AS MULHERES ALCOOLISTAS DE MEIA IDADE: MOTIVAÇÃO, EFEITO E RECUPERAÇÃO
Por: Amanda Caetano • 10/11/2017 • Trabalho acadêmico • 7.325 Palavras (30 Páginas) • 389 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
ANA CAROLINA BIAZOTO
ELIZANGELA PRATTI GOMES
JONAS OLEGARIO
LUCIMARA TEIXEIRA BARBOSA
THATIANE AMARAL CABRERA
MULHERES ALCOOLISTAS DE MEIA IDADE:
MOTIVAÇÃO, EFEITO E RECUPERAÇÃO
SÃO PAULO – SP
2017
ANA CAROLINA BIAZOTTO RA: C012DH-9
ELIZANGELA PRATTI GOMES RA: C29HIH-3
JONAS OLEGARIO RA: T13691-1
LUCIMARA TEIXEIRA BARBOSA RA: 626185-0
THATIANE AMARAL CABRERA RA: C12IDC-0
MULHERES ALCOOLISTAS DE MEIA IDADE:
MOTIVAÇÃO, EFEITO E RECUPERAÇÃO
Trabalho apresentado à Universidade Paulista – Unip, como requisito parcial da nota NP1 referente ao curso de Psicologia.
Orientador Prof. Denio Waldo Cunha.
SÃO PAULO – SP
2017
MARCIA POR FAVOR VERIFICAR PLAGIO NO TRABALHO.
MANTER NO MAXIMO 6 SITAÇOES NO TRABALHO TODO.
1 INTRODUÇÃO
Considerado essencialmente um hábito masculino, o alcoolismo foi amplamente estudado voltando-se para esse tipo de gênero, com o desenvolvimento de tratamentos específicos para o homem. Apesar de haver uma importante preocupação com o alcoolismo nas mulheres e carecer ainda de muita pesquisa, uma vez que, estas possuem uma biologia, psicologia e aspectos sociais singulares.
Geralmente, o consumo de álcool começa como um hábito e, nos estágios mais avançados, torna-se um vício. O organismo desenvolve uma verdadeira necessidade de álcool, que, na maioria dos casos, é muito difícil ou até impossível de deter.
Segundo Rothenberg (2001) o alcoolismo surge com o consumo abusivo de álcool, tornando-se dependente do álcool a tal ponto que acaba apresentando distúrbios mentais ou até físicos, atingindo níveis sociais e econômicos.
A presente pesquisa, foi desenvolvida com esta justificativa, de que o alcoolismo feminino vem se tornando um problema grave na sociedade, com crescente demanda de usuárias mulheres devido a inúmeros problemas sociais, familiares, afetivos, econômicos, necessitando para isso estudos e pesquisas para melhor serem embasados em efetivos e significativos tratamentos.
O abuso do álcool pelas mulheres é um fenômeno complexo potencializado por fatores externos sendo relatados pelas condições de vida em que se inserem, incluindo eles, a própria situação familiar e social.
1.1 O consumo de álcool no Brasil Contemporâneo
O consumo de bebidas alcoólicas é por vezes intensificado pela mídia por meio de propagandas, programas de televisão, filmes, inclusiva servindo como tema para anedotas piadistas e mesmo música.
Na cultura brasileira, o beber está entre as atividades de lazer mais prestigiadas. Qualquer evento social é motivo para comemorações, onde o consumo do álcool é sempre altamente privilegiado. Em todos estes acontecimentos é usual a presença de bebidas alcoólicas. (ROCHA-PINTO, 2010, p.16).
No caso da relação do consumo do álcool ao lazer nas diversas atividades sociais como nascimentos, casamentos, velórios, formaturas, festejos populares, happy hours, em todos estes acontecimentos é comum a presença de bebidas alcoólicas o que se coloca em relação à saúde de ordem pública é justamente a preocupação com o volume de envolvidos cada vez mais crescente, envolvendo ambos os sexos e praticamente todas as idades.
De acordo com Blanc (2005, p.102);
“O alcoolismo sempre foi considerado uma doença de homem e os métodos de tratamento foram projetados para eles. Pesquisas revelaram que as mulheres são diferentes nos aspectos, biológicos, psíquicos e sociais”.
Segundo Leme (2014) a respeito do caráter, da formação moral, da personalidade, da própria psique e da força de vontade, o usuário de álcool é considerado um fraco de alma e de espírito.
Em 2007, foi realizado o mais recente levantamento sobre o uso de álcool no Brasil. Os homens afirmaram em maior frequência que as mulheres fazer o consumo de álcool. Em relação à abstinência ou ao beber menos do que uma vez ao ano, o número entre as mulheres foi maior do que entre os homens (59% das mulheres e 35% dos homens). (WEBSTER, 2009, p.34).
Com relação ao consumo de bebidas alcoólicas no Brasil, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA[1]) fez o primeiro levantamento dos padrões do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil em que se pode ver os resultados no quadro 1, a seguir:
Quadro 1: Padrões de consumo de bebidas alcoólicas no Brasil –
PADRÃO DE CONSUMO | % |
Pessoas que beberam pelo menos uma vez no último ano | 52% |
Pessoas abstinentes | 48% |
Homens bebem mais e frequentemente até 1 vez/semana | 65% |
Mulheres bebem até três doses até 1vez/semana | 41% |
Idosos acima de 60 anos são geralmente abstêmios | 68% |
Idades até 44 anos bebem até 5 doses ou mais | 23% |
A região sul é a que apresenta maior índice de consumo | 11% |
As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste bebem mais destilados | 66% |
As classes sociais A, B e C são as que mais consomem | 55% |
As classes D e E possuem consumo moderado até duas doses | 45% |
A cerveja e o chope são as bebidas mais consumidas | 61% |
(Sanchez, 2012)
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