A RELAÇÃO ENTRE A CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAIS E A ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE DAS ORGANIZAÇÕES
Por: Debora Gonçalves da Silva • 13/4/2015 • Trabalho acadêmico • 5.686 Palavras (23 Páginas) • 390 Visualizações
A RELAÇÃO ENTRE A CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAIS E A
ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE DAS ORGANIZAÇÕES
Luis Antonio de Sousa ÁVILA1
Hiroshi Wilson YONEMOTO2
RESUMO: O presente artigo se destina a verificar, através de embasamento teórico
proporcionado por cânones da Administração e áreas afins, a relação que se
estabelece entre cultura e clima nas organizações com estratégia e desempenho
das mesmas. O artigo compõe-se de uma exposição de conceitos fundamentais
para a compreensão das estratégias utilizadas pelas empresas, como comunicação,
cultura e competitividade. No decorrer do estudo, ligações entre os temas são
estabelecidas e é avaliada a importância e impactos da cultura e clima
organizacionais na estratégia e desempenho das empresas no mercado.
Palavras-chave: Estratégia; Cultura Organizacional; Clima Organizacional;
Competitividade; Comunicação.
1 INTRODUÇÃO
A competição entre as empresas é algo que há muito tempo vem
motivando estudos de administradores. Com o crescimento de empresas no mesmo
setor, principalmente após a segunda guerra mundial e com a chamada Revolução
Tecnológica, a oferta de produtos e serviços cresceu exponencialmente, dando aos
consumidores maior possibilidade de escolha. Porém a demanda não cresceu na
mesma proporção, o que tornou acirrada a competição em praticamente todos os
mercados.
Segundo Michael E. Porter (1999, p.07), há pouco tempo atrás a
competição era quase inexistente em muitos países. Poucas empresas dominavam
determinado mercado, que muitas vezes era protegido. Nas últimas décadas, porém,
verificou-se o aumento da competição de maneira drástica em praticamente todo o
mundo.
1 Discente do 4º ano do curso de Administração das Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de
Toledo” de Presidente Prudente. Bolsista do Programa de Iniciação Científica das Faculdades
Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”. luissavila@hotmail.com
2 Docente do curso de Administração das Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” de
Presidente Prudente. hiroshi@unitoledo.br
Para adquirir vantagens e, desta maneira, uma maior porção do
mercado consumidor, desenvolvem-se a cada dia as mais variadas ferramentas
administrativas, que visam a qualidade de produtos e serviços, metodologias de
trabalho, racionalização do tempo, entre outros fatores que influenciam no
desempenho.
A partir desses estudos e experiências nas organizações, os teóricos
chegavam a conclusões em que a generalização era possível, ou seja, as
conclusões de seus estudos eram aplicáveis a diversas empresas de um mesmo
setor, para atingir objetivos comuns, como a satisfação de necessidades de clientes
e lucro para os sócios.
Entre os temas desses estudos figuram a cultura empresarial e o clima
organizacional. São estudos relativamente recentes, em que analisa-se desde
conceitos até os efeitos que podem ter sobre os resultados da empresa. Isto se dá
através da projeção de conceitos mais amplos, como a comunicação e a cultura,
para o ambiente empresarial, conceitos esses que também são abordados neste
trabalho.
Desta forma o artigo objetiva, através de embasamento teórico em
diversas obras, relacionar e verificar que impactos têm o controle da cultura e clima
organizacionais na estratégia, competitividade e resultados das empresas, sem
deixar de lado o aspecto fortemente humano que permeia os temas.
2 ORGANIZAÇÕES
Neste tópico serão introduzidos os conceitos de organização segundo
autores de notória importância. É neste meio que se dão as relações entre as
pessoas e empresas e, por isso, torna-se fundamental a conceituação.
Peter Ferdinand Ducker (1998, p. 05) conceitua a organização como
órgão da sociedade e que tem sua existência a ela vinculada, cooperando com seus
integrantes e economia, gerando resultados. Segundo o autor, os órgãos não se
definem pela atividade exercida, mas sim por sua contribuição. É através da
administração e de administradores que essas contribuições são possíveis. Drucker
enfatiza que quem administra são pessoas, não forças ou acontecimentos.
Percebe-se portanto que há destaque para a atividade humana na
organização. Todo resultado é obtido pelo trabalho das pessoas, seja em nível
operacional, seja nos mais altos escalões da pirâmide hierárquica. As necessidades
da sociedade são atingidas por esforços coletivos, agrupados em organizações.
Estas, possuem objetivos específicos, contribuições específicas que devem à
coletividade que as criou. Estes objetivos e contribuições são sua razão de existir.
Para Antonio César Amaru Maximiano, a sociedade é composta de
organizações que oferecem meios para que sejam atendidas as necessidades das
pessoas. Serviços como saneamento básico, saúde, segurança pública, lazer,
alimentação e educação são, para o autor, dependentes da existência das
organizações. Maximiano (2008, p. 04) define organização como “um sistema de
recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos)”.
Sem contrariar a definição de Drucker, o autor acrescenta que as
organizações existem com o intuito de agrupar recursos para facilitar a solução de
problemas. Uma vez alcançados esses objetivos com eficácia e eficiência,
funcionários, acionistas, clientes e a sociedade de maneira geral ficam satisfeitos.
(MAXIMIANO, 2008, p.05).
As sociedades humanas criam, portanto, as organizações como meios
para satisfação de suas necessidades através do desempenho de atividades pelas
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