O documentário “pro dia nascer feliz”

O documentário “pro dia nascer feliz”, foi gravado durante o período de Abril de 2004 a Outubro de 2005, nos mostra a realidade de escolas públicas de Pernambuco e do Rio de Janeiro e da particular de São Paulo, onde tem situações comuns a várias escolas públicas e particulares em todo o Brasil: Alunos desinteressados, alunos que não conseguem atingir seus objetivos por causa de um obstáculo que é o próprio sistema da escola em que estuda, estrutura física e docente comprometida, devido à falta de recursos básicos, falta de professores, etc. O transporte é extremamente  precário, dificultando o acesso dos estudantes que não moram próximo chegar à escola.

Na escola de Pernambuco, banheiros em condições precárias, alimentação deficitária, estrutura com falta de recursos básicos, falta do ensino médio, transporte precário, são bem diferentes do Rio de Janeiro porem no Rio de Janeiro há influência de criminalidade, violência, drogas na região, conflitos familiares, afetando o convívio social. Há desrespeito mutuo entre funcionários, professores e alunos, pois infelizmente não há realmente preocupação com o ensino e sim com a aprovação, como no caso do aluno em que há uma discussão dos professores pois uns querem aprova-lo devido a tentativa e não desistência por parte do aluno e outros querem reprova-lo pois não atingiu o objetivo.

A realidade da escola de São Paulo é bem diferente, os alunos e professores mais compromissados e interessados, além da postura do colégio ser rígida. A educação dos colégios particulares em especial os católicos, são referência em comparação a outros colégios particulares. A principal diferença entre os alunos são as atividades extraclasse como esportes, aulas particulares e etc, que são raridade em escolas públicas. Há o pensamento no futuro em ter acesso a uma boa universidade, existe o entendimento da polarização social que alunos de particulares e públicas sofrem.

As opiniões do Ronaldo em que mostra a ilusão de melhora no ensino devido a políticas públicas e dos alunos que disseram ter várias faltas na semana e até mesmo num mesmo dia, isso mostra a falta de preparo em relação a sala de aula, desmotivando os alunos e a si mesmo.  Os professorem se recusam a ir à escola lecionar pois os alunos em geral também não se incomodam com essas faltas, inclusive na escola do RJ, alguns alunos enganam ir à escola para saírem, ou seja, segundo a professora, irem até a porta da escola como ponto de encontro para irem a outro destino. Os professores que lá estão se desmotivam, sabendo que nas ultimas aulas e na sexta feira são ditas certas de terem falta de grande parte dos alunos.

A intenção de alguns dos alunos dos colégios públicos é apenas de passar de série, enquanto de outros é aprender para ter continuidade nos estudos, assim como os alunos entrevistados do colégio de São Paulo, Santa Cruz. Os vestibulares e programas de incentivo a educação superior do governo, por um lado trouxeram esperança aos alunos de conseguirem um ensino público superior, enquanto por outro lado, faz com que os alunos apenas tenham como referência esses “benefícios” e se esqueçam do verdadeiro papel do colégio que é o ensino-aprendizagem. Atualmente ainda existe esse pensamento mas o acesso ao ensino superior ser facilitado de nada adianta sem haver reformulação do conteúdo para haver um real preparo dos alunos do ensino médio público para entrarem no ensino superior com base para enfrentar toda a graduação.