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A Economia Agroexportadora

Por:   •  6/5/2018  •  Ensaio  •  1.344 Palavras (6 Páginas)  •  3.065 Visualizações

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Cap. 13          ECONOMIA AGROEXPORTADORA 

1. Quais as características da economia brasileira na República Velha que

justificam chamá-la de economia primário-exportadora?

Desde a época Colonial até a República Velha, a economia brasileira dependeu do bom desempenho de suas exportações, que durante esse período limitou-se a algumas mercadorias agrícolas, caracterizando o Brasil como uma economia agroexportadora. Os produtos produzidos eram destinados ao mercado internacional, assim definindo os ciclos da economia brasileira - o ciclo do açúcar, o ciclo do ouro, o ciclo do café, que gerava as divisas necessárias para a importação da maioria dos bens de consumo da população, desde alimentos à manufaturados.

2. Que tipo de problemas enfrenta uma economia com características agroexportadoras?

A elevada vulnerabilidade, pois as crises internacionais causavam problemas nas exportações brasileiras, criando dificuldades para toda economia do país, já que toda as outras atividades do dependiam direta e indiretamente do desempenho do setor exportador. A elevada concentração de renda, fazendo com que exista uma centralização dos recursos naturais e de capital no setor, que é a base de interpretação para a enorme desigualdade na distribuição da renda desse modelo de desenvolvimento econômico. E o comportamento cíclico dos preços das exportações, que irradiava do setor exportador sobre os demais setores, e durante esse período os outros setores possuíam um baixo nível de produtividade quando comparados com o setor exportador.

3. Descreva alguns mecanismos utilizados no Brasil durante a fase

agroexportadora para enfrentar problemas de quedas de preços no

mercado internacional de café.

Desvalorização cambial- usada para proteger em moeda nacional os lucros do setor cafeeiro, quando da queda dos preços. Esta medida sustentava o nível de emprego na economia, evitando que as quedas no mercado internacional gerassem desemprego na economia brasileira;

Política de valorização do café- consistia na retenção de parte da oferta de café na forma de estoques. Com menor oferta, os preços poderiam recuperar, ou ao menos parar de cair;

Políticas de estoques mínimos e de estoques reguladores- grupo de políticas frequentemente utilizadas pelos governos frente aos problemas da agricultura, como na estocagem de café.

4. Até que ponto, no Brasil, a atividade cafeeira favoreceu o desenvolvimento industrial no período anterior a 1930?

O que favoreceu foram as elevadas condições  de rentabilidade da economia cafeeira, que não beneficiou grandes investimentos em outros setores. A crise de 1930, foi um momento de ruptura no desenvolvimento econômico brasileiro, que fragilizou o modelo agroexportador e trouxe consciência sobre a necessidade da industrialização. Que ja existiam em pequenas atividades industriais antes da crise, até para atender, em parte, o próprio setor cafeeiro, como: produtos têxteis, alimentos e bebidas.

5. Compare a Teoria dos Choques Adversos e a da Industrialização Indu-

zida pela Expansão das Exportações na explicação do processo de in-

dustrialização ocorrido antes de 1930.

Cap. 14      PSI - PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES

1. (Provão/Economia 2000) A crise de 1929 gerou um longo período de depressão em nível mundial ao longo dos anos 30. Face à retração mundial da demanda de café decorrente dessa crise, o governo brasileiro adotou uma política cambial de desvalorização da moeda a fim de reduzir o impacto negativo sobre as exportações. Embora esta política fosse destinada a garantir os interesses dos cafeicultores, ela acabou por favorecer um importante surto de industrialização capaz de mudar o pólo dinâmico da economia da agricultura para a indústria. Explique de que forma a política cambial adotada contribuiu para o desenvolvimento do setor industrial.

Nos anos 30, a política de governo adotou duas medidas: a política da manutenção da renda, evitou uma queda maior, que mesmo pagando um preço baixo aos cafeicultores, viabilizava a  realização da própria colheita, o emprego e a renda de muitas pessoas; já a política do deslocamento da demanda sofria um problema no balanço de pagamentos, que era causado pela queda nas exportações de café e na entrada de recursos externos, levando a desvalorização do câmbio que provocou forte elevação nos preços dos produtos importados. A produção nacional substituiu os produtos importados, gerando rentabilidade e atraindo o capital de outros setores e o próprio reinvestimento dos lucros gerados na atividade industrial.

Assim a década de 30 é marcada pelo declínio da produção de café e o avanço do setor industrial no Brasil,  chamado de industrialização por substituição de importações. Tendo como principal característica a industrialização fechada, que responde a desequilíbrios externos e é realizada por partes. Fechada, por visar o atendimento ao mercado interno; depender em boa parte de medidas que protegem a indústria nacional dos concorrentes externos; e como modelo de desenvolvimento. Iniciando-se com a queda do valor das exportações, que gerou escassez de divisas. Que para controlar essa crise, e proteger a indústria nacional preexistente, o governo aumentou a competitividade e a rentabilidade da produção doméstica, gerando uma onda de investimentos nos setores substituidores de importação, produzindo-se internamente parte do que antes era importado, aumentando a renda nacional e a demanda agregada, desencadeando um novo estrangulamento externo.

2. Quais os mecanismos de proteção à indústria nacional, adotados no PSI?

O governo adotou quatro tipos de mecanismos, são eles:

  • Desvalorização real do câmbio;
  • Controle de câmbio;
  • Taxa múltiplas de câmbio;
  • Elevação das tarifas aduaneiras.

3. Explique por que ocorrem estrangulamentos externos recorrentes na lógica de um modelo de substituição de importações.

Porque os estrangulamentos funcionavam como estímulos e limites ao investimento industrial. Esse investimento determina o ritmo do crescimento econômico nacional, substituindo as exportações, que antes ditava o ritmo do crescimento do país na fase agroexportadora.

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