CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Por: karlos_yz • 29/8/2015 • Trabalho acadêmico • 3.084 Palavras (13 Páginas) • 883 Visualizações
[pic 1]
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Curso de Engenharia Química
QUÍMICA EXPERIMENTAL
REAÇÃO de CANNIZZARO
ACADÊMICOS: R.A:
LUCAS BOSQUESI ANDRADE 77929
CARLOS YANAZE JR. 82811
BRUNO PEREIRA GOMES 80214
Turma: 207/004
Professor: Marcos
MARINGÁ – PARANÁ
Maio/2014
- INTRODUÇÃO
O principal reagente da reação de Cannizzaro é o benzaldeído, que é composto de uma carbonila ligada à um anel aromático. Algumas de suas propriedades físicas são[1]:
Ponto de ebulição: 178ºC.
Ponto de fusão : -29 oC.
Pouco solúvel em água.
Pela ação de bases, duas moléculas de benzaldeídos podem produzir uma de álcool e outra de ácido, a tal reação é conhecida como reação de Cannizzaro, na qual a metade das moléculas de aldeído se oxida e a outra metade se reduz[3].
A grande reatividade que apresenta deve-se ao caráter insaturado da carbonila, somado à diferença de eletronegatividade entre o carbono e o oxigênio. Este último é mais eletronegativo que o primeiro, razão pela qual um elétron nas imediações de ambos permanecer mais próximo do oxigênio. Consequentemente a carbonila apresenta uma estrutura de dipolo elétrico com o centro dascargas negativas próximo ao átomo de oxigênio e o centro das cargas positivas nas vizinhanças imediatas de átomo de carbono.
O caráter dipolar da carbonila explica por que a tendência à adição de substâncias polares (água, álcoois, amoníaco, etc.) é mais acentuada naquele grupo funcional que na ligação entre carbonos. A adição de água aos aldeídos dá-se à temperatura ambiente mesmo na ausência de catalisadores.
Em geral, os hidratos dos aldeídos são dificilmente insolúveis devido à sua instabilidade. Uma das exceções é o hidrato de cloral (tricloriacetaldeído).
As bases fortes provocam sobre os aldeídos uma oxiredução que leva o nome de “Reação de Cannizzaro”. De duas moléculas de aldeídos obtém-se uma molécula de álcool e uma de ácido. A reação é particularmente singular para os aldeídos que não apresentam hidrogênio ligado ao átomo de carbono vizinho à carbonila.
Se existir hidrogênio no carbono vizinho a carbonila, o meio alcalino favorece a condensação aldólica [2]:
Aldol.
[pic 2]
Esta reação mostra, por um lado à reatividade de H α(da 2ª molécula) e por outro lado, um significativo exemplo de adição nucleofílica à carbonila (da 1ª molécula). Os aldeídos assim obtidos desidratam-se facilmente, dando aldeídos α, β insaturados (aldeído crotônico)[2]:
[pic 3]
Esta reação chama-se reação de crotonização.
Tendo em prova de que os aldeídos são produtos intermediários entre álcoois e ácidos orgânicos a reação de Cannizzaro é uma reação de oxirredução, o aldeído age como oxidante e como agente redutor [2][3].
[pic 4]
As reações de Cannizzaro são de pequena aplicação sintética porque a maioria dos aldeídos é agente redutor e caro.
- OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo verificar a obtenção e purificação de ácido benzoico e do álcool benzílico usando como reagente benzaldeído e NaOH, o mecanismo da reação de Cannizzaro e o ponto de fusão do ácido benzoico.
- MATERIAIS E MÉTODOS
- Vidrarias
- Balão de fundo redondo;
- Kit de materiais para laboratório de Química Orgânica;
- Funil de separação;
- Dois béqueres;
- Funil de vidro.
- Equipamentos
- Manta de aquecimento;
- Suporte universal;
- Garras;
- Sistema de filtragem a vácuo;
- Bico de Bunsen;
- Tela de amianto;
- Tripé;
- Caixa térmica com gelo;
- Aparelho de medir ponto de fusão;
- Lamínulas;
- Pinça;
- Papel filtro.
- Reagentes
- Solução de NaOH 20%;
- Benzaldeído;
- Pedras de porcelana;
- Éter etílico;
- Cloreto de cálcio (CaCl2);
- Ácido clorídrico (HCl) concentrado;
- Água destilada.
- Procedimento experimental
- Tratamento do benzaldeído com solução de NaOH 20%
Em um balão de fundo redondo foi adicionado 30 mL da solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 10mL de benzaldeído. Adicionou-se também algumas pedras de porcelana. O balão de fundo redondo com a mistura reacional foi colocado na manta de aquecimento.
Montou-se a aparelhagem para refluxo conforme a figura 13 do livro do kit. É preciso passar vaselina na borda interior do balão de fundo redondo para que depois do aquecimento houvesse maior facilidade para remover a parte superior do sistema de refluxo. O sistema todo foi preso ao suporte universal por meio de garras para evitar que o sistema caísse.
Ligou-se o manta com a chave próxima a posição 3. A manta foi utilizada porque parte dos reagentes era inflamável. Assim que o sistema começou a refluxar, cronometrou-se 40 minutos. As pedras de porcelana permitiram que o aquecimento não fosse turbulento. Passado esse tempo, foi desligada a manta e esperou-se a solução esfriar. Depois de fria, transferiu-se o conteúdo do balão de fundo redondo para o funil de separação.
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