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O CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

Por:   •  21/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.897 Palavras (16 Páginas)  •  84 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE[pic 1][pic 2][pic 3]

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

INSTITUTO DE QUÍMICA

BIOREFINARIA

JUCIARA NAYARA DA SILVA MELO

BIOCOMBUSTÍVEIS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Natal/RN

2021

Sumário[pic 4]

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS VERSUS BIOCOMBUSTÍVEIS        4

3.        PAPEL DA QUÍMICA VERDE        7

4.        BIOCOMBUSTÍVEIS DE PRIMEIRA GERAÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR        8

5.        BIOCOMBUSTÍVEIS DE SEGUNDA GERAÇÃO        9

6.        PROCESSOS DE PRODUÇÃO        10

7.        DESAFIOS E PERSPECTIVAS        13

8.        REFERÊNCIAS        14


  1. INTRODUÇÃO

Os combustíveis surgiram com o objetivo de facilitar a vida da humanidade, possibilitando sua locomoção por meio de veículos motorizados, utilização de máquinas a vapor e a aplicação de derivados de petróleo como fonte energética para iluminação através da sua combustão em lampiões. A revolução industrial marcou o aumento acelerado do uso dessa fonte de energia. Nesse período, a popularidade dos automóveis aumentou e consequentemente houve uma ampliação da demanda por combustíveis de alto desempenho, dessa forma, os combustíveis fósseis passaram a ser fonte para obtenção de gasolina e década depois, a partir da Segunda Guerra Mundial, o diesel passou a ter grande utilização como combustível.7

É inegável que o emprego dessa fonte energética no nosso cotidiano trouxe grandes avanços industriais, no entanto, desencadeou prejuízos ambientais consideráveis, afetando todo o equilíbrio entre economia, sociedade e meio ambiente.

A produção de eletricidade, aquecimento e transporte no período da Revolução Industrial, favoreceu o aumento dos gases de efeito estufa, GEE (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, entre outros), que se acumulam na atmosfera, enclausurando o calor e tornando o planeta mais quente. As emissões de GEE são medidas em termos de dióxido de carbono equivalente (CO2e). Tendo o CO2 como referência é possível comparar diferentes GEE com base em seu potencial de contribuição para o efeito estufa.14

Os primeiros esforços para tentar solucionar esse problema resultaram no Protocolo de Quioto, em 1997, que tinha como objetivo a redução das emissões de GEEs e argumentava que o aquecimento global era uma realidade e que o CO2 produzido por ações humanas era o seu grande causador. O primeiro período do protocolo terminou em 2012 e, por isso, em 2015 as Nações Unidas impulsionaram a assinatura do novo acordo de Paris, que tem o objetivo de “fortalecer a resposta global à ameaça das alterações climáticas, no contexto de desenvolvimento sustentável e com esforço para a erradicação da pobreza”. Para atingir os resultados esperados, o aumento da temperatura média global deve está abaixo dos 2° Celsius face à temperatura global pré-industrial.17

Uma das cláusulas do Acordo de Paris exige a inclusão de energias renováveis (eólica, marítima, solar) e biocombustíveis no mercado de energia. Cada país possui uma meta que vai de acordo com o seu mercado e às matérias-primas disponíveis em cada território.

Esse trabalho é embasado em fundamentação teórica por meio de literatura pertinente, considerando informações coletadas em dados de instituições de pesquisa e artigos relacionados ao tema como referência. O objetivo principal é destacar a importância dos combustíveis renováveis, salientando os desafios que dificultam sua produção e utilização em maior escala como também perspectivas para a área.

  1. COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS VERSUS BIOCOMBUSTÍVEIS

Combustíveis fósseis é a denominação dada a um grande grupo de combustíveis não renováveis e que foram formados há milhares de anos por processos de decomposição de organismos vegetais e animais, sob condições de altas temperaturas e pressão. Os principais combustíveis fósseis são carvão, gás natural e petróleo.

O carvão natural foi o primeiro combustível fóssil a adquirir relevância. Por alguns anos foi à fonte de energia mais importante do mundo, gerando calor pela sua queima para movimentar máquinas, navios e locomotivas. Esse produto resulta da fossilização da madeira que, com o passar do tempo, perde água, metano e dióxido de carbono. O carvão é altamente poluente e sua queima acarreta o surgimento dos produtos convencionais de uma combustão. Atualmente o Brasil tem 6% de sua oferta primária de energia composta por carvão.6

O gás natural é um dos derivados do petróleo, sendo constituído quase que totalmente por metano (CH4), e é utilizado especialmente para a geração de calor e energia em indústrias e automóveis. O seu uso vem crescendo de forma significativa, correspondendo a cerca de 9% da oferta de energia primária em nosso país. Por ser um gás, para seu transporte e estocagem é necessária a utilização de cilindros e vasos industriais, como também gasodutos que acabam gerando impactos ao meio ambiente. 6

O petróleo é o combustível fóssil mais relevante do ponto de vista econômico. Uma vez que nas refinarias, é submetido a processos para obtenção dos seus derivados, como a gasolina, querosene, óleo diesel e o GLP. Seus derivados podem ser utilizados também para a produção de plásticos e borrachas. Atualmente o petróleo e seus derivados correspondem a 37% da oferta primária de energia do Brasil. 6

Os combustíveis de origem fóssil ainda são bastante utilizados mesmo apresentando consequências ambientais como o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, gerando uma série de impactos locais e sobre a saúde humana, como também, mudanças climáticas causadas pela intensificação do efeito estufa. Essas mudanças climáticas colocam em questão os padrões de produção e consumo atual, visto que, suas causas estão ligadas à queima e consumo de combustíveis fósseis, principal fonte primária de energia e força motriz da economia global.

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