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A Variável Econômica, empresa JLemara

Por:   •  24/11/2020  •  Projeto de pesquisa  •  3.326 Palavras (14 Páginas)  •  130 Visualizações

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3.1.1 Variável Econômica

No início deste ano, antes do agravamento do cenário econômico ligado à pandemia da Covid-19, a economia do Brasil vinha em uma curva de crescimento razoável, mas com alguns indícios de aceleração. O crescimento do PIB antes da incerteza causada pela crise, vinha apontando para taxas ao redor de 2,1% em 2020 e de 3,0% em 2021. Todavia, com a vinda da pandemia, devido não somente a queda na demanda externa associada à desaceleração da economia em todo o mundo, mas principalmente como consequência das necessárias medidas de isolamento social no país tendo em vista diminuir a disseminação do SARS-Cov-2. (FGV, 2020).

A pandemia atingiu a economia brasileira por meio de diversos canais e setores. Além de uma forte redução de demanda, tanto externa, quanto interna, as medidas de isolamento adotadas significaram a interrupção do funcionamento de uma enorme gama de atividades produtivas, afetando de maneira generalizada os setores de serviços, comércio e indústria, reduzindo drasticamente os níveis de empregos e renda da população, do faturamento das empresas e reduzindo também a disponibilidade de crédito, o que reforçou os choques iniciais sobre as condições de demanda e oferta, levando a imediata redução da atividade econômica. Dessa forma o PIB teve um recuo de 1,5% na comparação dessazonalizada. (FGV, 2020)

Gráfico 1 - Representam  taxa de crescimento do PIB projetada pé-pandemia e projeção atual;

[pic 1]

Fonte: Ipea; IBGE. (2020)

                                  Gráfico 2- Comparação do PIB do Brasil e Minas Gerais do ano de 2017 ao 2 trimestre de 2020.

[pic 2]

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi), Coordenação de Contas Regionais; IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais. (2020).

Porém, vários indicadores apontam no sentido de que a atividade econômica voltou a crescer a partir de maio/2020, desde então vem entrando num cenário positivo em relação aos trimestres anteriores e está se recuperando gradativamente.

Tabela 1 – PIB valor em %  e projeção do PIB para 2021.

[pic 3]

Fonte: IBGE, Banco Safra (2020)

A fim de tentar melhorar o cenário econômico o Governo Federal juntamente com os estados brasileiros lançou várias medidas com estímulos legais e políticos e algumas delas tangem em especial o mercado imobiliário. (CBIC, 2020)

 Logo após ocorreram estímulos impulsionados pelo Governo Federal através da Caixa Econômica Federal, na qual foram anunciados pacotes para o fomento do setor imobiliário no período da pandemia. (O GLOBO, 2020). Veremos com maiores detalhes sobre esses estímulos nas Variáveis Legais/Políticas.

Com o objetivo de promover o adequado funcionamento dos mercados e da economia e assim apoiar o funcionamento da economia real, o Banco Central veio adotando uma série de medidas fundamentais para assegurar um bom nível de liquidez para o SFN (Sistema Financeiro Nacional) e para fazer fluir o canal de crédito, pois quando esses mercados não funcionam de forma adequada a economia é fortemente impactada. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2020)

A ideia é que os Bancos tenham recursos prontamente disponíveis em volume suficiente para emprestar e para refinanciar dívidas das pessoas físicas e jurídicas mais afetadas pela crise. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2020)

Para o Banco Central do Brasil (2020, --)

A maior parte das medidas adotadas pelo BC para fornecer liquidez ao Sistema Financeiro Nacional envolve o uso de recursos privados. Por exemplo, medidas como a liberação de compulsório permitem que os bancos utilizem recursos próprios depositados por eles no BC, aumentando o volume de recursos disponíveis para empréstimos e financiamentos. O BC diminuiu também os requerimentos de liquidez e de capital, que determinam que parte dos recursos disponíveis nas instituições financeiras não sejam emprestados. Com essa diminuição, parte dos recursos que antes ficavam parados nas instituições pode ser utilizada em operações de crédito. Outro conjunto de medidas, como o DPGE, apenas facilita e barateia a captação bancária.

Figura 1: Combate a Crise do Coronavírus.

[pic 4]

Fonte: Banco Central do Brasil. (2020)

Veja os principais objetivos das medidas tomadas segundo informações baseadas no website do BC (Banco Central do Brasil) (2020--):

  • Manter o sistema financeiro líquido e estável, para fazer frente aos desafios que se apresentam.
  • Garantir um sistema capitalizado, para que o canal de crédito continue a funcionar com normalidade.
  • Oferecer condições especiais para que as instituições financeiras possam rolar as dívidas dos setores afetados pela crise, monitorando os créditos que saírem do sistema financeiro, com o intuito de evitar eventuais contágios.
  • Garantir que o mercado de câmbio funcione com normalidade, sem perder liquidez.
  • Manter as condições monetárias estimulativas, para que o crédito sirva de impulso ao crescimento, sem prejuízo ao objetivo de manter a inflação controlada.

Entre essas medidas está a diminuição da taxa Selic. Segundo informações tiradas do website do Banco Central do Brasil (2020 --). Entenda:

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).

Quando a taxa Selic está alta os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos, o que desestimula o consumo e favorece a queda da inflação, quando a taxa Selic cai significa que tomar dinheiro emprestado fica mais barato, já que os juros cobrados nessas operações ficam menores o que estimula o consumo. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2020)

Gráfico 3: Histórico taxa Selic.

[pic 5]

Fonte: Banco Central do Brasil. (2020)

Com base no gráfico explícito acima podemos interpretar que a taxa básica de juros alcançou no 3º trimestre de 2020 o percentual de 2% a. a., ou seja, alcançou sua mínima histórica.

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