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A ÉTICA EMPRESARIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

Por:   •  20/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.443 Palavras (14 Páginas)  •  1.092 Visualizações

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UNIVERSIDADE EUROPEIA DO ATLÂNTICO (UNEATLANTICO)

FUNIBER – FUNDACÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA

MESTRADO EM ADMINISTRACÃO E DIREÇÃO DE EMPRESAS

BRUNO RODRIGO DOS SANTOS VIEIRA

DD090 ÉTICA EMPRESARIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

CASO PRÁTICO: ANÁLISE DE CASOS DIVERSOS

BARUERI

2019

INTRODUÇÃO:

Este presente trabalho tem por objetivo avaliar situações que ocorrem ou pode ocorrer em nosso cotidiano e através de uma análise crítica baseada em conhecimentos sobre Ética e Responsabilidade Social Corporativa gerar reflexões de valor para os caso citados.

        Temos uma série de casos e exemplos aplicados ao cotidiano de um ambiente empresarial. Conforme relatado por Dias (2014) na atualidade o tema Ética tem ganhado grande relevância em diversos ambientes devido as repercussões e discursões que tem surgido em nossa sociedade, a autora também enfatiza que historicamente os momentos que levaram a maiores reflexões sobre fatores éticos, também foram períodos onde permeavam-se episódios de baixa conduta e corrupção.

        Bruner Et. Al. (2004) cita alguns casos de escândalos de empresas como Enron e Arthur Anderson envolvidas em casos financeiros, Merrill Lynch com conflitos de interesse, Ford e Firestone com acidentes relacionados a seus produtos, Autoridades governamentais em casos de corrupção, e diversas empresas por condições inseguras de trabalho, trabalho infantil irregular e problemas ambientais.

        O amplo alcance da mídia e internet tem gerado pressão para que as empresas se adequem aos anseios e valores corretos de seus clientes, com isso uma nova vertente surge para que se pense em Ética Empresarial para nortear os comportamentos das empresas. É perceptível algumas que se preocupam apenas superficialmente em manter uma aparência Ética e não tomam ações efetivas para evolução das relações no contexto organizacional (ANDRADE, 2009).

A autora associa tais conceitos acadêmicos ao cenário atual do Brasil, onde recentemente casos relacionados a corrupção tem levantado reflexões quanto aos valores e princípios de toda uma nação (DIAS, 2014)

        De certa forma apesar de toda evolução, ainda vivemos em um contexto onde a separação da Ética, como disciplina de estudo teórico e filosófico, e Ética, como princípios e condutas próprias definidas pela empresa através de seus fundadores e gestores, ainda é algo que podemos presenciar nas empresas e organizações (DIAS, 2014).

        Para se viver em sociedade de forma harmônica, requer-se que os indivíduos adotem uma postura a considerar os interesses dos outros indivíduos, de forma que agir diferentemente, considerando seus próprios interesses na maioria dos casos é a origem de conflitos e injustiças. De forma a gerar conceitos sobre “...educação, formação humana, caráter das pessoas, desempenho e postura na organização em termos de relacionamento...” a Ética e suas reflexões contribuem para a orientação dos indivíduos sobre a forma de agir e conviver harmonicamente em sociedade (DIAS, 2014).

         Então a Ética se incumbe das ações humanas?

Dias (2014) relata a diferenciação entre Ética e Moral, algo que se mistura e se confunde na aplicação diária, mas que são distintas entre si. Sendo a Moral associado as ações humanas e a Ética consistindo no Estudo e reflexões da Moral.

Dias (2014) diz que “... a Moral significa agir de acordo com bons costumes, ou a capacidade de distinguirmos entre o bem e o mal”, especificamente relacionado a tempo e sociedade, passado de geração em geração.

A Ética permite relacionar direitos e deveres, sendo que o exercício dos direitos se limita aos direitos de outros (BRUNER Et. Al., 2004).

Em caso que surgirem dúvidas por falta de experiência, a recomendação é adotar critérios comparativos referentes a situações semelhantes, outra recomendação e buscar sempre exceder em responsabilidade quando se tratam de casos envolvendo terceiros (BRUNER Et. Al., 2004).

Diferente da conceituação que separa o indivíduo da empresa que trabalha quando se trata de Moral e Valores, temos uma crescente integração dos atores da sociedade, de forma que se haja equilíbrio entre direitos e deveres, surgindo o termo Stakeholders para designar todos os participantes da relação, buscando com isso melhores relações entre clientes, fornecedores, acionistas, governo, sociedade e demais atores organizacionais (BRUNER Et. Al., 2004).

As decisões de maximizar o lucro dos acionistas não podem ser em detrimento de fornecer produtos e serviços de baixa qualidade, maiores lucros em detrimento de abusos aos funcionários, maiores lucros em detrimento a sonegação de impostos junto ao governo e sociedade (BRUNER Et. Al., 2004).    

O governo mediante regulamentação de leis contribui para o equilíbrio das relações entre os Stakeholders por meio de Leis Trabalhistas, Cíveis, Comerciais, dentre outras (BRUNER Et. Al., 2004).    

As organizações e empresas são dotadas da junção de fatores físicos como estruturas, máquinas, prédios e equipamentos e intelectuais que engloba desde objetivos e metas, e as pessoas que compõe essa organização. Sendo fator ativo nessa relação as pessoas que contribuem com seus modelos de pensamento e comportamentos que serão a base para a sua atuação e consequentemente adotarem atitudes éticas e não éticas (DIAS, 2014).

Cabe as organizações enfatizarem sob qual aspecto as pessoas agiram enquanto atuam em nome das mesmas, inibindo que cada indivíduo atue de forma a preservar seus próprios interesses em detrimento dos outros (ANDRADE, 2009).

Andrade (2009) relaciona como empresas Éticas aquelas que “...nas suas decisões e atividades conquistou o respeito e a confiança de seus empregados, clientes, fornecedores, investidores e outro...”.

Os exemplos das pessoas ocupantes de altas posições exercem maior influência sobre o cotidiano das organizações do que as normas e acordos formais (contrato de trabalho) em uma organização. Não é incomum estes que são os balizadores das condutas organizacionais serem selecionados, promovidos por fatores eticamente questionáveis como amizades, afinidades e interesses particulares (DIAS, 2014).

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