A EXCLUSÃO SOCIAL

EXCLUSÃO SOCIAL

Vimos que desde o século XVIII a mulher era vista como ‘’dona de casa’’ e era valorizada por isso; pelos afazeres domésticos nos cuidados com os filhos e marido.  Mas a partir do século XX as mulheres começaram a se questionar sobre seu papel na sociedade, e assim a conquistar espaços considerados masculinos, como operária de fábrica, e a vencer estereótipos de que ‘’lugar de mulher e na cozinha’’.

A exclusão do mercado de trabalho apesar de afetar ambos os sexos, afeta de forma mais intensa as mulheres, tem-se uma disparidade muito grande entra a taxa de desemprego. Estar desempregado e muito mais do que não ter uma renda e também não estar excluído da sociedade, não podendo desfrutar de bens e oportunidades que os outros indivíduos desfrutam.

O Projeto Economia Popular Solidária, em que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, possibilitou a população carente também excluídos do mercado formal de trabalho, políticas publicas de geração de  trabalho e renda é uma iniciativa muito eficiente de inserção social, onde as mulheres ganham destaque, fazendo artesanato e podendo comercializar seus produtos na Loja Etiqueta Popular II, um programa também do EPS.

A exclusão do mercado formal de trabalho pode ocorrer de varias formas como: a não contratação, a demissão voluntária e involuntária, situação que ocorreu com mulheres participantes do projeto.

Jovem afro-brasileira de 22 anos com ensino fundamental incompleto e um exemplo de não contratação. Essa jovem teve que abandonar os estudos para ajudar a família, após seu pai ficar desempregado. Além de ser excluída do mercado de trabalho, foi excluída também do mundo do ensino e da aprendizagem.

 A demissão voluntária acontece com muitas mulheres que na faixa dos 40 anos tiveram que optar em trabalhar em casa ou fora, onde elas optam em trabalhar em casa refletindo expectativas da sociedade, em que a mulher é submissa do homem. Essas mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho e gostava do que faziam, mas tiveram que fazer uma escolha, mas a sociedade aceita a mulher trabalhar fora, desde que consiga conciliar o trabalho em casa, tornando mais do que dupla jornada de trabalho, somando os cuidados com filhos e marido.

As mulheres que foram excluídas do mercado de trabalho formal só tiveram seus primeiros empregos após separações conjugais. Passaram a ser o sustento da família, em muitos casos quando o homem ficou desempregado. Elas possuíam um emprego formal, mas devido a redução de pessoal, acabaram sendo demitidas. E essas perdas seja de emprego, renda do marido ou separação conjugal, fez com que abalasse a saúde mental de uma das participantes do projeto, que se sentiu reinserida na sociedade, com a trabalho, através do projeto.

Grande parte dessas mulheres tentaram conseguir um emprego formal, mas devido muitas delas possuir mais de 40 anos e não ter muito tempo de qualificação dificultaram de serem inseridas no mercado de trabalho, via carteira assinada. Mas após conhecerem e participarem do projeto ainda assim não se consideram inseridas socialmente, porque para elas a inserção se dava por meio da carteira de artesão, mesmo não tendo carteira assinada era considerada como profissão o artesanato.

Percebemos que a exclusão está presente também na marginalidade, segregação desigualdades sociais, não somente relacionada ao desemprego. Os habitantes de periferia e morro, população de rua,catadores de lixo, desempregados, pobres, os que tem baixa instrução e das minorias também como: negros,homossexuais e deficientes, são um dos principais marcados por exclusões sociais,culturais econômicas e espaciais, tendo em vista a dificuldade desses grupos em participarem do progresso de desenvolvimento econômico e de ascensão do social.

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