Reciclagem Química
Por: Thiago Moreira • 10/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.398 Palavras (6 Páginas) • 345 Visualizações
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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
THIAGO RODRIGUES MOREIRA R.A. 1612115
RECLICLAGEM QUÍMICA
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SÃO PAULO – SP
2016
SUMÁRIO
1 RECICLAGEM QUÍMICA
1.1 Métodos de reciclagem química
1.1.1 Hidrólise
1.1.2 Alcoólise
1.1.3 Glicólise
1.1.4 Pirolises
1.1.5 Gaseificação
1.1.6 Hidrogenação
2 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Reciclagem química
Métodos de reciclagem química
A reciclagem química ocorre através de processos de despolimerização por solvólise (hidrólise, alcoólise, amilose), ou por métodos térmicos (pirólise à baixa e alta temperaturas, gaseificação, hidrogenação) ou ainda métodos térmicos/catalíticos (pirólise e a utilização de catalisadores seletivos).
Os processos de despolimerização por hidrólise e glicólise de polímeros foram patenteados nos anos 60 e 70, a solvólise é utilizada para polímeros como os poliésteres, as poliamidas e as poliuretanas. Já os métodos térmicos e/ou catalíticos são utilizados para poliolefinas. A reciclagem química ainda está em desenvolvimento no Brasil, porém é muito utilizada pela indústria na Europa e no Japão.
Hidrólise
A hidrólise é à recuperação dos monômeros de partida através de uma reação com excesso de água à alta temperatura na presença de um catalisador. Como exemplo, através da reação de hidrólise do PET é possível obter os produtos de partida que são o etileno glicol e o ácido tereftálico. Estes podem ser utilizados para obtenção do polímero novamente.
O processo de hidrólise é utilizado pela United Resource Recovery Corporation que construiu uma planta para recuperar rejeito de PET com 40% m/m de impurezas. Usando NaOH como catalisador obteve-se como produto o tereftalato disódico e o etileno glicol. O etileno glicol é recuperado por destilação a 200 - 350ºC.
Alcoólise
Na alcoólise ou especificamente, o material é tratado com excesso de metanol. Em um típico processo, o PET fundido é misturado com metanol na presença de um catalisador ácido ou básico, aquecendo-se a mistura entre 160 e 240ºC por 1 h, a pressão de 2,03 a 7,09 MPa. A tolerância de impurezas deste método é inferior a 10% m/m, o que é uma vantagem comparada a outros métodos como o reprocessamento, onde o limite é inferior a 1% m/m. Também é possível obter a despolimerização do PET até a termos os monômeros, utilizando o metanol no seu estado supercrítico. O grau de despolimerização e a seletividade do tereftalato de dimetila aumentam com o aumento da razão metanol/PET e com a temperatura e tempo da reação.
Glicólise
A glicólise é feita quando o polímero é tratado com excesso de glicol, através de uma reação de transesterificação. Por exemplo, a quebra da cadeia do PET com excesso de etileno glicol é realizada em atmosfera de nitrogênio a 4 MPa de pressão e na presença de acetato de zinco como catalisador. O principal produto formado é o oligômero de tereftalato de bis-hidroxietila. Outros exemplos são a despolimerização de poliuretanas (PU) e elastômeros. A PU de resíduo de refrigeradores foi despolimerizada em atmosfera inerte, usando etileno glicol como solvente e acetato de potássio como catalisador. Após 2 h de reação usando 2% m/m de catalisador foi obtido um rendimento de 87-95% de polióis.
Pirolises
A pirólise à baixa temperatura é a degradação térmica na ausência de ar ou deficiência de oxigênio. Neste caso ocorre principalmente a despolimerização e formação de pequena quantidade de compostos aromáticos e gases leves, como o metano, obtendo-se líquidos de alta temperatura de ebulição, como ceras e materiais de partida para produção de poliolefinas.
Na pirólise à alta temperatura ocorre a decomposição térmica na ausência de ar ou deficiência de oxigênio, obtendo-se óleos e gases que, posteriormente, serão purificados por métodos petroquímicos padrões. Em poucos casos é possível recuperar os monômeros como produto principal. A pirólise é uma reação endotérmica, portanto é necessária a adição de calor, que pode ser fornecido diretamente (oxigênio-ar) ou indiretamente (troca de calor). Os polímeros com altos teores de impurezas podem ser reciclados por pirólise. No entanto, obtém-se uma grande variedade de produtos de decomposição que são de difícil separação e, além disso, possuem um valor comercial menor que os produtos obtidos por hidrólise. A pirólise é um processo complicado, pois os polímeros possuem baixa condutividade térmica e a degradação das macromoléculas requer alta quantidade de energia. A pirólise de polímeros tem sido estudada em vasos de fundição, alto forno, autoclaves, tubos reatores, forno rotatório, reator de leito fluidizado, etc.
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