As Opções de Desenvolvimento

Acredito que a autora apresenta uma abordagem bem completa a respeito do contexto do golpe de 1930 ao retratar tanto questões internas quanto externas, além de avaliar diferentes posicionamentos.

É interessante observar como a autora coloca em evidência a intervenção do Estado e o nacionalismo sendo utilizados como maneira de promover o bem-estar social da nação quando na realidade estariam beneficiando especialmente a elite industrial brasileira. E podemos considerar também como isso acaba se repetindo em diferentes contextos, como no caso de países europeus.

Uma exemplificação disso usada pela autora é o caso do salário mínimo cuja forma como é calculado, e como afeta de forma uniforme toda a força de trabalho acaba sendo um limitante dos benefícios promovidos pela intervenção do Estado, que acabam não alcançando essa massa de trabalhadores.

Enquanto isso, o empresariado acaba sendo muito mais beneficiado por um Estado que na verdade deveria prover o melhor a todos. Podemos ressaltar ainda como essa questão promoveu uma concentração da renda que afeta o país de forma muito significativa até os dias de hoje.

No caso da política dos 50 anos em 5, o que se esperava em um período de curto e médio prazo, seria a promoção de um crescimento econômico, e até uma melhora da qualidade de vida da população com aumento do emprego.

Porém é preciso questionar esses benefícios promovidos. Como no caso dos investimentos em bens de consumo duráveis, que não são tão essenciais para a população como seriam investimentos em setores como a educação, que poderia de fato melhorar a qualidade de vida das pessoas no longo prazo.

 Outro exemplo seria a construção de inúmeras rodovias, promovendo o crescimento do setor automobilístico, enquanto o país poderia ter se beneficiado mais com a construção de ferrovias, mais eficientes e econômicas por exemplo.