PROCESSO DA SOJA - RELATÓRIO
Por: aline.m.b • 16/11/2016 • Trabalho acadêmico • 3.686 Palavras (15 Páginas) • 425 Visualizações
1-INTRODUÇÃO
2- OBJETIVO
O estagio foi realizado na empresa Sina Indústria de Óleos Vegetais LTDA e teve como principal objetivo o acompanhamento de uma rotina de laboratório, conhecendo todo o processo desenvolvido pela empresa, seus projetos e as analises realizadas no controle de qualidade.
O relatório apresentado relata os processos que envolvem a produção de óleo de soja e gordura hidrogenada de soja e o processo do farelo de soja, e as analises que são feitas para o seu controle de qualidade.
3- HISTORICO DA EMPRESA
A Sina atua no mercado de esmagamento de grãos, seus derivados estão presentes na fabricação de produtos das mais conceituadas marcas alimentícias e químicas, do Brasil e do mundo.
Está presente no dia-a-dia das pessoas, seja na hora de uma refeição gostosa, nas tarefas do lar ou, até mesmo, ajudando a cuidar da sua saúde.
Desde 1971 a Sina caminha a passos firmes e largos, juntamente com os seus parceiros, levando ao consumidor final sempre os melhores produtos.
A sina tem a missão de fornecer produtos com o mais elevado padrão de qualidade que tragam plena satisfação aos nossos clientes.
Novas conquistas são dadas todos os dias pela Sina. Na próxima safra, a empresa contará com mais uma unidade, em Bariri-SP, com duas linhas de produção: uma para esmagar amendoim e milho; e a outra, exclusiva para produção de óleo para biodiesel, através do esmagamento de mamona, pinhão manso e nabo forrageiro.
As unidades atuais também apresentarão novidades: em Bauru será implantada a fábrica de biodiesel, além de outra refinaria. Já em Santo Anastácio, a indústria vai inaugurar sua primeira fábrica de ácido graxo.
Com o crescimento e sucesso nos negócios o grupo assume mais uma unidade.
Localizada em Orlândia/SP, a fábrica é capacitada para a produção de óleos vegetais, farelos, lecitina, gordura vegetal, entre outros.
Utilizando métodos críticos de análise exigidos pelo mercado, a Sina assegura sua presença no processo fabril das marcas mais exigentes, conquistando o consumidor final com excelentes resultados e alcançando sempre o padrão de qualidade desejado pelo mercado.
Através da Sina Export o grupo atua com a marca Sina em diversos países do mundo. Com uma equipe dedicada à exportação atendemos aos diversos e mais exigentes mercados mundiais. Ouvindo seus clientes e implementando os mais críticos padrões de qualidade exigidos mundo afora, a Sina atende com excelência a todos os seus clientes.
4-DESCRIÇÃO DO PROCESSO
[pic 1]
4.1- RECEBIMENTO
Os grãos de soja são entregues a industria através de carros graneleiros por rodovias, ferrovias ou hidrovias e são pesados, amostrados e descarregados nas unidades de recebimento, sendo posteriormente enviados as unidades de limpeza e secagem, (sendo que a secagem só se faz necessária quando o % de H2O for maior que 2%), para estocagem.
A classificação e separação dos grãos são de suma importância nesta fase do processo, onde a amostra homogeneizada é avaliada, determinando-se principalmente seu teor de umidade e classificando os grãos. A Tabela 2 demonstra a especificação básica para o grão.
4.2 LIMPEZA E SECAGEM
A operação de limpeza é de grande importância porque são removidas impurezas, tais como pedras, vagens e detritos, através de um conjunto de peneiras vibratórias com orifícios de diferentes tamanhos e sucção de ar, objetivando a retirada de cascas de semente; assim, os grãos em bom estado, quando necessário, são conduzidos ao secador, devendo ainda existir sistema magnético para retirada de impurezas metálicas.
O processo de secagem consiste em insuflar ar quente em contra fluxo do grão, devendo a temperatura não ser superior a 90ºC, sendo controlada através de exaustores que se encarregam de enviar o volume de ar quente suficiente para a operação, depois de cumprida esta etapa, o produto vai para o armazenamento em silos com temperatura e umidade relativa do ar controladas para um melhor acondicionamento do grão.
4.3 ARMAZENAMENTO
O armazenamento dos grãos, se bem efetuado, garante ao produto qualidade por tempo prolongado, pois estando dentro dos padrões de umidade, (inibindo assim reações enzimáticas) e isento de impurezas, a probabilidade de reações secundaria é muito remota, visto estar a semente protegida pelo seu invólucro e conter um alto índice de antioxidantes naturais para preservar o óleo, porém pequenas alterações na acidez do óleo contido no grão devem ocorrer.
Quando acorre um alto índice de grãos quebrados e especialmente descontrole de umidade no grão, (acima de 16,00%), pode acorrer o alto aquecimento dos grãos, o que provoca o aparecimento de grãos ardidos, que contém, no seu interior, óleo escuro, com alto índice de oxidados e elevada acidez, bem como um farelo escuro, portanto, o controle de temperatura e umidade nos silos é de vital importância, sendo que os silos são providos de insufladores de ar e tem que ter condições de remanejamento dos grãos, ausência de luz, umidade e condições de carga e descarga facilitadas e controle de temperaturas monitoradas por painéis.
5- PREPARAÇÃO
Os grãos são quebrados a um quarto de seu tamanho e separadas as cascas, isto é obtido a partir de quebradores munidos de peneiras e sucção, onde as cascas são separadas. É importante, nesta fase, a quebra dos grãos dentro de padrões, para facilidade operacional no extrator e facilidade na remoção das cascas, sendo que podem ser adicionadas posteriormente no farelo após o extrator.
5.1 COZIMENTO
O cozimento antecede à laminação e tem objetivo tornar a soja plástica e o óleo fluido entre as células para facilitar a operação de laminação, a temperatura, nesta fase, deverá ser ao redor de 75ºC à 80ºC
5.2 LAMINAÇÃO
A laminação é obtida a partir da passagem da soja através de rolos cilíndricos, onde se buscam laminas de 0,3mm de espessura, provocando, assim, a ruptura das células e uma grande área superficial para o ataque do solvente, laminas de grande espessura provocam alto teor de óleo residual no farelo.
6- EXTRAÇÃO
O método recomendável para soja é a extração por solvente, sendo o Hexano o mais indicado pela solubilidade do óleo e por suas propriedades, porém apresenta o inconveniente da alta inflamabilidade, devendo, portanto se tomar os devidos cuidados dentro da planta quando em operação ou nas manutenções.
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