Abertura de vagas
Por: wellrocha • 3/10/2016 • Trabalho acadêmico • 4.364 Palavras (18 Páginas) • 261 Visualizações
DESEMPENHO AMBIENTAL E INDICADORES
Felipe de Araújo
Izabelle Ferreira
José Wellington
1. SUSTENTABILIDADE
O conceito de sustentabilidade em operações está ligado a construção de
vantagens competitivas nos negócios, onde os recursos naturais seriam os
principais fatores competitivos das nações. Isto conduziria a um nível maior de
especialização na produção de serviços e produtos, uma “vantagem comparativa”.
Por motivos obviamente históricos e também filosóficos, os recursos naturais eram
concebidos como sendo fontes inesgotáveis para governos e empresas.
Presenciamos nos últimos anos uma preocupação sobre o futuro da
humanidade e concomitantemente a esta, discussões sobre o futuro do meio
ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais, tudo isso tem levado a pauta o
papel das empresas na atual sociedade e seu papel na degradação do meio
ambiente após décadas de uso indiscriminado dos recursos naturais e degradação
do meio ambiente. Jornais, revistas, discussões em sala de aula e até mesmo em
rodas de conversa têm tratado com preocupação sem precedentes a degradação do
meio ambiente, bem como os riscos que as gerações futuras correm caso as ações
danosas das empresas continuem a afetar o ambiente.
As estratégias e o modelo de gestão adotadas pelas organizações
empresariais ou não na primeira metade do século XX se mostraram coerentes com
a ideia de obtenção de lucros em escalas colossais utilizando os recursos naturais
disponíveis “como se não houvesse amanhã”, porém estes se mostraram falhos
quanto a necessidade de implantar um modelo sustentável mais adequado a real e
iminente falta de recursos naturais que extinguiam empresas adeptas daquele
modelo tão popular do inicio do século passado. Já no final do século XX, “os gastos
com proteção ambiental começaram a ser vistos pelas empresas lideres não como
custos, mas como investimentos para o futuro e, paradoxalmente, como possível
vantagem competitiva” (CAMPOS e MELO, 2008, p. 541)
Uma estratégia interessante para empresas que atuam num mesmo nicho
econômico é agir em conjunto para elaboração de algumas regras que normatizem
um certa “regulamentação ambiental” entre elas. Além de conceber uma melhora em
sua imagem organizacional, de certa forma, esta ação pode ocasionar uma certa
“administração de concorrentes”.
Uma empresa pode juntar-se com outras em posição semelhante na
indústria e, em conjunto, definir normas privadas de regulamentação.
Exemplo histórico dessa situação é o Responsible Care. Criado em 1988
pela Chemical Manufacturers Association, o programa definia um conjunto
de regras acerca de áreas como prevenção da poluição, segurança de
processos e resposta de emergência, que deveriam ser seguidos pelas
empresas norte-americanas que faziam parte da associação. Como
resultado, as empresas associadas no geral reduziram significativamente
suas emissões de resíduos tóxicos, o que impactou positivamente em sua
imagem. (SOUZA, FILHO e ABREU, 2014, p. 138)
Resta claro afirmar que muitas empresas têm se preocupado com suas
posições estratégicas frente a um assunto tão em voga atualmente, através de uma
sustentabilidade ecológica. Aliado as ações empresariais para minimizar danos ao
meio ambiente. E não somente a causa ambiental tem viabilizado ações das
empresas, mas também as comunidades que residem no entorno da organização,
pois estas têm sofrido, assim como o meio ambiente, com as ações produtivas.
Estas medidas têm sido adotadas concomitantemente com as medidas de
sustentabilidade ecológica e são pautadas no conceito de sustentabilidade social.
A sustentabilidade social diz respeito à consolidação de um processo
de desenvolvimento que melhore substancialmente os direitos e as
condições de amplas massas da população e reduza a distância entre os
padrões de vida das pessoas . A sustentabilidade ecológica refere-se a
aumentar a capacidade de carga da Terra, entre outras medidas, limitando
o consumo de recursos facilmente esgotáveis ou ambientalmente
prejudiciais, reduzindo o volume de resíduos e de poluição gerados e
intensificando a pesquisa de tecnologias limpas (SOUZA, FILHO e ABREU,
2014, p. 138)
A gestão das operações deste século evoluiu da evidente recomposição dos
meio ambiente afetados para o caráter da preservação do mesmo, isto fruto da
modernização dos processos produtivos e a introdução da questão ambiental na
teoria econômica e ressuscitação das
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