O Relatório de Físico Química Experimental
Por: Vitor Bernardes • 25/5/2022 • Resenha • 2.043 Palavras (9 Páginas) • 103 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Disciplina: Fisico Química Experimental CII
PRÁTICA Nº 1
Equilíbrio líquido-vapor de misturas azeotrópicas
Aluno: Vitor Bernardes Silva
Relatório apresentado à disciplina de Fisico Química Experimental CII do curso de Química Tecnológica da UFMG.
Docente: Marcelo Machado Viana.
BELO HORIZONTE
02 de Junho de 2021
INTRODUÇÃO
Quando se tem uma solução de dois líquidos voláteis, as pressões parciais de vapor dos componentes estão relacionadas com a solução líquida pela lei de Raoult, na qual o resultado da razão entre pressão de vapor parcial (𝑝A) e pressão de vapor da substância pura (𝑝*A) é aproximadamente a fração molar (xA), como demonstrado nas equações 1.
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A pressão de vapor total ( da solução é a adição de pa e pb, ou seja, a pressão de vapor total varia de forma linear de 𝑝*B até 𝑝*A quando xA varia de 0 a 1. Quando a solução obedece a lei de Raoult em todo o intervalo da fração molar das substâncias, ela é denominada solução ideal e seu diagrama de fases está representado na figura 1.[pic 3]
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Para visualizar melhor a destilação dessas substâncias presentes na solução, é necessário utilizar um diagrama de temperatura-composição, ou seja, é preciso tornar a pressão constante para demonstrar as composições das fases em equilíbrio em função da temperatura.
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Figura 1. Diagrama de fases com relação entre temperatura e composição de A
(FONTE: ATKINS, 2008.)
Existem soluções que mesmo não sendo ideais, tem diagramas de fases de temperatura-composição que se assemelham com diagramas ideais, porém existem soluções que apresentam desvios que formam pontos de máximo ou mínimo no diagrama.
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Figura 2. Diagrama de fases com um desvio de ponto mínimo.
FONTE: (ATKINS, 2012.)
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Figura 3. Diagrama de fases com um desvio de ponto máximo.
FONTE: (ATKINS, 2012.)
Os pontos de máximo aparecem quando há interações intermoleculares favoráveis para as substâncias que reduzem a pressão de vapor aumentando a temperatura de ebulição, já os pontos de mínimo são o contrário, quando as substâncias têm características muito parecidas e não interagem isso causa um aumento da pressão de vapor, diminuindo a temperatura de ebulição.
Nos pontos de máximo ou de mínimo, os valores de temperatura de ebulição são iguais para os dois componentes, ou seja, a evaporação ocorre sem modificação da composição formando um azeótropo, sendo assim, a destilação não separa os dois líquidos naquelas proporções.
Além do ponto de máximo ou mínimo, um diagrama de fases também apresenta pontos na região entre as duas fases, que indica o equilíbrio entre líquido e vapor além de demonstrar as proporções relativas a cada fase (α e β). Para encontrar esses valores é utilizada a regra da alavanca, na qual se mede a distância do ponto em relação às linhas de amarração de cada fase e relaciona essas medidas ao número de moles de cada fase, como demonstrado a seguir.
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OBJETIVO
Construir o diagrama temperatura de ebulição em função da composição para um sistema binário de líquidos que forma um azeótropo.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Inicialmente, preparou-se uma montagem para aquecimento, representada pela figura 4 abaixo.
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Figura 4. Montagem utilizada na prática.
(FONTE: Apostila de Roteiros de Trabalho em Laboratório – Físico-Química CII.)
Inicialmente forama adicionados 150,0 mL de cicloexano no balão pela entrada lateral, indicada como B na figura, com o auxílio de uma proveta e um funil de vidro. Na sequência, essa entrada foi vedada com uma rolha e a manta foi ligada para iniciar o aquecimento. Esperou-se até o início da ebulição e assim a temperatura do sistema estabilizou-se, o balão foi tirado de contato com a manta e anota-se o valor marcado no termômetro. Com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, coletaram-se alíquotas do condensado presentes no “bolsão” a partir de C, indicados na figura, e do resíduo no balão A. Armazenou-se cada amostra em um tubo de ensaio. Em seguida, o restante do condensado na concavidade foi retornado para o balão de fundo redondo. Repetiu-se o processo outras 5 vezes com adições crescentes de isopropanol ao sistema.
Tabela 1. Volumes de cicloexano e isopropanol utilizados em cada batelada de aquecimento.
Processo de adição de isopropanol.
Amostra | Vol. adicionado de cicloexano/ mL | Vol. final* de cicloexano/ mL | Vol. adicionado de isopropanol/ mL | Vol. final* de isopropanol/ mL |
1 | 150,0 | 150 | 0 | 0 |
2 | 0 | 150 | 2,0 | 2 |
3 | 0 | 150 | 3,0 | 5 |
4 | 0 | 150 | 5,0 | 10 |
5 | 0 | 150 | 10,0 | 20 |
6 | 0 | 150 | 25,0 | 45 |
*Valor esperado do volume final, como ocorre ebulição parte desse volume pode ter sido perdido
Realizou-se o mesmo procedimento utilizando apenas isopropanol inicialmente e adicionando-se quantidades crescentes de cicloexano. A partir do processo a tabela 2 foi construída, na qual apresenta os volumes utilizados em cada amostra.
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