Administração Financeira Debêntures
Por: o_eulucas • 27/5/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 3.076 Palavras (13 Páginas) • 287 Visualizações
[pic 1] Administração Financeira
BOLSA DE VALORES
As bolsas de valores são entidades com responsabilidades e funções de interesse público, que proporcionam um local apropriado para a realização de negócios com títulos e valores mobiliários,derivativos etc.
A principal razão da existência da bolsa de valores é proporcionar liquidez aos títulos, permitindo que as negociações sejam realizadas no menor tempo possível, a um preço justo de mercado, formado pelo consenso de oferta e procura.
Os pregões das bolsas de valores podem ser físicos, quando as negociações são realizadas nas nas próprias dependências da bolsa, ou eletrônicos, no caso de as operações serem realizadas por via eletrônica.
A principal bolsa de valores do Brasil é a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). A BM&FBovespa toma disponíveis quatro mercados: Mercado a vista, Mercado a termo, Mercado de opções e Mercado futuro de ações. A diferença básica entre esses quatro mercados reflete-se no prazo de liquidação das operações de compra e venda de ações.
A BM&Bovespa S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em 2008, através da integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
A instabilidade do mercado e os títulos públicos
Uma reportagem da Agência Brasil do repórter Wellton Máximo, veiculado em 19 de junho de 2013, traduz de forma bem clara os mecanismos de atuação do Tesouro Nacional no Brasil quanto às instabilidades nos mercados financeiros globais.
O texto explica que em momentos de turbulência financeira, as taxas de juros acabam se deslocando dos "fundamentos da economia brasileira". E essa instabilidade, segundo a reportagem, faz com que os investidores tenham aquela sensação de que se está incorrendo em perdas.
Essa sensação é dada uma vez que, desejando vender os títulos no mercado, os investidores podem não encontrar um preço justo pelos títulos que detêm.É nesse momento que o Tesouro Nacional entra recomprando seus títulos parar dar ao mercado uma base de preços e taxas de juros.
Explica ainda que no caso dos títulos prefixados a tensão do mercado fica ainda maior uma vez que os rendimentos, no caso os juros, já foram definidos com antecedência e acabam não sofrendo as variações das oscilações do mercado e da economia. Paro os investidores que adquirirem esses títulos no momento de instabilidade dos mercados já saberão quanto irão receber daqui a vários anos.
No MERCADO A VISTA, a entrega dos títulos do vendedor ao comprador é efetuada no segundo dia útil após o fechamento do negócio em bolsa. O pagamento da ação pelo comprador (liquidação financeira) deve ocorrer no terceiro dia útil após a negociação.
No MERCADO A TERMO, a liquidação das operações ocorre em prazos diferidos, em geral, 30, 60 ou 90 dias. Para operar nesse mercado é exigido, tanto do comprador como do vendedor do papel, um depósito de valores como margem de garantia de operação.
O MERCADO DE OPÇÕES negocia direitos de compra ou venda futuros de ações a um preço preestabelecido. O comprador de uma opção de compra de ações, por exemplo, adquire, até a data limite de vencimento da operação, o direito de comprar o lote objeto de ações. O comprador de uma opção de venda, por outro lado, poderá exercer o seu direito de vender os papéis objetos na data de vencimento da opção. Para a compra de uma opção, o investidor paga um prêmio ao vendedor e, no caso de não ser interessante exercer seu direito de compra ou de venda, ele perde o valor pago pelo prêmio. As opções podem também ser negociadas no mercado a qualquer momento, antes da data de vencimento.
O MERCADO FUTURO DE AÇÕES negocia contratos de compra e venda de ações, com liquidação em uma data futura estabelecida, a um preço previamente acordado entre as partes. O preço futuro da ação é esperado ser igual ao seu preço de negociação no mercado a vista, acrescido de uma taxa de juro que remunera o capital desde o momento de negociação do contrato futuro até a sua data de liquidação.
A principal contribuição do mercado de opções é a proteção (hedging) contra o risco. Por exemplo, se uma pessoa investiu em determinado lote de ações no mercado a vista, para se proteger de eventual desvalorização pode adquirir uma opção de venda desses mesmos papéis. Se efetivamente o preço da ação cair, poderá compensar essa perda com o ganho auferido no exercício de seu direito de venda da ação ao preço mais elevado.
Hedging é uma estratégia que permite ao investidor defender-se de um risco de variação desfavorável nos preços. Por exemplo, uma empresa, tendo dívidas em moeda estrangeira, pode proteger-se de uma variação cambial desvantajosa adquirindo, para pagamento futuro e a um preço estabelecido, a moeda estrangeira.
TAXAS DE JUROS NO BRASIL
A alocação de capital entre poupadores e investidores é determinada em uma economia de mercado pelas taxas de juros. O juro pode ser entendido como o preço pago pelo aluguel do dinheiro,ou seja, o valor que deve ser pago pelo empréstimo de um capital.
Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2001)- apontam quatro fatores que afetam o custo do dinheiro:
- retorno das oportunidades de investimentos dos tomadores de recursos;
- preferências temporais de consumo:
c) risco do empréstimo;
d) inflação futura esperada.
Quanto mais rentável apresentarem-se as oportunidades de investimento das empresas, mais dispostas elas estarão a pagar mais pelos empréstimos. Empresas com rentabilidades baixas, cujos negócios encontram-se em retração, são menos capazes de remunerar os empréstimos, demandando taxas de juros menores.
Por se admitir que o emitente (governo) irá honrar os compromissos financeiros assumidos, considera-se a taxa de juros de títulos públicos federais como livre de risco. A taxa livre de risco - também conhecida por risk free - é empregada como uma uma medida de referência para se avaliar o prêmio pelo risco pago por um investimento. Por exemplo, se um banco pagar 12% ao ano em títulos de sua emissão e a taxa de juros dos títulos públicos for de 10,5% ao ano, conclui-se por um prêmio pelo risco da emissão privada igual a 1,5%.
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