PRODUÇÃO DE TINTA COM PIGMENTO NATURAL DE URUCUM
Por: leticiasousat21 • 12/3/2016 • Artigo • 1.700 Palavras (7 Páginas) • 370 Visualizações
PRODUÇÃO DE TINTA COM PIGMENTO NATURAL DE URUCUM
CORREA, Carlos Eduardo Alves¹; TEIXEIRA, Letícia Sousa²; CRUVINEL, Isabella³; CARLOS, Marcelo¹; BENJAMIN, Wilson Sousa
Universidade de Uberaba
E-mail: carloseduardolll@hotmail.com; gestor.quimica@uniube.br
Resumoleticialovee15@hotmail.com
Ao contrário das tintas sintéticas as tintas naturais ou orgânicas não são feitas com produtos químicos, são extraídas de elementos naturais, ou seja, a partir de compostos orgânicos feitos com moléculas que contêm carbono combinado com hidrogênio e, muitas vezes, com oxigênio ou nitrogênio.
Pensando assim, os autores deste trabalho tiveram como propósito desenvolver uma tinta à base de corantes naturais, produzido a base de Urucum. Fazendo essa substituição obteve-se matérias primas que são de fácil alcance e baixo custo. O produto tem aplicabilidade no artesanato, com pinturas de telas, cerâmica e fins estéticos de embelezamento. Foram feitos testes em laboratório para proporção do pigmento em relação ao aglutinante utilizado que foi a goma de polvilho, observou-se que o pigmento utilizado não é tão solúvel em água quanto o esperado, portanto foi utilizado o éter em pequena proporção onde observamos melhor nitidez na cor esperada.
Palavras chaves: mistura, corantes naturais.
Introdução
O uso de tintas ou pigmentos sempre esteve presente na sociedade, desde os primórdios o homem utilizava cores para se comunicar, escrever e relatar fatos ou desejos. Com o passar do tempo o uso destes materiais tornou-se cada vez mais essencial no cotidiano da sociedade moderna. Atualmente está importante substância esta presente em quase todos os lugares, desde pinturas das casas até nas obras de artes de museus. A necessidade de colorir está em praticamente todos os lugares.
Tinta é uma mistura que quando aplicada sobre uma superfície forma um filme, ou seja, uma fina camada de material que recobre a região onde foi depositada. Geralmente identificam-se diferentes compostos na composição de uma tinta, os quais têm funções específicas. Um deles é o veículo ou binder, que é o componente químico que irá gerar um filme sobre a superfície responsável por protege-la. Outros componentes importantes são os pigmentos que nesse caso será usado o urucum que é um fruto encontrado na maior parte do Brasil e tem como característica a cor avermelhada quando maduro e os corantes, cujas finalidades são fornecer cor à tinta. As tintas de procedência vegetal necessitam também do acréscimo de fixadores. Há fixadores naturais, como limão, vinagre, e químicos, como o alúmem de potássio, ácido tartárico e bicarbonato de sódio. O suco do limão e o vinagre, além de conservarem e fixarem as tintas, avivam as cores.
A finalidade do uso de uma tinta sobre uma superfície pode ser a proteção dessa superfície ou o seu embelezamento. A tinta também pode ser usada como forma de expressão de ideias ou sentimentos, seja na impressão de um texto ou na criação de obras de arte.
Inicialmente o homem usou óxidos e hidróxidos de metais em pinturas rupestres relacionadas a atividades corriqueiras como a caça, pesca, coleta de frutos, guerras e sexo. Posteriormente, com as primeiras civilizações foram desenvolvidas as tintas Aquarela, Guache, Nanquim e Tempera, que em conjunto com novos pigmentos sintéticos foram a base da produção artística por milênios. No século XV, estudos com óleos vegetais proporcionaram o desenvolvimento das primeiras tintas a óleo, que ao serem assimiladas por pintores renascentistas foram importantes para a criação de grandes obras de arte. Com o desenvolvimento da petroquímica no século XX houve uma revolução no mercado de tintas, com o surgimento das tintas acrílicas que passaram a ser muito usadas por um grande número de artistas.
Entretanto, com a utilização cada vez maior as tintas evoluíram com o passar dos anos, e de misturas de frutas e corantes naturais com baixa durabilidade as tintas começaram a ser produzidas por substâncias sintéticas, a partir de tratamentos químicos. Tais mudanças agregaram a estes compostos inúmeras vantagens, tornando-os mais duráveis, resistentes à prova de água, com efeitos óticos mais interessantes, cores mais acentuadas e maior variação de cores. Porém, com a adição de certas substâncias buscando melhorar a qualidade das tintas foram adicionados produtos tóxicos à sua composição, tornando-as nocivas à saúde do homem. As tintas das casas, por exemplo, possuem um grande leque de metais pesados, como chumbo, além de muitos compostos voláteis (COVs). (LydiaCintra, 2013).
Ao contrário das tintas sintéticas as tintas naturais ou orgânicas não são feitas com produtos químicos, são extraídas de elementos naturais, ou seja, a partir de compostos orgânicos feitos com moléculas que contêm carbono combinado com hidrogênio e, muitas vezes, com oxigênio ou nitrogênio (EcoD , 2015). Esse tipo de tinta é viável, sustentável, de baixo custo e não tóxico. O princípio para a produção de tintas naturais não vem de agora, existem relatos do uso deste tipo de tintas no antigo Egito e em muitas outras civilizações antigas e importantes na história.
Pensando assim, os autores deste trabalho tem como propósito desenvolver uma tinta a base de corantes naturais, produzidos a base de Urucum. Fazendo essa substituição teremos matérias primas que são de fácil alcance e baixo custo. O produto tem aplicabilidade no artesanato, com pinturas de telas, cerâmica e fins estéticos de embelezamento.
Metodologia
Materiais e métodos
- Peneira
- béquer
- 100 mililitros de goma de polvilho (como aglutinante)
- 25 gramas do pigmento natural: urucum
- 100 mililitros de água
- 1 pote de plástico
- 1 colher
- Espátula
- Éter
- Funil
- Filtro
- Pipeta
-Termômetro
Extração
Primeiramente foi coletado o fruto e feito a higienização. Após a secagem, foi feito um processo de moagem, para diminuir a granulometria até que fique com um aspecto em pó e consequentemente facilitar a retirada do pigmento.
Preparação do pigmento
Antes de utilizarmos o pigmento o mesmo foi peneirado para a retirada de impurezas, porém, ainda ficou resíduos, utilizou-se a filtração a vácuo para tentar eliminar todas as partículas solidas que restaram.
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