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A Importação África

Por:   •  4/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  141 Visualizações

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Importação

Produto: Carvão

No levantamento dos 10 principais produtos importados do continente Africano em 2019, o carvão ocupa a 5ª posição neste ranking (3,1%).

A principal razão do Brasil optar por importar essa matéria-prima se dá pelo fato de o carvão brasileiro disponível ser de baixa qualidade, com baixo poder de aquecimento e gera uma alta quantidade de cinzas quando queimado.

Origem: Moçambique

De todo o carvão importado pelo Brasil em 2019, 3,8% foi originado em Moçambique. Tal porcentagem fez com que o país ocupasse o 6º lugar no ranking dos principais fornecedores de carvão ao Brasil, ficando atrás dos EUA, Austrália, Colômbia, Rússia e Canadá.

Operador logístico (INCOTERMS)

Segundo dados oficiais, a importação do carvão originado em Moçambique foi realizada via transporte marítimo com o Valor FOB US$ 111 milhões. O FOB é utilizado exclusivamente no transporte aquaviário marítimo ou hidroviário interior e se caracteriza pelo encerramento das obrigações e responsabilidades do vendedor quando a mercadoria, desembaraçada para a exportação, é entregue, arrumada, a bordo do navio no porto de embarque, ambos indicados pelo comprador, na data ou dentro do período acordado.

Estimativa/potencial para o mercado interno:

Historicamente, o volume de importações de produtos originados do continente Africano vem diminuindo com o passar dos anos. Este fato pode ser visto nos seguintes números: Em 2019 foram gastos US$ 5,6 bilhões, sendo US$ 1 bi a menos que no ano anterior. Até o mês de junho de 2020, o Brasil investiu cerca de apenas US$ 1,87 BI.

Fazendo uma análise específica da importação do carvão, em 2019 o Brasil gastou um montante de US$ 2,9 bilhões com a compra deste produto de diversos países do mundo. Se compararmos com 2018, esse número é 14,8% menor (US$ 3,33 bilhões). Desses US$ 2,9 bilhões, somente 3% foi gasto importando a matéria-prima de Moçambique, ou seja, US$ 111 milhões. São muitos fatores que explicam a queda do volume de importações deste minério com o passar dos anos, como a desvalorização do Real perante o Dólar, fazendo com que os produtos importados se tornem cada vez mais caros, a crescente preocupação de uso de matérias-primas sustentáveis para a geração de energia e, excepcionalmente, o ano de 2020 foi marcado pela pandemia do novo Corona vírus, a qual afetou o mercado internacional de forma significativa.

Com uma participação constante de cerca de 6% da oferta total de energia primária do país nos últimos 10 anos, o carvão é a 7ª fonte de energia mais explorada da economia brasileira. Contabilizando apenas fontes não renováveis, é historicamente a terceira, atrás do petróleo e do gás natural.

O Brasil enfrenta um alto nível de importações e um déficit comercial de carvão: cerca de 98% do carvão consumido no Brasil vem dos EUA, Austrália, África do Sul e Canadá e representa 81% da dependência externa total do país em energia, dada pela diferença entre a demanda interna de energia e a produção doméstica. A grande maioria da demanda total por carvão, 85%, vem de usinas termelétricas e geração de energia. Em segundo lugar vem a indústria cimenteira. Desta forma, com base no exposto acima, podemos esperar uma tendência de queda na importação do carvão mineral. Fica claro que a matéria-prima passará a ocupar um espaço de menor protagonismo com o passar dos anos devido ao aumento da preocupação com a sustentabilidade e a busca de fontes de energia renováveis, além dos riscos que sua manipulação traz.

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