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RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICAS E VIVÊNCIAS DA ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO / DO PROGRAMA RESIDÊNCIA QUÍMICA PEDAGÓGICA UFPE

Por:   •  5/5/2022  •  Projeto de pesquisa  •  3.534 Palavras (15 Páginas)  •  259 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO

ESTÁGIO EM ENSINO DE QUÍMICA 2

PROFA. MARILIA GABRIELA DE MENEZES GUEDES



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RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICAS E VIVÊNCIAS DA ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO / DO PROGRAMA RESIDÊNCIA QUÍMICA PEDAGÓGICA UFPE


REYVISSON VINICIUS FERREIRA DA SILVA





RECIFE, 2021

Nome do Residente: Reyvisson Vinicius Ferreira da Silva

Séries/Anos e Etapa da educação Básica nas quais desenvolveu atividades: Terceiro Ano 3º

Escola Campo onde desenvolveu as atividades: Colégio de aplicação (CAP)

Nome do Docente Orientador(a): Marilia Gabriela de Menezes Guedes

Nome do Supervisor(a): Kátia Aparecida da Silva Aquino

1.0 - Introdução

O Estágio Supervisionado é indispensável na formação de docentes nos cursos de licenciatura. É um processo de aprendizagem indispensável para os profissionais que desejam enfrentar os desafios de carreira de professor e de todo o curso de formação acadêmico, durante o estágio os acadêmicos são incentivados a conhecer os espaços educativos entrando em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição na qual o mesmo está inserido. Como vislumbre do que será vivido na pratica docente, o estágio se configura como uma possibilidade de fazer uma relação entre teoria e prática, essa experiência proporciona uma assimilação entre o que se tem estudado com o a realidade cotidiana da sala de aula. Ademais, o aprendizado é mais eficiente quando obtido através da experiência; isso é comprovado durante a realização de atividades e os estagiários realizam pontes cognitivas entre os conhecimentos obtidos na sala de aula acadêmica com as atividades realizadas durante o estágio. Na prática de sala de aula o estagiário tem a possibilidade de entender vários conceitos que lhe foram ensinados apenas na teoria. Logo, o futuro licenciado deve galgar no estágio uma oportunidade única de adquirir conhecimentos e networking que vão lhe acompanhar durante toda a sua trajetória profissional e pessoal. A educação é responsável pela transformação e desenvolvimento social, por isso a necessidade e importância de o futuro professor ter comprometimento em formar cidadãos e não apenas alunos ‘diplomados’. Neste contexto, o professor necessita ser convicto que o ensino tem o caráter libertador, esse pensamento é evidenciado por Paulo Freira em ‘Pedagogia do Oprimido’: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”.

Para Calderano (2012, p. 28) “o estágio sempre foi considerado como um momento de prática dos cursos de formação de professores em detrimento da formação teórica”, ou seja, os estagiários terão a oportunidade de vivenciar a aplicação da teoria na pratica. A autora afirma que esse espaço precisa ser de produção de conhecimento, pois a prática pedagógica desenvolvida na instituição de ensino irá contribuir para a formação desse estagiário. Então, os futuros professores, se capacitam e adquirem ferramentas para pensar o novo, levando os mesmo a aprender e se aperfeiçoar para assumir o papel de docente. Essa experiencia busca formar um profissional pesquisador que esteja disposto a investir nas mudanças, na formação continuada, para enriquecer as relações e aprimorar as metodologias aplicadas ao ensino.

Desta forma, o estágio se mostra fundamental pois é um dos momentos mais significativos de qualquer curso de graduação. A real importância é demonstrada no processo de formação acadêmica nos bancos escolares, ou seja, o embasamento teórico visto na sala de aula é de grande importância para a realização do estágio. É o conhecimento científico que o estagiário coloca em prática durante o estágio.

2.0 - O estágio supervisionado em Química no contexto da pandemia de COVID-19: possibilidades, limites e desafios.

No ano de 2021, o mundo se deparou com uma pandemia global, originada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da doença COVID-19. O novo cenário impôs o distanciamento social, tendo como uma das consequências o fechamento das escolas. Assim, a proposta de estágio precisou passar por inúmeras adaptações. A educação não formal foi uma alternativa para esse momento pandêmico, esse modelo traz uma concepção ampla de educação, “designa um processo de formação para a cidadania, de capacitação para o trabalho, de organização comunitária e de aprendizagem de conteúdos escolares em ambientes diferenciados” (GADOTTI, 2005, p.  3).  A proposta de estabelecer diálogos com diferentes realidades torna-se uma estratégia para trazer também conteúdos escolares que possam mostrar como é possível a aprendizagem científica fora da escola.

Diante dessa nova perspectiva de uma docência conectada com a realidade social, Gadotti comenta que a cidade é como um espaço de cultura que educa a escola, e esta, como um palco onde a vida de muitas crianças e jovens também educa a cidade (GADOTTI, 2005). É de grande importância entender a ideia central do ensino remoto emergencial e para Behar (2020, p. 1), “[...] ‘remoto’ significa distante no espaço e se refere a um distanciamento geográfico”. Assim, esse ensino é considerado remoto pelo fato de que a comunidade escolar está impedida de frequentar o ambiente educacional, o que remete à necessidade de uma adaptação curricular alternativa, fazendo uso de recursos educacionais digitais e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação as aulas ocorrem em momentos síncronos, por meio de videoaulas e aula expositiva, fazendo uso do que chamamos web conferência. Há, também, outras atividades que se valem dos ambientes virtuais de aprendizagem, o que caracteriza as atividades assíncronas. Nesse âmbito, a presença física do professor e do estudante no espaço da sala de aula presencial “[...] é substituída por uma presença digital numa aula online, o que se chama de presença social” (BEHAR, 2020, p. 1).

Compreende-se que, não somente no período da pandemia, mas em toda a vivência profissional   do   professor, as   incertezas   e   o   constante   recomeçar   são   permanentes.   O planejamento realizado deve ser constantemente revisto. Sem dúvida, a preparação para termos aulas nesse novo formato constitui-se como uma possibilidade de superação, não somente aos licenciandos, como também para os professores titulares das instituições envolvidas.

Há vários fatores que devem ser levados em consideração neste momento, pois há pontos positivos e negativos em relação à Educação a Distância.  Um dos pontos positivos seria a continuidade das atividades, porém o ponto negativo é estar à frente de um computador e não ao lado de um colega. A falta do contato dificulta um pouco as aulas, além disso, por se tratar de aulas pela internet há momentos de falhas técnicas que também dificultaram as aulas. As dificuldades oriundas do distanciamento social implicaram na menor participação dos licenciandos nos processos de discussão ao longo das aulas.  Compreende-se que o processo de ligar e desligar o microfone se tornou uma barreira para a comunicação fluir da mesma forma como em sala de aula. Quanto a isso, Santos (2020), afirmar que “A pandemia confere à realidade uma liberdade caótica, e qualquer tentativa de a aprisionar analiticamente está condenada ao fracasso, dado que a realidade vai sempre adiante do que pensamos ou sentimos sobre ela” (SANTOS, 2020, p.13).

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