Processo de produção do medicamento - ácido acetilsalicilico
Por: Juliana Guedes • 17/10/2018 • Trabalho acadêmico • 3.379 Palavras (14 Páginas) • 363 Visualizações
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Engenharia Química
Processo de produção do medicamento - ácido acetilsalicilico
Itatiba
2018
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Engenharia Química
Processo de produção do medicamento - ácido acetilsalicilico
André Aparecido da Silva Andressa Almeida | RA: 002201400272 RA: 002201401332 | ||
Diego Destro | RA: 002201400489 | ||
Juliana Guedes | RA: 002201400254 | ||
Larissa Campos Luis Henrique Fumachi Robson Guimarães | RA: 002201400246 RA: 002201400479 RA: 002201400395 |
Relatório apresentado à disciplina Desenvolvimento de Processos Industriais, do Curso de Engenharia Química da Universidade São Francisco, sob a orientação metodológica da Profa. Dra. Monica Tais Siqueira D’Amelio Felippe, como exigência para conclusão da disciplina.
Itatiba
2018
RESUMO
O ácido acetilsalicílico (C9H8O4) mais conhecido como aspirina, é utilizado como analgésico, antipirético e anti-inflamatório. Ele é proveniente de folhas de salgueiro e é utilizado desde os primórdios da humanidade, entretanto, atualmente é produzida em ambiente laboratorial a partir da salicilína. O processo de obtenção parte da mistura em um tanque agitado com anidro acético e ácido salicílico, junto de um catalisador – ácido sulfúrico. Depois desta etapa, é esfriado e filtrado para separação de componentes. Através do método de cristalização são obtidos cristais de ácido acetilsalicílico em sua forma razoavelmente pura, e para que haja o aumento desta pureza, é feito a lavagem dos sólidos novamente a fim de remover os resíduos. O trabalho a ser apresentado utilizou o etanol e água como forma mais sensata para a redução dos resíduos, pois apresenta características compatíveis de solubilidade e é mais viável em relação a custos.
PALAVRAS-CHAVE: aspirina; ácido acetilsalicílico; cristalização; solubilidade
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mecanismo de reação 6
Figura 2 – Solubilidade de sulfanilamida em 95% de álcool etílico 7
Figura 3 – Solubilidade pela Temperatura 8
Figura 4 - Reator tanque agitado encamisado 10
Figura 5 - Caldeira para aquecimento de água. 10
Figura 6 - Torre de resfriamento de água. 11
Figura 7 - Filtro rotativo a vácuo tipo Belt. 11
Figura 8 - Compressora rotativa. 12
LISTA DE TABELAS[pic 3]
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
1.1 Introdução história 5
1.2 Obtenção do ácido acetilsalicílico 6
1.3 Cristalização: Purificação dos sólidos 8
2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO 9
3 CÁLCULOS DO PROCESSO 13
4 DESENVOLVIMENTO PRÁTICO 15
5 FLUXOGRAMA COMPLETO 16
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
INTRODUÇÃO
Introdução Histórica
O ácido acetilsalicílico, comercialmente conhecido como Aspirina, é um dos medicamentos mais conhecidos e utilizados pela humanidade. No Brasil, em 2009, aproximadamente 92 milhões de comprimidos foram ingeridos (LOPES, 2011).
Os nômades primitivos eram extremamente dependentes das plantas para se abrigar e se alimentar dos seus frutos e raízes. Conforme foi adquirido maior capacidade cognitiva, aprendeu a diferenciar as plantas, das quais poderia utilizar como alimentos, outras com propriedades medicinais, alucinógenas e venenosas. Com o advento da escrita, a difusão dos conhecimentos adquiridos de forma empírica, foram enraizados na cultura humana, no qual, são observados nos saberes populares (LOPES, 2011).
Atualmente, a Aspirina é produzida em laboratório, mas inicialmente foi obtida a partir da salicilína, substancia que é extraída da casca do Salgueiro. Em 1763, Edmund Stone reparou que o gosto amargo da casca do Salgueiro era semelhante ao da Cinchona, planta utilizada para combater febres causadas pela malária, e com isso foi associado que talvez o Salgueiro pudesse ter ação semelhante. Stone baseou-se na Doutrina das Assinaturas, no qual, acreditava-se que a cura de enfermidades poderia vir da semelhança da cor do fruto, da forma das folhas e do formato da planta com órgãos ou partes do corpo (LOPES, 2011).
Durante o século 19, aconteceram diversas pesquisas com a casca da arvore. Em 1826, os químicos italianos Brugnatelli e Fontana tentaram isolar a substancia ativa da casca, e em 1828 Johann Buchner, conseguiu isolar a substancia ativa, com aspecto cristalino amarelado e de sabor amargo, no qual, nomeou se Salicilína ou Salicina. No ano seguinte, 1829, Henri Leroux realizou um significativo aperfeiçoamento na técnica da extração, onde, obteve-se 30 g de Salicilína a partir de 1,5 kg de casca do Salgueiro. O químico italiano, Rafaelle Piria, conseguiu separar o princípio ativo em dois compostos, um deles, após uma hidrolise oxidativa, obtendo-se ao ácido livre, nomeado de ácido salicílico (LOPES, 2011).
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