A GESTÃO DE CAIXA EM TEMPOS DE CRISE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de Pós-Graduação em Gestão de Negócios

GESTÃO DE CAIXA EM TEMPOS DE CRISE

Arcos

2016

GESTÃO DE CAIXA EM TEMPOS DE CRISE

Trabalho apresentado ao Curso de Pós-Graduação de Gestão de Negócios da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como Exame Especial para disciplina Finanças Corporativas.

Professor:

Arcos

2016

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A gestão financeira de uma instituição visa administrar os recursos financeiros a que dispõe a empresa para atingir os seus objetivos. E será esta administração que influenciará nas tomadas de decisões e na busca para atingir o máximo de eficiência.

A administração financeira de uma empresa assim exercida por seus gestores engloba uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração de caixa, do crédito, análise de investimentos e captação de fundos. E, na atual conjuntura econômica por qual nosso país tem vivido, diante das mudanças nesse ambiente, elevou-se ainda mais a relevância e complexidade das responsabilidades do administrador financeiro, criando a necessidade cada vez maior de profissionais aptos a administrar fluxos de caixa complexos para uma maior escassez de recursos.

Logo, para entender a importância da gestão financeira para os negócios, é preciso ter em vista que uma organização complexa deve ter como meio de administração um processo de planejamento e controle que se inter-relacionam através de um sistema de informação, buscando atingir a eficácia. O modelo de gestão, portanto, influi diretamente nas tomadas de decisões que possuem implicações diretas sobre a estabilidade financeira da empresa.

Restritamente, a administração financeira tem como objetivo imediato prover e gerenciar os recursos financeiros imperiosos à consecução das atividades da organização. Contudo, abrangendo mais o conceito, se responsabiliza ainda pela administração do fluxo de dinheiro, administrando seu caixa para que a empresa tenha meios de realizar seus objetivos. Assim, o gestor financeiro irá lidar com a dimensão monetária da atividade; contribuir para o objetivo da organização, aumentando sua eficiência e controlando seus custos; e cuidar da capacidade do negócio de pagar suas dívidas e se manter em funcionamento. A contabilidade será uma grande aliada da gestão financeira, ocupando-se principalmente dos requisitos legais e dando suporte ao controle de caixa nas adversidades.

A gestão financeira da organização, dessa forma, englobará as decisões de financiamento e alocação de recursos, voltados a obtenção de recursos necessários a realização das atividades e como obtê-los, e as decisões quanto à sua utilização, respectivamente.

Nesse sentido, em tempos de crise, os gestores financeiros precisam modificar e adequar os processos operacionais, reduzir os riscos, controlar as despesas e realizar um aprimoramento contínuo, principalmente, promovendo um intercâmbio em todos os níveis da organização. No novo cenário que se instaurou as empresas passaram a conviver diariamente com desafios que exigem uma gestão de caixa rigorosa. Para isso, e tendo em vista os aspectos financeiros citados, é necessário um continuo planejamento, controle e avaliação, funções operativas estratégicas a serem exercidas pelo gestor de caixa.

É importante que a organização utilize seus recursos financeiros de forma planejada, tanto para investimentos quanto para movimentações diárias, a fim de ter um controle sobre o crédito e débito. Sendo assim, o planejamento consistirá em definir como as atividades irão acontecer, identificar o volume de recursos necessários à sua realização e definir como estes recursos deverão ser obtidos. O foco é para o que deverá acontecer, ou seja, quais recursos serão necessários e como eles serão aplicados para se atingir os objetivos da empresa.

Ao controle ou monitoramento da empresa, ao seu turno, caberá acompanhar as atividades em andamento aliadas ao contexto de crise, assegurando-se de que há um plano pré-definido a ser seguido, identificando e corrigindo possíveis problemas durante sua execução. É primordial a comparação do que foi previsto com o que está sendo realizado, verificando se as metas estão sendo atingidas.

Ao final, patente uma avaliação das atividades realizadas e analisar se as metas fixadas estão sendo atingidas e se desenvolvendo de maneiras adequada.

Estas funções operativas podem e devem ser efetuadas em todos os setores da organização, no entanto, na gestão de caixa serão imprescindíveis para a mantença e sucesso do negócio, ainda mais em épocas de anacronismo econômico, momento em que organização e planejamento serão determinantes para a continuação da empresa no mercado competitivo. O planejamento e acompanhamento baseado em projeções realistas das atividades evitará surpresas negativas.

Ademais, em contextos adversos é indispensável monitorar a entrada e saída de recursos para segmentar custos e despesas, separando custos fixos de custos variáveis, visando uma total eficiência alocativa. A gestão de caixa deve combinar os diferentes recursos ou insumos de maneira a maximizar o resultado pretendido, de modo a evitar gargalos e desperdícios, que resultam num custo maior que o necessário, algo a ser efetivamente evitado em momentos críticos.

A maneira com que os recursos são aplicados se reflete decisivamente na eficiência e custo dos serviços ou produtos, vez que uma distribuição mais equilibrada dos recursos financeiros implica maximizar o resultado e minimizar os custos para se alcançar determinado objetivo ou resultado.

Outra preocupação que o gestor de caixa deve ter é quanto a estabilidade e sustentação financeira a longo prazo do negócio. Da mesma forma, é preciso haver uma forte organização financeira da empresa, demarcando responsabilidades e estabelecendo amplitudes adequadas de controle. Assim, além de planejar, controlar e avaliar, a gestão financeira também irá se valer de outras funções determinantes, tais como orçamento, tesouraria, faturamento, custos, administração do capital de giro e análise investimentos. Para uma gestão de caixa eficiente é preciso gerenciar com afinco os recursos financeiros que a empresa precisa no seu dia-a-dia (quanto manter em caixa, em conta bancária, em investimentos de curto prazo e alta liquidez, administração dos estoques de materiais e outros insumos).