A Gestão de Negócios Sustentáveis
Por: Alex Dias • 5/1/2022 • Trabalho acadêmico • 1.224 Palavras (5 Páginas) • 87 Visualizações
FGV Strong – Santo André
GEEN 13 – Gestão de Negócios Sustentáveis
Professor – Eduardo Rosa Pedreira
Aluno – Alexandre Gonçalves Dias
Setembro / 2014
Texto – A Mente Ética
Um texto com conteúdo muito interessante desde a primeira citação conforme abaixo:
Não basta adotar padrões elevados. Para viver segundo eles – e ajudar os outros a fazer o mesmo – é preciso uma mentalidade ética que permite que esses princípios sejam reiteradamente postos em prática.
Howard Gardner
Vivenciei uma situação no meu mercado de trabalho que ilustra alguns pontos citados no texto, talvez esteja mais relacionado ao conteúdo apresentado em sala de aula sobre “os inimigos da ética dentro de uma empresa” dentro dos tópicos de “ganância de lucros” e “pressão excessiva por resultados”porém se a mente ética ou até mesmo a mente respeitosa prevalecesse na situação abaixo, acredito que os valores éticos seriam mantidos intactados e seus dirigentes poderiam ter passado um bom exemplo a todos os seus colaboradores.
O mercado de veículos novos é extremamente cobiçado. Para se tornar uma concessionária credenciada é necessário cumprir uma série exigências e pré-requisitos que vão desde indicadores operacionais de negócios até pesados investimentos em edificações, estrutura e capital de giro.
Entre o consumidor e a concessionária existem inúmeras lojas independentes de comércio de veículos, na maioria das vezes usados, mas que também são abastecidos com veículos novos adquiridos através de um mercado informal de compra de veículos em nome de empresas, gozando de incentivos fiscais governamentais, que tornam o preço de aquisição muito acessível através da sonegação de impostos por desvio de finalidade (comprova elegibilidade para obtenção de benefícios mas não usufrui da maneira correta) e garante um nível de competitividade mais apreciável do que os preços praticados na concessionária.
Essa prática é muito difundida e movimenta um mercado de cerca de R$ 3,0 bilhões de faturamento anual que se torna “invisível” aos olhos da receita fazendária e também de algumas montadoras devido ao grande jogo de interesse envolvido nesse esquema de sonegação de impostos.
Certa vez, o Comite Executivo de uma grande montadora, exigiu medidas duras e definitivas para coibir essa prática de mercado e preservar a condição de competitividade e lucratividade de sua Rede de concessionária. A direção de vendas elaborou um plano de qualificação de novas empresas-clientes e também aplicou severas penalidades comerciais – bloqueio para novas vendas - as empresas que executassem a transferência do veículo novo em um prazo inferior a 6 meses. Toda uma equipe de vendas foi mobilizada para colocar em prática o plano de contingenciamento de vendas irregulares.
O plano foi um sucesso nos primeiros 6 meses, reduzindo o volume de vendas irregulares de 20% do total de vendas para míseros 1,5%. Esses resultados alcançaram os targets previamente estabelecidos pela alta diretoria da montadora.
Porém, nesse interim, as pessoas responsáveis pelo contato direto com os clientes e pelo bloqueio de clientes foram rapidamente identificados pelos mentores desse mercado negro de sonegação de impostos. Algumas desses funcionários da montadora sofreram ameaças de morte envolvendo sua familia, o que tirou a paz e tranquilidade desses colaboradores. Foi uma situação muito preocupante pois esses colaboradores estavam executando apenas as determinações de sua alta liderança e agora se viam em situação de risco de vida.
A alta liderança foi prontamente envolvida nessa situação e providências foram solicitadas por esse colaborador. Para surpresa do funcionário, o posicionamento oficial da empresa foi declarar que esse era um assunto pertinente a segurança pública e que nada podia ser feito pela empresa.
Atonito, o funcionário solicitou proteção particular alegando que estava apenas cumprindo ordens designadas a ele em sua função dentro da empresa. Ele inclusive solicitou a suspensão imediata do programa de contigenciamento de vendas irregulares, o qual, não foi acatado pela alta liderança com o posicionamento que a posição corporativa deveria ser mantida.
O funcionário envolvido nessa trágica situação solicitou desligamento da empresa e agora busca valer seus direitos através da justiça. A empresa não comunicou os demais funcionários sobre os riscos inerentes a sua atividade e continua executando seu plano de contigenciamento de vendas irregulares deixando em risco mais funcionários apenas para atender a ganaância por lucros e a pressão por resultados.
Esse funcionário tinha autoridade e maturidade suficiente para falar com franqueza com seus líderes, porém, a postura corporativa, ou ética, não foi condizente com a responsabilidade de tomadas de decisões
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