A Filosofia da Autonomia
Por: Julio Justino • 31/8/2018 • Resenha • 387 Palavras (2 Páginas) • 170 Visualizações
O significado da palavra “autonomia” remete as pessoas à autossuficiência, no entanto, ao abordar a autonomia relacionada ao pensamento filosófico, seria de muita prepotência considerar-se autossuficiente, já que a maioria dos conceitos filosóficos e métodos de filosofar já foram previamente moldados por outras pessoas, essas, por sua vez, beberam de outras fontes, e assim sucessivamente. Então, percebe-se que o termo “Filosofia da autonomia” quer remeter à liberdade das pessoas de filosofar, à independência de pensamento de cada pessoa. Ou seja, como consta na própria capa do livro do autor Luiz Felipe Pondé: Pense com a própria cabeça.
Como filosofar? Logo no inicio, o autor afirma que ao contrário do que muitos pensam, não é preciso estar munido de um arsenal de palavras difíceis e embasado em todas as teorias filosóficas, ao fazer isso, a pessoa só se aproximaria de ser um “filósofo chato”, seria melhor guardar isso tudo às academias do saber, no caso, as faculdades. Segundo o livro estudado, para usar a filosofia no dia-a-dia é preciso ter o mínimo de ceticismo e pensar mais critica e racionalmente acerca de certos temas. Pensar racionalmente, segundo o autor, seria fugir do politicamente correto e do senso comum, o que ele faz o tempo todo e por isso é tão polêmico, por exemplo em temas como o amor, honestidade e democracia.
Como ele faz isso na prática? Digamos que as pessoas estejam conversando sobre a crise política no Brasil e em certo ponto da conversa alguém diga que os políticos que temos são a representação legitima do povo, pois assim é a democracia. Modelo esse que é endeusado no séc. XXI. Até então tudo bem, pois esse é o politicamente correto, não causa espanto. Pondé vai além, ele fala que a democracia é um regime de quantidades, e que os idiotas quase sempre são maioria.
Analisando essa pequena passagem do livro, e fazendo a interpretação a partir da autonomia filosófica, podemos concordar ou discordar, isso cabe a nos. Pois nem sempre o politicamente correto precisa ser o certo para mim. Basta analisarmos as coisas ao nosso redor com um pensamento mais cético e fazermos nossas próprias observações, obtendo assim nossa independência intelectual.
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