FILOSOFIA Paulo-Freyr na Pedagogia da Autonomia

2.2 A FILOSOFIA DE PAULO FREIRE EM A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Critico da narrativa do professor, no sistema de educação tradicional, em seu livro Pedagogia do Oprimido, expõe a maneira equivocada como funciona:

A narração, de que o educador é sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher” , tanto melhor educando serão. (FREIRE, 2003, p. 66)

Charlot (2000) sintetiza assim seu entendimento da natureza da educação:

É o processo por meio do qual um membro da espécie humana, inacabado, desprovido dos instintos e das capacidades que lhe permitiriam sobreviver rapidamente sozinho se apropria, graças à mediação dos adultos, de um patrimônio humano de saberes, práticas, formas subjetivas, obras. Essa apropriação lhe permite se tornar, ao mesmo tempo e no mesmo movimento, um ser humano, membro de uma sociedade e de uma comunidade, e um indivíduo singular, absolutamente original. A educação é, assim, um triplo processo de humanização, de socialização e de singularização. Esse triplo processo é possível apenas mediante a apropriação de um patrimônio humano. Isso quer dizer que educação é cultura, em três sentidos que não podem ser dissociados.

Nesse sentido, cabe ressaltar duas linhas de pensamento. Paulo Freire tinha uma visão contraria a forma tradicional de ensino. Para ele, o ensino tradicionalista tinha um papel de tornar o aluno submisso, imerso e passivo a sociedade. Segundo ele, não era desenvolvido nas escolas um pensamento reflexivo e crítico. Para solucionar tal problema, Freire desenvolveu um método de ensino, que consistia em três etapas: Etapa de investigação (hipótese); Etapa de tematização (contextualização do meio em que o aluno vive); Etapa de Problematização (Desenvolvimento de uma postura critica).

Já Anísio Teixeira defendia a escola em tempo integral, ele via as instituições de ensino como um local preparatório para a vida de cidadão. Seu método consistia em desenvolver a iniciativa, participação, discernimento, envolvimento e compromisso por parte dos alunos.

Ambos métodos são interessantes, e traduzem em poucas palavras o pensamento pedagógico atual. Hoje, a pedagogia tem que educar a criança para o futuro, trabalhar para que ela se torne um cidadão de boa índole, consciente do espaço em que vive, para que ele seja propulsor de mudanças na sociedade.

2.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

O trabalho pedagógico por projetos proporciona situações de aprendizagem diversificadas, contextualizadas, interdisciplinares e que favorecem abordar os diferentes tipos de conteúdos. Essa forma de organização do trabalho pedagógico permite aprofundar conteúdos, estabelecer relações com o cotidiano dos alunos, considerarem seus conhecimentos prévios, desenvolver habilidades para trabalhar em grupo, exercitar o respeito mútuo e a construção do conhecimento no coletivo e estimular o espírito pesquisador. Dessa maneira, a abordagem por