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Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

Por:   •  18/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.415 Palavras (6 Páginas)  •  86 Visualizações

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Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as seguintes etapas:

 I - Caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos. Estimar a geração média semanal de resíduos sólidos por classe e tipo (m3 ou kg) e descrever os procedimentos a serem adotados para a quantificação diária dos resíduos por classe/tipo;

TABELA - GERAÇÃO DE RESÍDUOS POR ETAPA DE OBRA:

[pic 1]

ll - Minimização dos resíduos: Descrever os procedimentos que serão adotados para minimização da geração dos resíduos sólidos, por classe.

IIl - Triagem: Priorizar a segregação na origem, neste caso, descrever os procedimentos a serem adotados para separação dos resíduos sólidos por classe e tipo. Caso a obra não possua espaço para segregação dos resíduos, esta poderá ocorrer em Áreas de Triagem e Transbordo – ATT, devidamente licenciadas, com identificação da área e do responsável técnico.

 IV - Acondicionamento: Descrever os procedimentos a serem adotados para acondicionamento dos resíduos sólidos, por classe/tipo, de forma a garantir a integridade dos materiais. Identificar, na planta do canteiro de obras, os locais destinados à armazenagem de cada tipo de resíduo. Informar o sistema de armazenamento dos resíduos identificando as características construtivas dos equipamentos/abrigos (dimensões, capacidade volumétrica, material construtivo etc.). Os dispositivos de armazenamento mais utilizados na atualidade são as bombonas, bags, baias e caçambas estacionárias, que deverão ser devidamente sinalizados informando o tipo de resíduo que cada um acondiciona visando a organização da obra e preservação da qualidade do RCC.

- As bombonas são recipientes plásticos, geralmente na cor azul, com capacidade de 50L que servem principalmente para depósito inicial de restos de madeira, sacaria de embalagens plásticas, aparas de tubulações, sacos e caixas de embalagens de papelão, papéis de escritório, restos de ferro, aço, fiação, arames etc.

 - As bags se constituem em sacos de ráfia com quatro alças e com capacidade aproximada de 1m3. As bags geralmente são utilizadas para armazenamento de serragem, EPS (isopor), restos de uniformes, botas, tecidos, panos e trapos, plásticos, embalagens de papelão etc.

- Baias são depósitos fixos, geralmente construídos em madeira, em diversas dimensões que se adaptam às necessidades de espaço. São mais utilizadas para depósito de restos de madeira, ferro, aço, arames, EPS, serragem etc.

- As caçambas estacionárias são recipientes metálicos com capacidade de 3 a 5m3 empregadas no acondicionamento final de blocos de concreto e cerâmico, argamassa, telhas cerâmicas, madeiras, placas de gesso, solo e etc. O acondicionamento inicial deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos RCC sempre levando em conta o volume gerado e a boa organização do canteiro. No caso das obras de pequeno porte, depois de gerados, os RCC deverão ser coletados, e levados diretamente para o depósito de acondicionamento final, devidamente segregado.

V - Transporte: Descrever os procedimentos com relação ao transporte interno, vertical e horizontal dos RCC.

 Vl - Reutilização e reciclagem: Descrever os procedimentos que serão adotados para reutilização e reciclagem dos RCC.

Vlll - Transbordo de Resíduos: Localização: endereço completo (croquis de localização) .

 lX - Destinação dos resíduos, descrever os procedimentos que deverão ser adotados com relação à destinação dos RCC por classe de acordo com a Resolução CONAMA. Apresentar carta de viabilidade de recebimento/destinação de empresa licenciada para destinação ou de Área de Triagem e Transbordo – ATT da classe/tipo de resíduo.

TABELA - ALTERNATIVAS DE DESTINAÇÃO PARA OS DIVERSOS TIPOS DE RCC:

[pic 2]

 Depois de recolhidos dos pontos de entrega os resíduos da construção civil serão encaminhados para a ATT municipal, que são áreas de Transbordo e Triagem destinadas ao armazenamento temporário dos resíduos da construção civil. Em seguida, seguirão para os destinos adequados onde devem ser integralmente triados. Os resíduos recebidos devem ser controlados quanto à procedência, quantidade e qualidade conforme o CTR – Controle de transporte de resíduos. Devem ser disponibilizados à fiscalização, na ATT, relatórios mensais que contenham a quantidade mensal e acumulada de cada tipo de resíduo recebido e a quantidade e destinação dos resíduos triados, com a comprovação dos destinos. A destinação dos RCC deve ser feita de acordo com o tipo de resíduo. Os RCC classe A deverão ser encaminhados para áreas de triagem e transbordo áreas de reciclagem ou aterros da construção civil com prioridade. Já os resíduos da classe B podem ser comercializados com empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que comercializam ou reciclam esses resíduos ou até mesmo serem usados como combustível para fornos e caldeiras. Para os resíduos das categorias C e D, deverá acontecer o envolvimento dos fornecedores para que se configure a corresponsabilidade na destinação dos mesmos.

Fluxograma de uma central de processamento de Araraquara:

Grande parte dos resíduos gerados na construção civil é levada até Central de Processamento de Araraquara, uma empresa privada, responsável pelo recebimento, separação, reciclagem e destinação dos resíduos sólidos. Através de um elaborado ciclo de atividades, os resíduos são tratados gerando materiais que serão reutilizados em outras atividades comerciais. Os resíduos chegam à central por meio de caminhões e caminhões caçambeiros. Por dia, são encaminhados 600 m³ de resíduos da construção civil, que corresponde a, aproximadamente, 240 toneladas/dia.

Esse fluxograma mostra as atividades e demonstra o que ocorre com os conjunto de materiais, durante as fases do processo produtivo:

[pic 3]Fonte: http://www.fatecguaratingueta.edu.br/fateclog/artigos/Artigo_82.PDF

 Os resíduos chegam até a central onde passam por um fluxo linear de atividades que envolve, basicamente, o processo de separação (realizado manualmente) e o processo de trituração, até que estejam prontos para sua reutilização na cadeia produtiva. É o que acontece na Central de Processamento de Araraquara, conforme demonstrado pela figura:

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