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A Economia Administrativa

Por:   •  16/4/2019  •  Seminário  •  3.468 Palavras (14 Páginas)  •  176 Visualizações

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Neylane Albuquerque Viana[pic 1]

Matrícula: 389358

Disciplina: Economia Brasileira Contemporânea

Professora: Celina

Livro: Lacerda, J.I. Bocchi, J.M. Rego, M.A. Borges, R.M. Marques – Economia Brasileira

  • Fichamento dos capítulos 1 e 2
  • Capítulo 1 – A empresa mercantil, colonial e escravocrata.

A Península Ibérica destacava-se como um dos agentes mais dinâmicos do capitalismo comercial. O Brasil era visto como uma das peças centrais do mosaico criado pelos registros de viagens dos portugueses.

A acumulação primitiva determinou uma das principais ramificações da acumulação geral do capitalismo. O Brasil participava como polo exportador de riquezas para todo o continente europeu por intermédio da sua Metrópole.

  • 1.1 As três vias de constituição do capitalismo.

Há três casos particulares de construção do modo de produção capitalista: o caminho clássico, o prussiano e o colonial.

Os países líderes do capitalismo construíram seu desenvolvimento pela via clássica, forma sustentada de realizar a industrialização se beneficiando com os ganhos da era colonial.

Os países de industrialização retardatária seguiram pela via prussiana no século XIX. Esses países conquistaram sua autonomia econômica mesmo marcados pela ausência de processos democráticos de emancipação. Já somados ao atraso democrático econômico estavam os países de via colonial.

Existem algumas semelhanças entre o capitalismo de via prussiana e o de via colonial, porém as diferenças são bem substantivas entre as duas: enquanto a via prussiana representou uma passagem da era feudal pra capitalista, a via colonial já foi criada inserida no capitalismo. Além disso a burguesia dos países de via prussiana não realizou suas tarefas políticas enquanto a burguesia dos países de via colonial não realizou nem suas tarefas politicas nem as econômicas.

  • 1.2 Objetivação da lógica do capital e sua expansão.

Agora passemos a análise da economia colonial brasileira, temos as colônias de povoamento que são caracterizadas pelo povoamento, pela busca de um novo lar e por pessoas que procuravam se afastar de conflitos internos na Europa. Durante dois séculos grandes contingentes populacionais migraram para regiões com clima similar ao de seu local de origem concentrando-se na zona temperada.

As colônias de exploração eram centradas na produção de gêneros que interessassem ao mercado internacional. A diversidade de condições naturais propiciava a obtenção de gêneros diferentes e atrativos. Tais produtos ofereciam altas taxas de retorno para quem neles investisse.

Atraídos por esses estímulos, os ocupantes buscavam enriquecer, para depois usufruir na metrópole a sua nova condição. Seus interesses estavam voltados para o usufruto das vantagens potenciais, mas o esforço físico em ambiente tão rude deveria ficar a cargo de outros. Os colonos eram empreendedores, mas raramente trabalhadores propriamente ditos.

Vindas da disputa de novos aventureiros de além-mar, colocaram a necessidade da ocupação efetiva do solo e a construção de laços para além do habitual estabelecimento de feitorias. Foi por intermédio das colônias de exploração que o capital comercial se objetivou no Brasil.

De início, o problema a ser resolvido era a determinação da natureza dos gêneros que poderiam ser aproveitados no novo território. A solução imediata caiu sobre os produtos naturais como o pau-brasil.

Em seguida o extrativismo seria substituído pela agricultura. Sua exploração seria feita em grande escala, gerando unidades monocultoras com elevado número de trabalhadores. A falta de mão-de-obra foi solucionada com a escravidão africana.

  • 1.3 Ascensão da burguesia e o pacto colonial.

O descobrimento das terras nativas pareceu ser um episódio secundário para os portugueses. Os espanhóis colheram imediatamente os frutos da conquista, mas os portugueses não tiveram a mesma sorte. Assim, os principais objetivos da empreitada lusa foram comprometidos: primeiro não encontraram a passagem para as ricas Índias, centro das especiarias. Segundo, não desfrutaram as mesmas vantagens na extração que os espanhóis.

A notícia da existência de riquezas metálicas no novo mundo se espalhou por toda Europa e aumentou a cobiça em relação ao outro lado do atlântico. As colônias ibéricas se tornaram alvos de invasões europeias. Assim a ocupação efetiva revelava-se prioritária pois era necessário, antes de qualquer coisa, garantir a posse do território.

A origem da nossa civilização ocorreu por pressões politicas das lutas no continente europeu. Os europeus entenderam que os ibéricos só poderiam desfrutar dos territórios que ocupavam. Então a ocupação tinha que ser realizada concorrendo com os recursos escassos que antes eram destinados ao Oriente.

Os diferentes analistas da economia política do mercantilismo sustentam a importância do comercio na transição do feudalismo para o capitalismo e o papel das navegações e dos descobrimentos na aceleração da dinâmica mercantil. As trocas mereciam papel de destaque capitalistas na economia europeia.

Vale ressaltar que para que as trocas fossem destacadas na economia, tinham que ser adicionados os fatores internos e externos da mesma. O fator externo em destaque seria a influência dos árabes que introduziram novos hábitos no território europeu. Já como fator interno tem-se o crescimento da produtividade agrícola e os avanços tecnológicos nas manufaturas, criando excedentes de alimentos e produtos que podiam ser exportados com atrativas taxas de lucro. As feiras e as Cruzadas também contribuíram para o renascimento comercial e urbano europeu.

Houve o surgimento das Companhias de comércio que surgiram devido a expansão ultramarina e da colonização das novas terras decorrente da nova agricultura diferenciada – graças ao incremento produtivo verificado nas atividades – e do impulso da manufatura. Estas sendo organizadas em monopólio e ligadas ao Estado em transição.

Enquanto a nobreza e a Igreja detinham a hegemonia políticas, elas dividiam com a burguesia uma legislação que supria as necessidades do comércio e da manufatura. A burguesia se apresentava como contrapeso à monarquia feudal, classe oprimida pelo despotismo medieval, avançava aos poucos das comunas urbanas para governos recém-unificados. A burguesia viu seus anseios de classe social serem traduzidos pela economia política do mercantilismo.

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