A Administração Geral

Administração Geral

Gestão do Caos

AUTORES

BRUNO CALS DE OLIVEIRA Universidade Federal do Ceará [e-mail]

JOANA D''ARC DE OLIVEIRA

Universidade Federal do Ceará [e-mail]

FRANCISCO LEITE HOLANDA JÚNIOR

Universidade Federal do Ceará [e-mail]

Resumo

Com a globalização e as rápidas mudanças que ocorrem na sociedade, não conseguimos mais planejar, executar e controlar os desdobramentos das ações dentro da empresa. A imprevisibilidade é característica marcante, não conseguimos mais planejar no longo prazo. A precisão de um Planejamento Estratégico fica cada vez mais distante. Vivemos em um ambiente turbulento e instável, onde o equilíbrio pode ser sinônimo de morte para um negócio. Atualmente, ainda existem muitas empresas no Brasil sendo administradas em moldes primários, com uma visão mecanicista, que, ao não se adequarem à realidade atual, poderão sofrer conseqüências drásticas em seus negócios. Novas potências mundiais estão surgindo no mercado e nos obrigam a otimizar e usar novas formas de gestão para tornar a empresa mais competitiva. A concorrência aumenta a cada dia e não mais se limita a um determinado espaço geográfico. Vários fatores, alguns citados neste artigo, podem ser atribuídos à gestão de uma empresa para ajudá-la na sobrevivência nesse ambiente caótico e imprevisível que nos circunda. Dentro desse contexto, esse trabalho foi realizado com o intuito de alertar o empresariado brasileiro sobre as novas tendências da Administração no século XXI e da necessidade de mudança, contribuindo para o desenvolvimento da empresa na Era do Caos.

Abstract

Globalization and the quick changes that occur in the society, we cannot plan, perform and control the implications of the actions inside a company anymore. The unforeseeable is an outstanding characteristic; we cannot plan anymore in long term. The precision of a Strategic Planning is more and more difficult. We live in a turbulent and unstable environment, where the equilibrium is synonym of death for a business. At present, many companies in Brazil are still being administered in primary molds, with a mechanical vision, that, if business managers do not adapt to the present reality, they can suffer drastic consequences in their business. New world powers are arising in the market and oblige us to optimize and use news forms of management to become more competitive. Competitors are increasing each day and geographical space is not a limited anymore. Several factors, some cited in this article, can be attributed to the management of a company and help it to survive in that chaotic environment which encircles us. Inside this context, a study was carried out to alert brazilian business

managers about the new tendencies of management in the XXI century and that they need to change, contributing to develop business, in the Era of Chaos.

Palavras-Chave: Administração – Era do Caos – Mudança

1- Introdução

Segundo PUC (2004), vivemos atualmente em uma nova sociedade: a sociedade da informação. Sociedade esta que tem complexas relações econômicas, políticas, sociais, tecnológicas e culturais. É uma busca pela solução de problemas, busca pelo entendimento do “Caos”, do novo modo complexo de se viver.

Com o desenvolver dos estudos sobre a Teoria do Caos, foram descobertas suas aplicações em várias ciências, entre elas a Administração de Empresas. No contexto atual da globalização econômica, as empresas estão cada vez mais interligadas com o ambiente externo. Essa teoria tende a ser incorporada pelas organizações no que se relaciona à competitividade, à sobrevivência, à incerteza e à turbulência, dando origem a uma nova abordagem da Administração: a Gestão do Caos.

O ambiente caótico é caracterizado pelo comportamento não-linear. Nos sistemas não- lineares, segundo Parker e Stacey (1995), uma mesma causa pode gerar diversos efeitos e o todo pode ser mais que a soma das partes, impossibilitando a compreensão do sistema pela divisão de suas partes.

O presente artigo trata-se de um estudo exploratório, realizado por meio de pesquisa bibliográfica sobre o tema, e consiste em quatro partes: a primeira fala sobre a Teoria do Caos, suas origens e do ambiente caótico em que vivemos. A segunda relata o modelo antigo de administração ainda muito usado no Brasil, a Gestão Newtoniana, que é baseado na visão mecanicista de Taylor. Na terceira parte são apresentados novos conceitos da Economia e de Organizações, juntamente com ferramentas atualmente usadas em uma moderna Gestão de Empresa (inovação, criatividade, processo estratégico), chegando, assim, na quarta parte, que apresenta uma nova lógica, a Lógica Quântica. Essa lógica consiste em uma nova maneira de ver o mundo, mais adaptado a lidar com a complexidade.

2- Problemas de Pesquisa e Objetivos

Os dados da Global Enterpreneurship Monitor – GEM 2004 nos indicam que o Brasil oscila com a taxa de 13% de empreendedorismo nos últimos anos. Estima-se um total de 15 (quinze) milhões de empreendedores, perdendo, em número, apenas para os Estados Unidos.

Liderança autocrática, resistência às mudanças e a falta de incentivo à inovação e a criatividade são algumas características ainda muito presentes que, urgentemente, precisam ser alertadas e mudadas. O mundo complexo em que vivemos não mais nos permite agir de forma lenta e incompetente. A globalização e a competição do mercado mundial exigem uma melhor preparação e adaptação de nossas empresas a esse ambiente caótico.

Novas potências mundiais estão surgindo no mercado e fazem com que tenhamos que mudar o modelo de gestão das empresas, adaptando-as a esse ambiente externo globalizado, onde a competitividade é uma ferramenta essencial para sobrevivência de qualquer empresa.

Com base nas estatísticas acima apresentadas, o presente artigo tem o objetivo de alertar o empresariado brasileiro quanto às rápidas mudanças que ocorrem no cenário global da economia, que geram um novo ambiente para se trabalhar: um ambiente caótico. Conceitos da Teoria do Caos são relatados como forma de ajudar na adequação de uma empresa ao cenário turbulento em que vivemos, incentivando a constante mudança que deve ocorrer nas empresas.

3- Revisão