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A Logística Reversa e Reciclagem de Componentes Automotivos: Oficinas Mecânicas

Por:   •  23/2/2024  •  Monografia  •  8.160 Palavras (33 Páginas)  •  70 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITARIO SENAC

Vinicius Ferreira Carvalho

Logística Reversa e Reciclagem de componentes Automotivos: Oficinas Mecânicas

São Paulo

2011

Vinicius Ferreira Carvalho

Logística Reversa e Reciclagem de componentes Automotivos: Oficinas Mecânicas

Trabalho apresentado ao Centro Universitário SENAC para EXAME DE QUALIFICAÇÃO

 Orientador (a): Prof. Alexandre Saron

São Paulo

2011

Resumo

A disposição inadequada dos resíduos sólidos é uma realidade enfrentada pelos agrupamentos humanos, dentre eles a cidade de São Paulo. Sendo assim, existe a necessidade de revertermos esta situação e com isso diminuir os impactos causados por estes resíduos ao meio ambiente.

Neste contexto o atual estudo relaciona o aumento da aquisição de veículos e sua relação com a geração dos resíduos deste segmento e com isso, possíveis alternativas para diminuição dos impactos causados pelos mesmos.

A observação demonstra que uma possível solução para a problemática da disposição e descarte dos resíduos oriundos do sistema de produção dos automóveis, é a criação de sistema funcional de logística reversa. Iniciativas privadas que atualmente estão adquirindo o conceito de desenvolvimento sustentável em seu processo de descarte adotarão a logística reversa, onde serão reaproveitadas peças dos veículos inutilizados pelo cliente. As peças que não se enquadrarem neste cenário serão encaminhadas para centros de reciclagem para assim voltarem ao processo produtivo como matéria prima.

Palavras chave: Resíduo Sólido, Automóveis, Reciclagem, Desenvolvimento Sustentável e Logística Reversa

Summary

 The improper disposal of solid waste is a reality faced by human groups, including the city of Sao Paulo. Thus, there is a need to reverse this situation and thus reduce the impacts of these wastes to the environment. In this context the present study relates the increased acquisition of vehicles and their relationship to the generation of waste in this segment and thus, potential alternatives for mitigation of impacts caused by them. The observation shows that a possible solution to the problem of disposal and disposal of waste from the production system of the car is the creation of functional system of reverse logistics. Private initiatives that are currently acquiring the concept of sustainable development in the process of disposal shall adopt reverse logistics, which are reused parts of vehicles destroyed by the customer. The parts that do not fit this scenario will be sent to recycling centers so as to return to the production process as raw material.

Keywords: Solid Waste, Cars, Recycling, Sustainable Development and Reverse Logistics.

Introdução

        Os limites para renovação dos recursos naturais, assim como a capacidade de suporte dos ecossistemas, devem ser considerados na decisão de níveis adequados de exploração dos recursos. Do contrário, à medida que a demanda por matérias-primas cresce cada vez mais, os estoques desses recursos tendem a se aproximar da exaustão e, assim, se tornar insuficientes para atender a demanda exigida pelas indústrias.

        Os estoques se tornam cada vez mais requisitados pelo mercado produtivo, propiciando a elevação do custo de aquisição dos recursos e, conseqüentemente, a procura por novas alternativas de fabricação. Os consumidores acabam então, arcando com os custos adicionais, provenientes tanto da oferta limitada de recursos, como da adoção de tecnologias produtivas mais eficientes. Essas últimas, necessárias não somente para minimizar custos, mas para compensar a restrição da oferta de recursos, a fim de manter preços acessíveis pelo mercado consumidor (MULLER C. F, 2005).

        Os consumidores, como parte da sociedade que se preocupa cada vez mais com os diversos aspectos do equilíbrio ecológico, acabam pagando pelo o que, na verdade, exigem. O consumidor preocupado com as questões ambientais se torna mais atento e passa, assim, a exigir um nível de serviço mais elevado, que internalize aspectos ambientais em sua política, assim como em seus processos e suas práticas (CHAVES e BATALHA, 2006).

        O perfil do novo consumidor se preocupa com a qualidade do meio ambiente e se mostra consciente dos problemas futuros possíveis. O consumidor se torna preocupado com relação aos danos e impactos ambientais produzidos pelas atividades industriais, mas também com àqueles gerados por suas próprias escolhas e atitudes (MULLER C. F, 2005). Ou seja, passa a exigir informações dos produtos a serem adquiridos, que forneçam, por exemplo, dados sobre a eficiência dos processos tecnológicos utilizados e/ou sobre a composição, determinando os tipos de materiais utilizados.

Neste contexto o automóvel começou a trocar de papel na sociedade contemporânea, passando de herói em seus primeiros 70 anos, como solução tecnologia, transporte rápido e seguro, para vilão nos últimos 30 anos, como responsável pela degradação do meio ambiente. Isto devido á sua complexidade de produção e utilização de diversos produtos e processos para sua fabricação, o que demanda um alto nível de matéria prima e gera um nível alto de resíduo após o termino da vida útil de seus componentes.

A sociedade se sensibiliza diante da problemática de geração resíduos, uma vez que, em quantidades excedentes,  tem como destino, os aterros sanitários, lixões, corpos d’ água ou mesmo locais abandonados, entre outros, muito próximos de sua realidade. Isto, para incentivar alternativas de reaproveitamento, reciclagem, reprocessamento ou reutilização, por exemplo, sejam incluídas nos processos produtivos e práticas das diversas organizações, a fim de garantir a sustentabilidade do sistema (CHAVES e BATALHA, 2006).

        Dessa maneira, a consciência e a sensibilidade ecológica dos consumidores, e da sociedade em geral, com ênfase para àqueles nos países com níveis mais elevados de desenvolvimento econômico e social, vêm ganhando destaque. Ambas têm sido acompanhadas por ações de empresas e de governos, de maneira reativa ou proativa, em vista da necessidade de se amenizar os efeitos de diversos impactos ao meio ambiente, protegendo também a sociedade e seus interesses (LEITE, 2009).

        As organizações têm de aprimorar seus sistemas logísticos, a fim de, então, planejar e controlar o fluxo de materiais e produtos não somente desde a entrada até saída, mas com os resíduos gerados e com o retorno dos produtos. Ou seja, tanto a diminuição da pressão exercida aos recursos naturais, quanto à diminuição do descarte e da disposição indiscriminada dos resíduos ao meio ambiente, passam a serem incorporadas as estratégias organizacionais (MULLER C. F, 2005).

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