A ORGANIZAÇÃO CIENTIFICA DO TRABALHO: O ENFOQUE CLÁSSICO
Por: Jander Alcântara • 24/11/2015 • Resenha • 5.049 Palavras (21 Páginas) • 1.378 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO BACHAREL EM GESTÃO DE POLITICAS PÚBLICAS
PROFa: HELENA SELMA AZEVEDO
ALUNOS:
Angelica Freitas
Cristiane Santos
João Paulo de Jesus
- A ORGANIZAÇÃO CIENTIFICA DO TRABALHO: O ENFOQUE CLÁSSICO
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA DO TEXTO
Cap. 6: FARIA, J. H. de. Economia política do poder: uma critica da teoria geral da administração. 1ª ed. 5ª reimpr, V. 2. Curitiba: Juruá, 2009.
Cap. 3 e 4: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. 617p.
- RESUMO
As teorias de Ford, Taylor e Fayol, são tratadas como clássicas por Farias (2007), e possuem enfoque na Organização Cientifica do Trabalho – OCT. Essas teorias possuem objetivos de organizar a administração, que passava por uma fase áurea, com grande produção de excedentes, e contava com fatores a seu favor, como: “expansão da indústria automobilística”, aumento da oferta de mão de obra e o grande poder aquisitivo das classes mais altas da sociedade.
A grande brecha para o desenvolvimento da OCT, foi o poder que as grandes empresas possuíam, já que não possuíam concorrência e contavam com uma economia sem grandes instabilidades, esses fatores davam mais tempo às empresas para pensarem em seu planejamento, operacionalização e gestão. A característica mais marcante do planejamento empresarial dessa época é a separação entre pensadores da produção, e expectadores da produção, surgindo assim a gerência cientifica, onde a distinção de classes dentro das empresas são, para a teoria, primordiais.
Com o surgimento da gerência cientifica, foram criadas novas condições de trabalho:
- “Pelos estudos dos movimentos e operações complementares”: (FARIAS, 2007) Onde os gestores analisam os movimentos para a realização do trabalho, e padronizam os movimentos e ações de acordo com o interesse de aumentar a otimização.
- “Pelos estudos de tempos complementares”: (FARIAS, 2007) Após a analise dos gestos e movimentos que melhor se adequariam ao sistema produtivo capitalista, os gestores deveriam analisar o tempo de tais processos, analisando movimento\produtividade, e com isso determinar um tempo e um procedimento padrão, onde o operário recebia previamente as formas de execução do trabalho.
- “Pelo estudo do controle”: (FARIAS, 2007) É o processo no qual os gestores devem eliminar as falhas do processo de trabalho, visando “reduzir o tempo de operação, melhorar a qualidade”, e deve ser realizado com o uso de ferramentas de gestão. (gráficos e dados estatísticos...)
Pode se perceber que a OCT menosprezava o conhecimento do operário, já que todo o planejamento do trabalho cabia a gerência, o funcionário das escalas inferiores deveria apenas ser um executor do trabalho e nada mais. (FARIAS, 2007)
A Teoria Cientifica focava em uma otimização do processo de produção, reduzindo custos e aumentando a produção, para isso, iniciaram-se estudos quem iam desde o controle humano até a adequação dos layouts das unidades de produção. Assim destaca-se Frederik Taylor (1856-1915), que estudou e desenvolveu teorias do controle humano, de forma a ditar o trabalho dos operários; e Henri Fayol (1841-1925), que focava em adequar a estrutura da empresa, física e operacional, a uma forma de produção de grande escala. (Chiavenato, 2003)
Palavras Chave: Escola Cientifica, Taylorismo-Fordismo, Fayolismo.
- AS TEORIAS DE TAYLOR
Idalberto Chiavenato, conforme ilustra em seu livro Teoria Geral da Administração, que no despertar do século XX, o americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e o europeu Henri Fayol (1841-1925), ambos engenheiros, desenvolveram os primeiros trabalhos acerca da ciência da Administração.
Taylor, com o intuito de aumentar a eficiência da indústria através da racionalização do trabalho do operário, criou a Escola da Administração Científica e Fayol, preocupado em aumentar a eficiência da empresa através da organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas, fundou a Teoria Clássica.
Essas teorias da Administração, Escola da Administração Científica e Teoria Clássica, ficaram posteriormente conhecidas por Abordagem Clássica da Administração, embora as duas tenham pontos de partida distintos. Parafraseando Chiavenato (2003, p. 48), Taylor desenvolveu sua teoria na abordagem de baixo para cima, do operário para o supervisor e gerente, e das partes do operário e seus cargos, para o todo, organização, com ênfase nas tarefas. Fayol, no enfoque de cima para baixo, da direção para a execução, do todo, organização, para as partes componentes, departamentos, com predomínio na estrutura organizacional.
Na Escola da Administração Científica merecem destaque também os engenheiros Lawrence Gantt (1861-1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Harrington Emerson (1853-1931), Henry Ford (1863-1947). Na Teoria Clássica, James D. Mooney, Lyndall F. Urwick (1891-1979), Luther Gulick dentre outros.
A ênfase da Escola da Administração Científica era norteada pela divisão do trabalho e se complementava com a atenção para os movimentos e para o tempo determinado para execução das tarefas. Esse cuidado rigoroso desencadeou na “especialização do operário e no reordenamento de movimentos, operações, tarefas, cargos [...], que constituem a chamada Organização Racional do Trabalho (ORT)” (CHIAVENATO, 2003, 48).
A elaboração da Teoria Clássica se baseava na atenção para a estrutura organizacional, para os elementos da Administração, para os princípios gerais da Administração e a departamentalização, a empresa era centralizada em um chefe principal. A Administração Científica era pragmática, a Clássica, teórica.
Ainda, sobre o entendimento de Chiavenato (2003, p. 49), as origens da abordagem Clássica, dizem respeito às consequências da Revolução Industrial, que podem ser classificadas sobre dois aspectos: (i) pelo crescimento desenfreado e desorganizado das empresas que reivindicavam uma administração científica em detrimento da improvisação e da empiria, com condições de planejamento da produção; (ii) necessidade de aumentar a eficiência das organizações, com melhor aproveitamento dos recursos e devido a concorrência já enfrentada pelas empresas.
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