ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS E ÍNDICES FINANCEIROS DA NUBANK
Por: Elaine Miranda • 8/3/2018 • Artigo • 2.659 Palavras (11 Páginas) • 1.013 Visualizações
EMPRESA INOVADORA: ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS E ÍNDICES FINANCEIROS DA NUBANK NOS ANOS DE 2015 E 2016.
MIRANDA, Elaine Vieira[1]
ALMEIDA, Thiago Henrique Fernandes1
SILVA, Roberto César Faria e[2]
RESUMO
Baseando-se na ascensão das empresas de base tecnológica as Startups, o presente artigo tem por objetivo analisar os índices financeiros da Nu Pagamentos S.A. – Nubank, elucidando os impactos financeiros consequentes ao caráter inovador e vertiginoso crescimento da companhia. A metodologia utilizada foi de pesquisa exploratória com caráter quantitativo, de predominância bibliográfica, embasando-se nos demonstrativos financeiros da corporação dos anos de 2015 e 2016 como fontes de análise documental. Para tal propósito, foram calculados os índices de rentabilidade e a análise horizontal da demonstração de resultado do exercício dos anos mencionados acima. Os resultados obtidos demonstraram ascendência positiva quanto aos ínices de rentabilidade e análise horizontal da demonstração de resultado do exercício, nota-se uma alusão, pois apesar de prejuízo descrito ao fim do período, a receita operacional se elevou a níveis satisfatórios, proporcionando a afirmação de que para a companhia serão interessantes os ganhos ao longo prazo. Conclui-se que os indicadores de rentabilidade encontram-se em condições favoráveis, quanto aos objetivos da organização, onde visam lucros e investimentos a longo prazo, contrapondo os efeitos de prejuízos que possam sofrer ao término do período contábil.
Palavras-chave: Nubank S.A.; Rentabilidade; Análise Horizontal.
1 INTRODUÇÃO
Com o advento da globalização e consequente disseminação ao acesso e processamento de informações, por intermédio de ferramentas como a internet e a tecnologia, instaura-se um ramo excêntrico de corporações: as Startups.
Essas corporações podem ser compreendidas como de feições flexíveis, escaláveis e repetíveis, utilizando da tecnologia para a construção de negócios que tem como a inovação sua principal forma de criação de valor para seu público.
Nesse contexto de organizações disruptivas, inaugura-se uma espécie de Startups que visam soluções alternativas para os serviços já tradicionais como por exemplo, bancos e outras instituições financeiras, são as denominadas Fintechs.
As Fintechs resultam no atendimento de serviços financeiros, através de uma experiência simples e cômoda ao consumidor, oferecendo o acesso em tempo real por meio da internet e aplicativo mobile, ao mesmo passo em que reduzem as burocracias existentes agregando rapidez, comodidade e facilidade de operações.
Frente a este progressivo mercado, o presente artigo analisará a situação financeira da Nubank considerada a Fintech mais estimada do país, o mesmo investigará responder ao problema seguinte: Quais impactos experimentados pelos índices financeiros da Nu Pagamentos S.A. subsequente ao acelerado crescimento de suas operações agregado ao caráter inovador da startup, comparando os anos de 2015 e 2016?
Para investigação do referido problema, é apresentado como objetivo geral: analisar os índices financeiros da Nu Pagamentos S.A. - Nubank, elucidando os impactos financeiros consequentes ao caráter inovador e vertiginoso crescimento da companhia, sobre os indicadores de rentabilidade e análise horizontal, ao contrapor os anos de 2015 e 2016.
Finalmente, o estudo traçará como objetivos específicos: desenvolver os indicadores de rentabilidade e análise horizontal, comparar os índices financeiros e os dados presentes nos demonstrativos contábeis e analisar os impactos da natureza inovadora da companhia nos indicadores financeiros.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Nu Pagamentos S.A.
A Nu Pagamentos S.A. (“Companhia” ou “Nubank”) é constituída na forma de sociedade anônima, domiciliada no Brasil, com sede na Rua Capote Valente, 39, Pinheiros - São Paulo – SP. O Nubank tem por objeto as seguintes atividades: a prestação de serviços de emissão, de administração, de transferência e de pagamentos relacionados a instrumentos de pagamentos pós-pagos; e a participação em outras sociedades, na qualidade de sócia ou acionista. É uma startup que emite e administra um cartão de crédito com a bandeira MasterCard sem anuidade, sem taxas, que podem ser gerenciados pelo próprio cliente via aplicativo de smartphones e tem como objetivo melhorar a experiência dos clientes com cartão de crédito através do uso de novas tecnologias e design.
A fintech mais popular do país foi constituída em 15 de maio de 2013, iniciando suas operações com o público em geral em setembro de 2014. Com o sucesso de sua proposta de valor perante o público-alvo, atualmente encontra-se em fase de acelerado crescimento de suas operações, o que acarretou em um prejuízo líquido de R$ 122 milhões em 2016, em contrapartida a receita operacional da empresa deu um salto: foi de R$ 10,4 milhões, em 2015, para R$ 77,09 milhões no ano passado.
Dada a natureza do negócio, há um investimento inicial na análise de novos clientes, bem como na produção e envio dos cartões.
2.2 Demonstrativos Financeiros
As demonstrações financeiras, tem por objeto, evidenciar as informações relevantes das operações de uma empresa num determinado período de tempo, e quando analisadas, viabilizam a percepção dos aspectos positivos e negativos nos exercícios operacionais e não operacionais, bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão.
Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos que contém dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de uma entidade (Ribeiro, 1999, p.40).
Percebe-se como demonstrativos de maior eminência na administração financeira a demonstração de resultado do exercício (DRE) e o balanço patrimonial (BP).
2.3 Demonstração de resultado do exercício
De acordo com Assaf Neto (2014, p 111), a demonstração de resultado tem a finalidade exclusiva de apurar o lucro ou prejuízo do exercício. O demonstrativo engloba as receitas, despesas, ganhos e perdas apurados no regime de competência do exercício.
Segundo Gitman (2001), é comum a demonstração de exercício do resultado cobrir um período de um ano, terminando em data pré estabelecida ordinariamente em 31 de dezembro, o autor ressalta que:
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