A INDISCIPINA NA ESCOLA
Por: barbarazinha2015 • 20/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 3.645 Palavras (15 Páginas) • 155 Visualizações
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DON DOMÊNICO
BÁRBARA DOS SANTOS QUINTAS - 22776
A INDISCIPLINA ESCOLAR
(1º CAPÍTULO)
Guarujá
2014
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DON DOMENICO
BÁRBARA DOS SANTOS QUINTAS
A INDISCIPLINA ESCOLAR
(1º CAPÍTULO)
[pic 1]
Guarujá
2014
1 CONCEITO DE INDISCIPLINA
A indisciplina possui múltiplas interpretações, uma pessoa indisciplinada é a princípio um ser que tem um comportamento desviante em relação a uma regra que precisa ser cumprida em termos escolares e sociais, os primeiros são apelidados de indisciplinados, os segundos de incompetentes.
Segundo dicionários indisciplina significa falta de respeito, negação as normas, mau comportamento que com promete a convivência social. Exemplo: Um aluno que não cumpre com as tarefas escolares, que falta ás aulas sem justificativa, que fala demais durante as aulas é considerado indisciplinado.
Estudiosos entendem como indisciplina uma dimensão dos processos de socialização e relacionamento que os alunos exercem na escola.
A indisciplina pode causar violência, mas não é necessário que esta ocorra, é neste sentido que autores diferenciam vários níveis de indisciplina, como conflitos, perturbação e vandalismo.
Os conflitos podem afetar as relações formais e informais entre os alunos, podendo acontecer alguma agressividade ou violência verbal ou física. A perturbação pode afetar o andamento das aulas ou mesmo da escola. Já o vandalismo contra a instituição de ensino procura, muitas vezes, atingir tudo aquilo que ela significa.
Segundo (AQUINO, 1996) a indisciplina é uma tendência natural de todo ser humano, está inscrita no seu código genético. O Estado, a educação e a cultura, atuam como freio destes impulsos anti-sociais. Esta é uma velha teoria que serviu a Thomas Hobbes para fundamentar a necessidade de um Estado forte, capaz de manter em ordem os “homens-lobo”, a Charles Darwin para explicar a origem das espécies, a supremacia dos mais fortes; a Friedrich Nietzsche para reclamar o poder para os super-homens que estão para além do bem e do mal.
Outra corrente sustenta que a natureza humana é uma espécie de recipiente vazio, pronto a ser preenchido pelos estímulos que recebe do exterior. Conforme a natureza destes estímulos assim será a criança, o adulto. As circunstâncias determinam aquilo que cada homem é. A contrapartida desta visão igualitarista sustentada pela primeira vez pelos sofistas, foi o aparecimento de uma multiplicidade de métodos e técnicas para dar forma à natureza do homem.
1.1 CAUSAS DA INDISCIPLINA
A indisciplina escolar não possui somente uma causa única ou principal, os acontecimentos de indisciplina contendo apenas uma pessoa costumam ter origem em conjunto de causas diversas, temos que compreendê-la e estabelecer soluções afetivas.
As diversas causas de indisciplina escolar podem ser divididas em dois grupos gerais: externas e internas á escola. As externas vamos encontrar na influência dos meios de comunicação, a violência social e ambiente familiar. Já as internas, por sua vez, incluem o ambiente escolar e as condições de ensino-aprendizagem.
Assim, na própria relação entre professores e alunos habitam motivos para a indisciplina, e as formas de intervenção disciplinar que habitam motivos para a indisciplina, e as formas de intervenção disciplinar que os professores praticam podem reforçar ou mesmo gerar modos de indisciplina.
Na literatura educacional e particularmente no cotidiano escolar, a indisciplina se associa a um sentido de inclinação negativa, e entre suas possíveis implicações pouco encontramos de produtivo, além da solicitação de pesquisas que ela representa. Em termos acadêmicos a indisciplina escolar também tem sido produtiva ao solicitar respostas, reflexões, e ao provocar debates.
A indisciplina tem se tornado, paradoxalmente, uma distinta fonte de motivação indesejável para a reflexão e mudança nas escolas. As tensões derivadas da ausência progressiva, declarada por professores, de disciplina e respeito, cumpririam afinal um inesperado papel de inspirar revisões nas posições, valores, projetos, intenções e em diversos pressupostos e racionalidades que vêm informando as práticas pedagógicas há décadas.
1.2 CASOS DE INDISCIPLINA NAS ESCOLAS:
Frequentes:
- Apatia do grupo;
- Cochicho;
- Troca de mensagens e de papelinhos;
- Intervalos cada vez maiores;
- Exibicionismo;
- Perguntas feitas de forma a colocar em causa o professor, ou a desvalorizarem o conteúdo das aulas;
- Discussões frequentes entre grupos na alunos, de modo a provocarem uma agitação geral;
- Comentários despropositados;
- Silêncios ostensivos;
- Entradas e saídas "justificadas".
Não frequentes:
- Brigas entre os colegas;
- Agressão a professores;
- Roubos;
- Provocações sexuais, racistas, etc.
O autor Aquino diz que a indisciplina escolar não é um fenômeno estático que tem mantido as mesmas características ao longo das últimas décadas. Ao contrário, está “evoluindo” nas escolas. Sob diversos aspectos, a indisciplina escolar, hoje, se diferencia daquela observada em décadas anteriores. As expressões e o caráter da indisciplina, por exemplo, apresentam mudanças.
3 FAMÍLIA E ESCOLA
Normalmente os alunos que são indisciplinados provêm de famílias onde esse problema é frequente. As famílias sofrem com a pobreza, violência doméstica e o alcoolismo são os principais motivos que ocorrem no ambiente familiar.
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