As Melhores Práticas de Inovação e Tecnologia no setor de E-Commerce
Por: Kiraojp • 27/10/2017 • Relatório de pesquisa • 3.909 Palavras (16 Páginas) • 274 Visualizações
Universidade Anhembi Morumbi
MBA em Gestão de Projetos
Trabalho de Gestão da Informação e Novas Tecnologias
Melhores Práticas de Inovação e Tecnologia no setor de E-Commerce
São Paulo
2017
Introdução
E-commerce abreviação de Eletronic Commerce, traduzido para o português, comércio eletrônico é a modalidade comércio de produtos através de plataformas eletrônicas. Historicamente foi criada em 1979 por Michael Aldrich, onde o mesmo utilizou o Videotex, uma tv adaptada ligada a um telefone e um computador e o sistema teletexto, realizou a primeira venda eletrônica, na época chamada de teleshopping, ou seja, o “pai” do e-commerce.
A modalidade de e-commerce online que conhecemos hoje começou a se popularizar em 1995, com a criação de websites e a venda de CD’s, DVD’s e livros, através das empresas Amazon e eBay. Atualmente, com o fácil acesso devido a smartphones e notebooks, o e-commerce vem crescendo cada vez mais e se tornando uma valiosa fonte de vendas para os lojistas.
E-commerce x E-marketplace
Os consumidores em geral denominam ‘todas’ os sites de vendas de produtos como e-commerce, porém estes podem ser classificados como e-commerce ou e-marketplace.
O termo e-commerce pode ser utilizado somente para lojas virtuais que possuem sua própria plataforma de vendas, domínio e realizam o controle por conta própria, exemplo Submarino, Privalia, Netshoes e etc. Já o e-marketplace é uma plataforma única onde diversos lojistas expõem seus produtos e geralmente o administrador dispõem de sistema de pagamento, envios, segurança nas informações e em alguns casos até a garantia, exemplo: Mercado livre.
Dentro do e-commerce, temos dois tipos de vendas mais conhecidos, o B2B business to business, e o B2C business to client, onde o B2B é a sigla onde se denomina a venda de produtos de uma empresa para outra, o B2C a venda é realizada diretamente ao consumidor final. A figura abaixo ilustra as categorias mais adquiridas pelos consumidores através do e-commerce.
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Atualmente, com o avanço da tecnologia e a adaptação do mercado, pode se adquirir qualquer produto através da internet, desde um lápis até um carro. Segundo a ABComm, associação brasileira de comércio eletrônico, o Brasil possui 71 mil lojas virtuais e geram um faturamento anual de 53,4 Bilhões de reais (ano 2016).
Como todo mercado, este possui suas vantagens e desvantagens. A grande vantagem para o lojista é a abrangência de território, pois com um website é possível atender um consumidor a quilômetros de distância, não sendo necessário o pagamento de vendedores e nem aluguel do imóvel físico, e consequentemente o consumidor tem acesso a uma ‘vitrine’ virtual, realiza compras e pagamentos sem sair de casa. Por outro lado, existe a resistência de alguns consumidores a adotar este tipo de compra, pois temem a disponibilização de seus dados pessoais a hackers e pessoas mal-intencionadas. Outro fator que ainda impede algumas pessoas de efetuar a compra pela internet é a impossibilidade de tocar, sentir, provar o produto, ou até mesmo não receber em sua residência, mas este problema está sendo contornado com a disponibilização de vídeos de utilização do produto, comentários de outros compradores ou até mesmo a devolução do produto em caso de insatisfação em até 7 dias, de acordo com o código de defesa do consumidor.
Este é um mercado que está em crescimento rápido e com o desenvolvimento da tecnologia móvel, cada vez mais será uma maneira mais fácil de realizar as compras, podendo até vir a substituir vendedores e lojas físicas em um futuro próximo.
A figura abaixo mostra as 50 maiores empresas de e-commerce do Brasil:
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Privalia
A Privalia é uma start-up de origem espanhola fundada em Barcelona, no ano de 2006 por José Manuel Villanueva e Lucas Carné. Foi comprada pela francesa Vente Privee em 2016, formando um grande grupo no segmento. Trabalha em parceria com 800 empresas fornecedoras que disponibilizam mais de 1.200 marcas.
A empresa possui atualmente 28 milhões de usuários registrados em todo o mundo e atua também na Itália, México e Alemanha, mas é no Brasil que ela tem a sua maior operação.
Ao invés de começar do zero, a empresa busca parcerias. Os produtos vendidos são de itens de coleções passadas que ficaram nos estoques e vão do depósito dos fornecedores diretamente para os consumidores. Como só vende itens em liquidação, a empresa não entra em guerra de preços. E, como não estoca, tem poucos custos logísticos. A entrega demora muito mais do que a média do varejo online brasileiro: até 28 dias.
“A Privalia não compra os produtos das fabricantes, mas sim trabalha em um sistema de consignação, parecido com empréstimo. Por isso, a empresa não armazena os itens que anuncia. Ela recebe amostras dos itens que irá vender, faz as imagens e coloca as campanhas no ar. Assim que um produto é comprado no site, ele é enviado pelo fornecedor a um dos centros de distribuição da Privalia (localizados em Barueri e Jundiaí, em SP) e, só então, é encaminhado ao consumidor.” (Revista Exame, 2016).
Para as campanhas, as peças são recebidas, separadas, passadas (as que precisam) e encaminhadas para equipe que tiram as fotos. Em seguida, os produtos recebem descrição de modelagem, tecido e instruções de lavagem e tratamento das imagens. Depois de tudo pronto, as campanhas são lançadas e os produtos usados como amostras são devolvidos aos fornecedores.
Todo mês, aproximadamente 215 campanhas (anúncios de conjunto de produtos) são feitas pela Privalia. Por ano, elas são mais de 2.500. Cada uma delas reúne uma média de 270 itens e fica no ar, no site, durante quatro a sete dias.
Trabalham com marcas importadas, mas entendem que precisam também ser locais e trabalhar com marcas nacionais. A Privalia consegue ajudar os parceiros “desovando” os seus estoques, que podem ser bem altos, considerando projeções de vendas malsucedidas ou devido a crise econômica.
Sua estratégia de vendas é que somente clientes cadastrados podem ver o catálogo de peças (que podem chegar até 70% de desconto), ela não faz anúncios no Google ou Facebook. Por ser uma empresa independente, sem investidores, possuem mais tempo para ganhar mercado e chegar ao lucro, ao contrário de empresas com investidores, que precisam entregar resultados logo e acabam pagando para exibirem anúncios.
“Muitos investem fortunas em anúncios, mas a taxa de conversão em compra é de apenas 1%. No varejo tradicional, esse número é um absurdo. Nós recusamos essa taxa e hoje, a conversão no nosso site é de 8%.” (Entrevista ao Site Mercado e Consumo, 2016).
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