Resenha Do Livro: Economia Brasileira Contemporânea
Por: Joabe Santos • 1/12/2023 • Resenha • 1.916 Palavras (8 Páginas) • 119 Visualizações
RESENHA DO LIVRO: ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Cap. 18 economia brasileira pós-estabilização: plano real
- Dados do texto
- Título: Economia Brasileira Contemporânea
- Autor: Amaury Patrick Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos e Rudinei Toneto Júnior
- Dados bibliográficos: O livro “Economia Brasileira Contemporânea” de Amaury Patrick Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos e Rudinei Toneto Júnior, publicado pela editora Atlas em 2009, é uma referência importante para o estudo da economia brasileira.
- Informações adicionais:
O livro “Economia Brasileira Contemporânea” de Amaury Patrick Gremaud, Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos e Rudinei Toneto Júnior apresenta uma análise histórica e setorial do desenvolvimento econômico brasileiro, cobrindo desde o início do processo de industrialização brasileira até o Plano Real, além de desenvolver uma parte conceitual, na qual define as principais variáveis macroeconômicas em termos teóricos e examina seu comportamento no caso brasileiro.
Ademais, o livro discute os aspectos demográficos, as formas de mensuração do produto nacional, o conceito de desenvolvimento econômico e o problema do desemprego. Estuda as principais determinantes do comportamento do produto, como o consumo, os investimentos, o governo e o setor externo. Examina as recentes transformações no cenário internacional e o comportamento do Brasil em face dessas mudanças.
Os diferentes regimes políticos, a construção de instituições, os variados enfoques de políticas econômicas e sociais, as crises geradas endogenamente ou importadas da economia mundial, moldaram historicamente o que hoje constituem a economia e a sociedade brasileiras. Portanto, é esse processo histórico, desde o pós-Guerra até o presente, que norteia a análise lúcida desenvolvida neste livro, o qual será abordado no presente trabalho, de forma sistematizada e resumida, a parte IV do capítulo 18 a respeito dos seguintes temas: Plano Real e o primeiro mandato de FHC, pag. 472; Plano Real - diagnóstico, contexto e implantação, 472; Impactos e problemas do Plano Real, pag. 477; Mudança cambial, pag. 492.
INTRODUÇÃO
A obra "Economia Brasileira Contemporânea" dedica o seu capítulo 18 à análise minuciosa da economia brasileira após a implementação do Plano Real. Este capítulo serve como uma profunda exploração das transformações econômicas e sociais que aconteceram no Brasil após a estabilização da moeda. Com um enfoque especial no contexto pós-Plano Real, este capítulo examina os impactos, mudanças estruturais e os desafios enfrentados pela economia brasileira durante esse período. Explora os efeitos macroeconômicos da estabilização da moeda, tais como a redução da inflação, a estabilidade econômica, o crescimento do PIB e as políticas monetárias adotadas para sustentar essa estabilidade. Além disso, a obra analisa as consequências sociais e políticas da implementação do Plano Real, como a redistribuição de renda, as mudanças no mercado de trabalho, o aumento do consumo e as transformações no sistema financeiro. Por meio de uma abordagem detalhada e analítica, o capítulo busca proporcionar uma compreensão abrangente da economia brasileira pós-estabilização, destacando os avanços, os obstáculos enfrentados e os desdobramentos futuros desse período crucial da história econômica do Brasil.
DESENVOLVIMENTO
O governo de Fernando Henrique Cardoso encerrou o governo com instabilidades econômicas, houve melhorias fiscais. Contudo, a desigualdade social e a pobreza, o crescimento da inflação e a dívida pública foram desafios que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentaria no seu mandato. Destacando que durante o período de FHC, houve estimativas de baixo crescimento e o país estava passando por vários fatores que poderiam agravar uma outra crise para o governo sucessor, o índice de desemprego e o baixo desenvolvimento junto com o aumento da dívida pública e a incerteza do futuro do Brasil, o governo de Fernando Henrique Cardoso foi marcado por momentos de avanços e crises, com um misto de medidas positivas e dificuldades econômicas e políticas.
As fragilidades que ocorreu durante 2002 foi decorrente aos problemas anteriores, um outro desafio também era o receio da sociedade sobre o sucessor em relação que foi abordado durante as eleições, o Partido dos Trabalhadores tinha ideais com olhar crítico sobre as metas inflacionárias e a desaprovação de acordos com FMI, queriam também redução de receitas sobre despesas com juros, renegociação da dívida pública, entre outras características que deixaram a desconfiança sobre a nova liderança governamental e um confronto eleitoral com instabilidade de 2002 mais agravado.
“Definir desenvolvimento econômico é algo complexo. Mais controvertido ainda é o tema dos instrumentos necessários para sua obtenção. Não obstante, não é possível falar em desenvolvimento econômico - ainda que numa perspectiva assumidamente limitada - sem levar em consideração alguns elementos. O crescimento do produto per capita com estabilidade de preços e a melhoria na distribuição da renda (com redução da miséria) estão entre os fatores que se constituem em pontos de partida de qualquer processo de desenvolvimento. O equilíbrio externo, especialmente do saldo em transações correntes, é outra variável que deve ser analisada, dada sua relevância na sustentação do crescimento no longo prazo.” (página 1 em CURADO, Marcelo. Uma avaliação da economia brasileira no Governo Lula. Revista Economia & Tecnologia, v. 7, 2011.)
Sendo assim, o governo Lula para buscar o desenvolvimento demanda um processo de estabilidade financeira para gerar progresso.
O primeiro desafio do governo Lula era a garantia de sua governabilidade, sendo durante a sua campanha surge Antônio Palocci, como coordenador do programa do governo. Palocci com suas experiências administrativas e aproximação com setor privado, seus ideais não era aproximado ao partido na visão da economia, o que dava uma segurança sobre acordos e metas que o partido dos trabalhadores visava ser contra, ele defendia a preservação do ajuste fiscal, garantia de pagamentos de dívidas, manutenção da estabilidade financeiro e econômico. Seguindo a trajetória histórica, Luiz Inácio Lula da Silva conquista sua vitória e nomeia Antônio Palocci como Ministro da Fazenda e os primeiros ideais defendidos pelo PT, não teria espaço, pois poderia reverter propostas sobre o combate da instabilidade que o país passava e problemas do governo anterior poderiam se agravar e colocar a governança de Lula em uma situação vulnerável.
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