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A Resenha do texto: A economia brasileira de 1964 a 2006

Por:   •  29/8/2021  •  Resenha  •  1.204 Palavras (5 Páginas)  •  167 Visualizações

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RESENHAS

1 - Resenha do texto: A economia brasileira de 1964 a 2006

Até 1964 o Brasil vivia uma democracia, porém devido à grave crise política no início da década de 60, através de um golpe, os militares governaram o país por 21 anos, quando novamente em 1985, tomou posse um civil, o presidente José Sarney. A partir dele, a democracia foi retomada e todos os presidentes subsequentes foram eleitos pelo voto direto popular. A inflação existente na década de 60 e 70 se tornaram hiperinflação e vários planos para tentar contê-la foram implementados, porém, somente o Plano Real no governo de Itamar Franco obteve êxito. O PIB que teve crescimento nas décadas de 60 e 80, declinou nas décadas seguintes o que gerou o aumento do desemprego, exceto pela tendência descendente em 2004. Com relação à evolução demográfica, ocorreu aumento da população urbana e concentração na região Sudeste. As taxas de mortalidade e fecundidade diminuíram e a expectativa de vida aumentou significativamente. Já, a distribuição de renda, não sofreu grandes alterações. Isso significa que a renda continua concentrada nas mãos da minoria e a pobreza é uma condição em que ainda vive hoje a maior parte da população.

2 - O primeiro governo Lula (2003-2006): vitória do medo ou da esperança?

Devido a divergências na base política do Governo FHC e problemas econômicos negativos combinados com desemprego e recessão, em 2002, Lula foi vencedor na disputa presidencial contra José Serra. Logo no início de seu governo, o mesmo se dedicou a combater os desequilíbrios da economia brasileira e garantir a confiança na sua gestão que até então era vista com muita incerteza pelos investidores. Com a continuação dos compromissos firmados com o FMI por FHC e uma reforma tributária e da previdência, o cenário mudou para um ambiente favorável à entrada de capitais externos e ocorreu um aumento das exportações, aumentando o saldo da balança comercial. Nos anos seguintes a inflação foi reduzindo cada vez mais e o país aumentou seu superávit primário. Houve também o crescimento do PIB e a redução significativa do desemprego. Os benefícios sociais foram ampliados, além do aumento de crédito tanto para empresários quanto para população. A criação do Pro-uni aumentou o acesso às Universidades e a pobreza e desigualdade da população foi drasticamente reduzida. Diante de todos estes avanços, a sua popularidade acabou garantindo um segundo mandato de governo em 2006.

3 - A relação entre desigualdade de renda e crescimento econômico no Brasil

A desigualdade social vem se acentuando desde meados da década de 1980, causada principalmente pelo avanço tecnológico sem a correspondente formação educacional da população. A desregulamentação do mercado de trabalho também contribuiu para uma maior vulnerabilidade dos assalariados, enquanto políticas de garantia mínima de renda, moradia, educação e saúde atuam no sentido contrário, de diminuir tais diferenças. Sendo assim, a política fiscal tem um amplo poder redistributivo se focado para políticas de transferência de renda baseadas no incentivo à frequência escolar. No Brasil, os programas sociais relevantes voltados para essa direção, tiveram início em meados de 2001, com diversas ações pontuais de redistribuição de renda. A grande inflexão aconteceu realmente em 2004, com o Programa Bolsa Família (PBF), que unificou todos aqueles outros. O resultado após dez anos de vigência foi a redução da pobreza e da extrema pobreza à metade. Na análise quantitativa, mostra-se que o PBF foi um instrumento que, além de reduzir a desigualdade social, promoveu como consequência secundária um maior crescimento econômico. As crises econômicas e o coeficiente de Gini, ao contrário, resultaram na redução do produto.

4 - A distância que nos une

Precisamos falar sobre desigualdades. No mundo, oito pessoas detêm o mesmo patrimônio que a metade mais pobre da população. Ao mesmo tempo, mais de 700 milhões de pessoas vivem com menos de US$ 1,90 por dia. No Brasil, a situação é pior: apenas seis pessoas possuem riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões de brasileiros mais pobres. E mais: os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95%. Por aqui, uma trabalhadora que ganha um salário mínimo por mês levará 19 anos para receber o equivalente aos rendimentos de um rico em um único mês. Tal debate é especialmente urgente nos tempos atuais. Não somente pelos níveis extremos de desigualdades que são eticamente inaceitáveis e nos transformam em uma sociedade onde uma parte da população passa a valer mais que outra, mas também pelos recentes e preocupantes retrocessos em direitos, nunca vistos desde a reabertura democrática no Brasil. Após a proclamação da Constituição de 1988, o nosso país iniciou uma trajetória geral de redução de desigualdades. Renda e serviços essenciais passaram a ser mais equitativamente distribuídos na sociedade, especialmente pela elevação do nível de vida dos estratos mais pobres da população e pela progressiva consolidação de políticas públicas inclusivas. Por outro lado, manteve-se estável a extrema concentração de renda e patrimônio no topo da pirâmide social. Considerando as últimas duas décadas, são visíveis os fatores que explicam as desigualdades no Brasil. Por um lado, há pouca dúvida sobre o que não deu certo: nosso sistema tributário regressivo onera demasiadamente os mais pobres e a classe média por meio de uma alta carga de impostos.

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