A Excelência Empresarial
Por: maifredo • 13/3/2017 • Seminário • 5.607 Palavras (23 Páginas) • 200 Visualizações
WEB AULA 1
Unidade 1 – Excelência Empresarial
Resumo da Unidade: Nessa unidade falaremos sobre os conceitos a respeito da Excelência Empresarial e o que leva as organizações a buscarem esse tão sonhado reconhecimento no meio empresarial utilizando o fator Humano como elemento fundamental para as mudanças
Web aula 1: Excelência em RH
Olá pessoal, sou o Prof. Rinaldo José Barbosa Lima e é com muita satisfação que daremos início a nossa conversa sobre um tema “Excelência Empresarial”.
Toda empresa nasce de uma ideia que depois é colocada em prática e só então temos a empresa criada. Dessa fase de idealização até o seu auge, leva-se alguns anos. Podemos comparar a fase de amadurecimento da empresa com a de uma pessoa que, quando é criança, é extremamente dependente, quando jovem não tem medo de arriscar, e quando chega à fase adulta já acumulou experiência o suficiente para tomar as decisões mais acertadas, mitigando ao máximo os riscos e fortalecendo suas convicções de que a excelência é um aprendizado constante, nunca para.
QUANDO ACHARMOS QUE CHEGAMOS NO TOPO, É NESSE MOMENTO QUE COMEÇAMOS A CAIR
Para um bom jogador cobrador de pênaltis, a cada milhão de pênaltis cobrados, apenas trezentos mil são convertidos em gol. Para o jogador possuir um nível de excelência operacional, ele deveria errar apenas três vezes em um milhão de tentativas. Isso parece impossível, mas nas organizações isso é possível de alcançar. Conforme dito em outros encontros a empresa é um:
“ORGANISMO VIVO”
Foi concebido por uma ideia (formado por pessoas), passou por diversas crises e conseguiu superá-las devido às pessoas, aprendeu com seus próprios erros e as pessoas transformaram-se em diferencial competitivo, avaliaram os processos produtivos internos e implementaram novas ferramentas de gestão associadas a tecnologia de ponta para dar mais agilidade e confiabilidade em todos os processos.
Portanto, se a empresa busca alcançar a excelência empresarial, primeiramente ela deve:
“INVISTIR NAS PESSOAS”
Se algum empresário quiser alcançar sucesso nos negócios, invista no ser humano, pois ele é a origem de toda mudança, desde os profissionais com cargos mais simples até aos cargos mais elevados e complexos.
Alcançada a excelência em pessoas, a excelência empresarial será uma consequência.
Uma coisa que as empresas que possuem excelência empresarial têm em comum é uma ótima Gestão Estratégica, capaz de compreender o mercado e traçar diretrizes capazes de alcançar alvos a curto, médio e longo prazo.
Nesse sentido, ela consegue desdobrar todos os seus objetivos transformando tudo o que é novo em projeto, o que é rotina em ações e indicadores e que serão aferidos pelos níveis estratégico, tático e operacional todos, alinhados com um só objetivo: ganhar a batalha.
Perceba que o fator “diferencial” está centrado nas pessoas que utilizam os meios para fazer as estratégias acontecerem. Se as pessoas não estão capacitadas, motivadas e felizes, a estratégia é apenas um sonho a ser alcançado.
Para colher resultados a curto prazo: plante um pé de alface; Para colher resultados a médio prazo: plante um pé de abacate; Para colher resultados a longo prazo: treine pessoas. |
Quando perguntamos a um empresário:
- Onde nós estamos hoje?
- Onde nós estaremos daqui a cinco anos?
Estamos definindo a visão que a empresa deve ter: o que sou e o que eu quero ser. Quando se sabe o que se quer, se escolhe as melhores metodologias e ferramentas para transformá-lo em realidade.
Até parece que não estamos falando de Excelência Empresarial, estamos falando sobre RH, mas seria muita leviandade minha falar da Excelência sem citar os responsáveis por todas essas mudanças as “pessoas”.
Um dos grandes desafios para os atuais profissionais de Recursos Humanos é oferecer para a Alta Direção um trabalho diferenciado, estratégico, capaz de contribuir para os resultados da organização, de forma imparcial, criando mecanismos de avaliação e intervenção na gestão empresarial.
Para dar um entendimento das razões que levam a organização ao sucesso ou fracasso é preciso focar as pessoas, já que são elas que são as molas propulsoras para a realização e execução das ações necessárias ao funcionamento e desenvolvimento. O ser humano e suas necessidades estão diretamente interligados aos interesses da organização e quando as ações são direcionadas de acordo com as necessidades de cada um, o resultado pode ser benéfico, tanto para o indivíduo como para a organização.
A motivação supera limites e tem o poder de alterar o rumo de um fracasso para um sucesso, desde que as pessoas estejam motivadas para isso. A organização e o ambiente social proporcionam ao indivíduo a oportunidade de colocar as suas motivações pessoais para a realização dos objetivos organizacionais. É dentro dessa concepção que entenderá a estratégia para direcionar o recurso humano da organização a atuar de acordo com as diretrizes estabelecidas pela alta administração na busca pela excelência empresarial.
RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICOS
O novo conceito da administração de recursos humanos cujo objetivo é de administrar estrategicamente com as pessoas segue o conceito de Administração de Recursos Humanos, resultado da crescente necessidade de orientação para planejamento e de
intervenções gradativas com orientação estratégica, visando a mudança do modelo de controle para o de comprometimento.
O comprometimento organizacional estabelece o vínculo da pessoa com a organização. É um compromisso assumido e ocorre uma troca de acordo com os objetivos organizacionais e do indivíduo. Esse vínculo pode ser estabelecido de diversas formas,
mas de acordo com Bastos (1993), o vínculo organizacional pode ter cinco abordagens:
- Atitudinal: o indivíduo se identifica com a organização e com os objetivos dela e deseja manter-se como membro, de modo a facilitar a consecução desses objetivos. O comprometimento afetivo é aquele associado à ideia de lealdade, desejo de contribuir, sentimento de orgulho em permanecer na organização.
- Calculativo ou instrumental: comprometimento como função das recompensas e dos custos pessoais, vinculados à condição de ser ou não membro da organização. O comprometimento seria fruto de um mecanismo psicossocial de trocas e de expectativas entre o indivíduo e a organização, em aspectos como salário, status e liberdade.
- Sociológico: relação de autoridade e de subordinação. O comprometimento do trabalhador se expressa no interesse em permanecer no atual emprego porque percebe a legitimidade da relação autoridade/subordinação. Desta forma, os indivíduos levam para o trabalho tanto uma orientação para seus papéis de subordinados, quanto um conjunto de normas que envolvem os modos corretos de dominação.
- Normativo: internalização de pressões normativas de comportamento.
- Comportamental: manutenção de determinadas condutas e de coerência entre seu comportamento e as suas atitudes. O comprometimento “pode ser equiparado com sentimentos de auto responsabilidade por um determinado ato, especialmente se eles são percebidos como livremente escolhidos, públicos e irrevogáveis”. Desta forma, as pessoas tornam-se comprometidas a partir de suas próprias ações, formando um círculo de auto reforçamento no qual cada comportamento gera novas atitudes que levam a comportamentos futuros, em uma tentativa de manter a consistência.
Müller et al. (2005) estudaram o comprometimento organizacional em supermercados tentando descrever a correlação entre Comprometimento Organizacional e o atingimento dos objetivos da empresa e de acordo com Pinto Junior (2001), dentre os preditores de desempenho as características do vínculo do indivíduo com a organização é um dos mais fortes. Sendo assim, Comprometimento Organizacional é um dos preditores importantes de desempenho organizacional. As características de personalidades não têm grande significado no desempenho quando comparado com suporte material, suporte do chefe e Comprometimento.
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