de fatores, tais como: sua localização no vegetal, suas propriedades físico-químicas e a finalidade a que se destina. A grande maioria pode ser isolada dos tecidos vegetais com arraste a vapor. Os constituintes de um óleo essencial podem ser separados por: destilação fracionada a pressão reduzida, cristalização ou cromatografia. A técnica de extração pelo arraste de vapor permite a separação de componentes voláteis ,sem necessidade de temperaturas elevadas, evitando-se assim, a sua decomposição térmica. [3]

        O Óleo essencial de Cravo da Indía (Eugenia Caryophyllata)

O cravo é uma planta usada como tempero desde a antiguidade. Era uma das mercadorias entre as especiarias da China que motivaram inúmeras viagens de navegadores europeus para o continente asiático. Na China os cravos eram usados não só como condimentos, mas também como antisséptico bucal.  Viajantes arábicos já vendiam cravos na Europa ainda no Império Romano. O cravo também tem sido utilizado há mais de 2000 anos como uma planta medicinal. [2]

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