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O funcionamento de uma ETE

Por:   •  10/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  1.716 Visualizações

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O funcionamento de  uma  Estação  de  Tratamento  de  Efluente  (ETE)  compreende  basicamente  as seguintes  etapas:  pré-tratamento  (gradeamento),  tratamento  primário  (floculação  e sedimentação),  tratamento  secundário  (processos  biológicos  de  oxidação),  tratamento  do  lodo  e tratamento terciário (polimento da água).

 

1) TRATAMENTO PRELIMINAR

Constituído  unicamente  por  processos  físicos.  Nesta  etapa,  é  feita  a  remoção  dos  materiais  em suspensão.

Pré-Tratamento

Tem como objetivo a retirada de materiais grosseiros e de sólidos sedimentáveis, além de uma pequena redução de carga orgânica do efluente bruto. Também nesta etapa é reduzida a temperatura e o pH do efluente bruto.

O efluente passará por um sistema de Peneiramento por Gradeamento denominado ECOSEWER, este sistema não permite que partículas maiores que 3mm sejam mandadas para o Tanque de Equalização.

Em caso de entupimento do Sistema de Peneiramento, o nível vai subir e por transbordo seguirá para o Tanque de Rejeito do Efluente.

2) TRATAMENTO PRIMÁRIO

O tratamento primário é constituído unicamente por processos físico-químicos. Nesta etapa procede-se a equalização e neutralização da carga do efluente a partir de um tanque de equalização e adição de produtos químicos.  Seguidamente, ocorre a separação de partículas líquidas ou sólidas através de processos de floculação e sedimentação, utilizando floculadores e decantador (sedimentador) primário.

Tanque de Equalização

Os efluentes enviados para o Tanque de Equalização são provenientes dos seguintes setores da fábrica: Planta da Fibra Reciclada, Máquina de Papel, Tanque de Neutraulização da Desmi ,  lodos dos vários estágios da Planta da Fibra Reciclada e o Lodo da Estação de Tratamento da Água-ETA

É onde ocorre a reunião dos efluentes gerados no processo fabril.

O Tanque de equalização possui uma capacidade de 2000 m3, um agitador flutuante e um agitador fixo que tem como função homogeinizar e evitar e deposição de sólidos.

O efluente chega ao Tanque de Equalização com seu pH previamente ajustado com injeção de CO2, que se dá por meio de um difusor.

Difusor

É um sistema para criar micro bolhas que demoram mais a subir e se misturam melhor com o efluente.

O pH do Tanque de Equalização deverá ficar entre 6,5 e 7,5.

 CLARIFICADOR PRIMÁRIO – DAF I

Por meio de bombeamento, o efluente proveniente do Tanque de Equalização irá para o Clarificador Primário, Tipo Poseidon PPM 300-E.

Faz-se uma análise dos solos sedimentáveis, como pH em que se encontra o efluente e adiciona-se o coagulante e o floculante.

O processo de coagulação, ou floculação, consiste na adição de produtos químicos que promovem a aglutinação e o agrupamento das partículas a serem removidas, tornando o peso específico da mesma maior que o da água, facilitando a decantação.

Para uma melhor eficiência do Poseidon será injetado na sucção da bomba primeiro o coagulante. O coagulante é um produto denso, feito pela Nalcon (empresa que fornece o produto) possui uma densidade de aproximadamente 1,12 sendo inj queetado numa vazão de 9 litros por hora e responsável pela formação de pequenos flocos.

A seguir será injetado o Floculante numa vazão de 7,2 l/h, por bombeamento. Injeta-se ar comprimido, num circuito pressurizado que irá fazer com que os resíduos sólidos encontrados, já floculados, flotem, até a superfície do tanque. O Microflotador é constituído de um tanque de aço inoxidável. Internamente, o Poseidon é provido de uma série de placas corrugadas. Externamente, é equipado com acessórios e bicos.

Componentes Principais :

        -Extrator de espuma;

-Visores de nível;

-Portas de inspeção de acesso aos cones de sedimentação na parte inferior do tanque.

Os resíduos sólidos e o lodo prosseguirão até o tanque de lodo, o efluente clarificado a uma vazão de 187 a 230 m³/h, segue para o Tanque de Aeração, para tratamento biológico.

Torre Alpina

A temperatura de entrada no tanque de aeração que será a próxima etapa do processo não deve ser maior que 35° C. Por isso a torre de resfriamento é colocada em funcionamento quando necessário.

3) TRATAMENTO SECUNDÁRIO

É Esta etapa tem como objetivo reduzir a carga orgânica, através de uma reação biológica, onde há a formação de flocos que serão separados do efluente tratado.

Tanques de Aeração

 Este sistema, unidade central do tratamento biológico, está contido num tanque, no qual estarão distribuídos, simetricamente, aeradores mecânicos de baixa rotação. Neste tanque, as bactérias aeróbias absorvem a matéria orgânica, dissolvida ou em suspensão, transformando-a em flocos sedimentáveis, que serão separados, formando o lodo secundário. O tanque de aeração possui seis aeradores fixos distribuídos uniformemente, que tem como finalidade homogeneizar e aerar o conteúdo do tanque de aeração, introduzindo oxigênio.

A combinação do aerador com o deslocamento do líquido em aeração, cria uma turbulência que mantém a contínua subida da massa líquida. Esse ciclo contínuo de aeração envolve todo o conteúdo do tanque na área de influência do aerador.

A turbulência, decorrente do ciclo de mistura e circulação possibilita a rápida dissolução do oxigênio na água, bem como, a homogênea distribuição desse oxigênio entre os microorganismos.

Projetou-se dois tanques retangulares com as seguintes características:

Tanque de Aeração I:

Capacidade- 800 m³

Nº de difusores- 6

Nº de hastes em cada difusor: 19 a distribuição de ar ocorre do centro para as extremidades, com furos de 2 a 3 mm.

Vazão de ar comprimido- 3.515 Nm³/h

Quantidade de mídias (elementos plásticos)- 160 m³

Tanque de Aeração II

Capacidade- 800 m³

Nº de difusores- 6

Nº de hastes em cada difusor: 19 a distribuição de ar ocorre do centro para as extremidades, com furos de 2 a 3 mm.

Vazão de ar comprimido- 1.891 Nm³/h

Quantidade de mídias (elementos plásticos)- 160 m³

MECANISMO BIOLÓGICO:

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