A ANÁLISE DAS DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Por: Lorrany Alves • 16/3/2021 • Trabalho acadêmico • 1.849 Palavras (8 Páginas) • 126 Visualizações
Relatório de Análise comparativa Fibria/Suzano/Klabin
O ativo total da empresa Fibria Celulose S.A. cresceu 31,46% no período 2015/2017 devido principalmente à expansão de 92,84% do Ativo Circulante, impulsionado principalmente pelo aumento de 275,98% em caixa e equivalentes a caixa. Essa variação pouco alterou a estrutura de ativos, pois a maior parte do ativo encontrava-se na forma de ativo não circulante em todo o período. Em 2015, o ativo não circulante recebeu 81,45% dos ativos totais, passando para 72,79% em 2017, está concentrado principalmente em imobilizado com 39,03% dos ativos. Já o ativo circulante aumentou 92,84%, com 27,21% do ativo total em 2017 e está concentrado principalmente em caixa e seus equivalentes com 10,47% dos seus ativos totais em 2017, indicando que essa estrutura apresenta leve, estável e comporta-se com vitalidade.
Os ativos totais das outras empresas também tiveram um aumento, o da Suzano cresceu apenas 0,93% e o da Klabin 16,30% no período 2015/2017. Suas estruturas de ativos também não tiveram alterações relevantes. Em 2015, o ativo não circulante da Suzano recebeu 76,68 % dos ativos totais, passando para 76,17% em 2017. Já a Klabin tinha 66,97% em 2015, diminuindo para 61,36% em 2017. O ativo circulante da Suzano aumentou 3,15% no período, com 23,83% em 2017 e o da Klabin aumentou 36,05%, com 38,64% em 2017 dos ativos totais, indicando que sua estrutura patrimonial apresenta maior vitalidade.
A estrutura de ativos da FIBRIA foi financiada principalmente por capital de terceiros em ambos os períodos, o qual representa 62,14% das origens de recursos, sendo predominantemente de longo prazo, com 47,18%, e os recursos de curto prazo com 14,96%, dos capitais totais, o que é favorável para a empresa, não pressionando seu fluxo de caixa. O capital próprio aumentou 14,32% no mesmo período, porém não deixando de correr risco financeiro, pois em 2017 representa apenas 37,86% do total das origens de recursos.
Já a estrutura de ativos da SUZANO também foi financiada no período 2015/2017 totalmente pelo capital de terceiros, não havendo alteração relevante na estrutura de capitais. Em 2015 o passivo total era de 67,47% das origens de recursos, diminuindo para 59,26% em 2017.
A estrutura de ativos da KLABIN foi financiada nesse mesmo período, principalmente com capital de terceiros, também não havendo alteração relevante na estrutura de capitais. Seu capital de terceiros predominou em todo o período e representava 79,62% em 2015 e 76,32% em 2017, destacando que em 2016 esse percentual chegou em 75,78%.
Os recursos de terceiros em ambas as empresas são predominantemente de longo prazo, estando a SUZANO com 46,25% da estrutura de capitais em 2017e a KLABIN com 64,05%, o que é favorável para as empresas, não prejudicando seu fluxo de caixa.
A principal origem de recursos de capital de terceiros da FIBRIA é empréstimos e financiamentos, que no ano de 2015 tinha um total de 39,65% dos capitais totais, aumentando para 45,50% no ano de 2017.
As outras duas empresas também têm empréstimos e financiamentos como a principal origem de recurso de capital de terceiros, a SUZANO tem um total de 35,33% no ano de 2017, entretanto essa fonte de recursos teve uma queda de 21,84% no período 2015/2017. A KLABIN tem 55,91%. A KLABIN teve nesse período um aumento de 6,91%, mantendo empréstimos e financiamentos a sua origem de recursos, com um total de 55,91% dos capitais totais.
Tendo em vista que os ativos da FIBRIA foram financiados principalmente com capital de terceiros e ainda aumentou a sua participação no período, aumentando então o risco financeiro global, piorando sua situação financeira econômica, o mesmo aconteceu com a KLABIN, porem sua participação foi menor. Já a empresa SUZANO apresenta uma situação um pouco melhor, apesar de ser financiada pelo capital de terceiros, sua participação está diminuindo durante o período, melhorando um pouco a sua situação financeira.
Os investimentos em ativos da FIBRIA tiveram um aumento no período, da mesma forma, a sua Receita Liquida de vendas também teve um aumento, mas em menor proporção, de 16,45% no período 2015/217. O CPV- Custo dos produtos vendidos também aumentou em 40,32% no período, absorvendo 70,26% da Receita liquida, o que impactou no lucro bruto, que representava 41,69% no ano de 2015, caindo para 29,74% da Receita liquida em 2017, reduzindo sua eficiência de produção.
Já as outras empresas tiveram também um aumento na Receita liquida, entretanto, a SUZANO teve um aumento menor, somente de 2,90% na Receita liquida no período e a KLABIN teve um aumento maior, de 47,23% em sua Receita. O CPV da SUZANO também aumentou, no total de 4,29%, aumentando um pouco mais do que sua Receita, em 2017 destacou 70,26% da Receita liquida, apesar de ser um número alto e representar uma ineficiência da gestão de produção, se for comparado ao ano de 2016 teve uma redução. Na KLABIN, o CPV aumentou um pouco mais do que sua Receita, teve crescimento de 61,43%, absorvendo 70,15% da Receita, indicando uma pequena queda na eficiência de produção. Entretanto, as despesas operacionais da FIBRIA consumiam 9,99% das receitas, aumentando seus gastos de 72,92%, aumento este maior do que a Receita liquida, mantendo o resultado operacional negativo, pois a empresa apresentou prejuízo operacional antes do resultado financeiro de 30,97% da Receita liquida. Como consequência, o resultado financeiro líquido negativo diminuiu 76,99% no período 2015/2017, contribuído para reverter o prejuízo operacional. Entretanto, o percentual do Lucro líquido sobre a Receita liquida aumentou 206,27% no período 2015/2017, de 3,54% em 2015 para 9,31% em 2017.
Já as despesas operacionais da SUZANO diminuíram 16,15% no período, consumindo 7,73% da Receita liquida, provocando a obtenção de prejuízo operacional antes do resultado financeiro líquido positivo, que gerou 30,97% de Receita liquida em 2017, diminuindo o Resultado líquido antes dos impostos. Essas mudanças fizeram com que o Lucro líquido diminuísse 295,32%.
As despesas operacionais da KLABIN consumiram 13,06% das Receitas, pois aumentaram 53,47% no período, ocorrendo uma situação de prejuízo antes do resultado financeiro. Entretanto o resultado financeiro líquido negativo diminuiu 79,26% no período 2015/2017, consumindo 7,79% da Receita e transformando o resultado operacional antes dos impostos que em 2015 era negativo em 31,30% para positivo 9,15% em 2017. Apesar disso o Lucro líquido diminuiu 142,46%, representando 9,15% da Receita em 2017.
A FIBRIA apresenta índices de liquidez satisfatórios, com exceção da liquidez geral, que apresenta índices menores que 1. Quando comparado com as outras empresas, seus índices são inferiores, na maioria das vezes menores. Sua liquidez corrente em 2015 foi de 1,84 e 1,81 em 2017, indicando que a curto prazo não haverá problemas de liquidez. A liquidez seca passou de 1,31 em 2015 para 1,45 em 2017, considerados satisfatórios para seu segmento industrial e indicando suficiência de recursos para quitar suas obrigações de curto prazo, mesmo com retração nas vendas ou dificuldades com a conjuntura econômica. Sua liquidez geral é insatisfatória e fica menor em todo o período, passou de 0,67 em 2015 para 0,60 em 2017, indicado insuficiência de recursos para quitar todas as obrigações de curto e longo prazos.
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