UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE QUÍMICA FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL
Por: Debora Sabate Borges • 25/7/2022 • Relatório de pesquisa • 878 Palavras (4 Páginas) • 182 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS[pic 2]
INSTITUTO DE QUÍMICA
FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL 2
Relatório 10: Síntese de polímeros e parâmetro de solubilidade
Resultados e discussões
O objetivo do experimento foi realizar a síntese de um polímero a partir da ureia e do formaldeído e medir a solubilidade de diferentes polímeros em diferentes solventes.
Para a realização da síntese foi preparada uma solução com 30g de uréia, 57 ml de formaldeído e 50 ml de hidróxido de sódio. A solução ocorreu em banho maria quente. Após a solubilização da ureia no formaldeído, o sistema foi resfriado em banho frio e neutralizado com uma solução de ácido clorídrico. Em seguida a solução foi levada novamente a banho em maria quente e após dois minutos foi adicionado gota a gota uma solução de ácido clorídrico até o polímero ser formado e então o polímero foi rapidamente transferido para um copo plástico para definir seu formato. O polímero formado encontra-se na figura 1.
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Figura 1- Polímero formado a partir da ureia e formaldeído.
O polímero formado a partir de uma reação de condensação da ureia com o formaldeído é um polímero termorrígido, ou seja, a sua forma não muda após a sua síntese. A reação de condensação desse polímero libera água na sua formação. O processo de polimerização utiliza-se de duas etapas principais, uma etapa básica e uma etapa ácida. Na etapa básica ocorre a protonação de um H+ pela a base na molécula de ureia e o íon amideto formado ataca a carbonila formando o metilol. Essa nova molécula em meio ácido tem um O-2 que irá reagir com os H+ disponiveis até ocorrer a formação de uma molécula de água que será liberada para ocorrer novas condenações . Essa reação de polimerização é demonstrada na figura 2 e 3.
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Figura 2- Reação inicial entre o formaldeído e a ureia em meio básico.
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Figura 3- Reação de formação das unidades monoméricas em meio ácido.
Na segunda parte do experimento foi medido o parâmetro de solubilidade de alguns polímeros em diferentes solventes.
Os dados experimentais sobre inchamento dos 3 polímeros trabalhados no experimento seguem na tabela abaixo, onde o grau de inchamento foi obtido através da equação:
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Onde: S = grau de inchamento em porcentagem
W = massa final do polímero
Wo = massa inicial do polímero.
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Tabela 1: Massas experimentais dos polímeros secos e inchados pela ação dos solventes, grau de inchamento e parâmetros de solubilidade.
Ureia-Formaldeído | Estireno-Divinilbenzeno | Silicone | ||||||||
Solventes utilizados | δ1 (cal/cm^3)^-1/2 | seco | inchado | Δm/mINICIAL | seco | inchado | Δm/mINICIAL | seco | inchado | Δm/mINICIAL |
Acetato de Etila | 8,800 | 0,784 | 1,773 | 1,261 | 0,679 | 0,693 | 0,021 | 1,120 | 1,721 | 0,537 |
Tolueno | 8,900 | 0,508 | 1,202 | 1,366 | 0,785 | 0,813 | 0,036 | 0,857 | 1,820 | 1,124 |
Heptano | 7,400 | 0,408 | 0,920 | 1,255 | 0,622 | 0,623 | 0,002 | 0,894 | 1,881 | 1,104 |
Cicloexano | 7,200 | 0,587 | 1,303 | 1,220 | 0,626 | 0,628 | 0,003 | 0,776 | 1,691 | 1,179 |
Clorofórmio | 9,200 | 0,603 | 1,716 | 1,846 | 0,742 | 1,140 | 0,536 | 1,058 | 3,218 | 2,042 |
Etanol | 12,900 | 0,683 | 1,366 | 1,000 | 0,898 | 0,909 | 0,012 | 0,844 | 0,891 | 0,056 |
Tabela 2: Intumescimento gravimétrico dos polímeros.
Um bom solvente é descrito como aquele que dissolve qualquer quantidade de polímero na faixa de temperatura entre o ponto de fusão do polímero e o seu ponto de ebulição, já um mau solvente é descrito como aquele que não é capaz nem de dissolver nem intumescer (inchar) um polímero.
Esse intumescimento depende da interação polímero-solvente e da forma de reticulação do próprio polímero, já que em polímeros com alto grau de reticulação não são facilmente dissolvidos. Se o intumescimento acontece, isso demonstra a sua afinidade por determinado solvente e é considerado como um processo de solubilidade.
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