AS CONTRIBUIÇÕES DO ENDOMARKETING NO DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES NA CONTEMPORANEIDADE

AS CONTRIBUIÇÕES DO ENDOMARKETING NO DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES NA CONTEMPORANEIDADE

A sociedade vem se modificando ao longo do tempo, numa rapidez e contextos novos, diferentes e flexíveis. Isso tem acontecido em decorrência da acelerada onda da globalização que tem abarcado vários lugares, tempos e espaços em todo o mundo, alterando e criando comportamentos, culturas, produtos e outros elementos.

No que se refere ao âmbito das organizações, para garantir a sua permanência, é preciso que estas possam buscar elementos que as façam se destacar, inovando, conquistando e produzindo com qualidade, de acordo com as demandas atuais e inovadoras.

Nesse sentido, o marketing é uma das ferramentas de grande valia e que contribui em vários aspectos para que as respectivas organizações, cada uma em seu ramo, possam ter sucesso. Só que o marketing por si só não tem alcançado tanto êxito quanto o endomarketing, entendido como “um conjunto de processos, projetos ou veículos de comunicação integrada que permite a venda, a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa” (CERQUEIRA, 1994 apud BEZERRA, 2006, p.2).

Partindo dessa perspectiva, buscamos neste trabalho como questão problematizadora: Como o endomarketing pode contribuir para o desenvolvimento das organizações no mundo contemporâneo, tendo em vista as profundas modificações que vem sendo geradas pela globalização?

Assim, desenvolvemos como objetivo neste trabalho: mostrar a importância do endomarketing no desenvolvimento das organizações para o alcance de sucesso no mundo contemporâneo.

A relevância desta pesquisa se dá pelo fato de que existe uma necessidade de investigar na atualidade, quais as possibilidades e perspectivas que podem ser adotadas pelas organizações para obterem êxito diante do contexto capitalista que vive, tendo em vista a competitividade e os desafios contemporâneos que vem se impondo sob vários ângulos, e o endomarketing representa uma estratégia de inovação, melhoria e crescimento substancial, caracterizando-se ainda como determinante para a permanência no mercado organizacional e mercadológico que é extremamente exigente e seletivo.

Por outro lado, existem incipientes pesquisas e estudos a esse respeito mostrando a realidade das organizações, sobretudo, no Brasil, e mais precisamente do nordeste, a qual essa pesquisa se propõe investigar, com ênfase especificamente para o estado do Maranhão.

Ao discutir e trazer algumas reflexões acerca do endomarketing, acreditamos que o debate possa ser ampliado, não que seja um único e inovador trabalho sobre essa temática, mas sob a qual aborda uma realidade específica, além de servir como subsídios para ser mais bem visualizado e fazer mesmo parte do contexto das organizações, as quais têm dado pouca importância e mesmo esquecimento da importância do endomarketing para o seu crescimento.

Para melhor entender o que se trata endomarketing e suas contribuições para o desenvolvimento das organizações, Assumpção (2013), diz que o endomarketing busca atingir a percepção das pessoas, e percepção é algo estritamente particular em cada um. Logo, a quantidade, o tamanho não é determinante, e sim, a qualidade do que é feito. Dessa forma, as organizações quando adotam essa perspectiva estratégica em seu âmbito, estarão valorizando os seus funcionários e fazendo com que estes mesmos sejam os anunciadores, divulgadores e socializadores do marketing da organização a qual colabora com a força de trabalho.

Ao buscar dar voz e vez para os seus colaboradores, unindo questões relativas à realização pessoal e profissional destes sujeitos, as organizações acabam prestando uma grande contribuição no seu quadro como um todo, pois os colaboradores se sentirão motivados, e passarão a representarem qualitativamente a organização da qual fazem parte, estendendo a outros espaços, pessoas e organizações os produtos, serviços, valores, missão, objetivos, etc., e isso terá um retorno potencial para a própria organização, que ao invés de fazer um alto investimento no marketing externo – muitas vezes não obtendo um retorno a altura do gasto realizado – terá um melhor, maior e significativo retorno da lucratividade, das relações entre gestor e colaboradores, inclusive entre os próprios colaboradores entre si. Tudo isso representa uma estratégia fundamental e importante para a organização, seja de qualquer área de mercado, e atuante em quaisquer que forem os produtos e segmentos.

Segundo aponta a literatura atual acerca do endomarketing, mostra que:

[...] as empresas podem estar de fato despertando para a importância de seus funcionários. Não porque ficaram boazinhas e humanas, ou porque esperam deles ideias geniais e revolucionárias. Mas porque os empregados estariam se transformando em uma poderosa ferramenta de marketing (BARCELLO, p. 2, 2004).

Por isso, se torna cada vez mais urgente e necessário uma atuação no cenário capitalista, que atenda aos anseios contemporâneos da sociedade, e em se tratando de organizações, se estas não buscarem romper com seus velhos paradigmas de gestão, em que apenas o empregador manda, cria as ideias e as impõem aos empregados, as possibilidades de êxito se reduzem consideravelmente, representando uma ameaça à sua permanência no mercado industrial e produtor, como também aponta os estudos desenvolvidos por Bezerra (2006).

Apesar de ser uma estratégia valiosa e transformadora da realidade das organizações, o endomarketing não tem sido muito valorizado ou adotado pelas mesmas em um passado não muito distante, mas em decorrência das profundas modificações que a sociedade vem impondo, e a necessidade de criar outros modos e tipos de gestão empresarial e de pessoas, a realidade atual mostra que a articulação entre essas duas instâncias, vem ganhando respaldo e se complexificando, mostrando ser senão uma das mais importantes práticas de avanço para as organizações.

Para o endomarketing a conjugação dos interesses das organizações devem andar juntos com as perspectivas, valores e anseios que seus colaboradores idealizam e vivem, pois é dessa maneira que tanto empregador quanto os empregados crescem, e estabelecem processos de desenvolvimento mais amplos, representados pelas relações desenvolvidas no próprio contexto interior das organizações que são refletidas em lucratividade, potencializando a produção, distribuição, circulação e consumo de produtos e serviços. Por isso “Pensar no ser humano como parte integrante de um conjunto onde ele é partícipe importante se tornou imperativo, pois, sendo importante a qualidade do produto e serviço, ela inexiste sem o comprometimento humano” (BEZERRA, 2006, p. 3). Trata-se, pois, de valorizar os saberes e fazeres dos colaboradores, que se torna um próprio cliente interno, potencializando o sucesso das organizações.