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Bases Teórico-Metodológicas da Administração Política

Por:   •  9/10/2018  •  Resenha  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  151 Visualizações

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O texto de Santos, Ribeiro e Santos discorrer sobre o conceito de Administração Política, explicando sua necessidade e sua criação. Porém para que o mesmo ganhe força necessita de um embasamento científico que nunca lhe foi dado – visto que Administração Política nasceu da microeconomia. Aqui se faz preciso parar e refletir sobre a criação da Economia como disciplina científica se deu. A mesma ganhou forma através do estudos de Adam Smith , mas esse, segundo Léon Walras, nunca lhe deu uma dimensão científica; apenas aplicada.

O viés pragmático da Economia acabou fazendo com que sua parcela voltada para a política não recebesse a atenção exigida. Então ao longo dos anos deu-se que essa mesma faceta política acabasse resultando na Administração Política. Esta nasceu quando os estudos da Microeconomia se aprofundaram e acabaram dando vazão a um campo “não científico”.

Mas o que são esses campos? São aqueles que existem na gestão das relações de produção e distribuição. Enfim, devido a um caráter de exploração capitalista cujas pesquisas precisavam ratificar o trabalho que já era feito nas linhas de produção - como nos casos relacionais e comportamentais, por exemplo – nunca houve um “esforço intelectual para a criação de bases metodológicas” para a Administração. Desse modo ela acabou sem identidade própria.

Uma mal divisão do conceito de ciência acaba afetando o campo administrativo, pois por ser voltado ao campo da produção ele acaba se perdendo numa dicotomia que apenas considera norma e prática. Porém a Administração pertence ao ramo da humanística; quando o fator humano é levado em consideração as variáveis tornam-se ainda mais flutuantes. Acaba-se entrando num ramo do que as esferas de poder desejam que ocorra contra quais seriam as melhores escolhas – de um ponto de vista coletivo. Isso pode ser demonstrado com a transição do valor de trabalho substituído pelo da utilidade no século XIX, tal escolha afetou o ramo da economia pura e ela passou a se basear no método dedutivo, no positivismo científico e abandonando valores éticos.

Faz-se necessário criar uma discussão epistemológica no campo da administração , para que perguntas como “qual seu objeto de estudo?’ tornem-se mais claras. Usando conhecimentos de outros campos é possível entender melhor a administração e lhe dar uma funcionalidade mais sofisticada e útil. Alguns conceitos parecem repetitivos a primeira vista ; como a ideia de que o conhecimento é libertador , entretanto isso não os torna menos verdadeiros.

A Administração Política enriquece ao ter suas bases construídas com através de diálogos interdisciplinares, esses diálogos não devem traçar seus caminhos, apenas auxiliar em sua exploração. Caso contrário a independência seria falsa e ainda reprodutiva. É mandatório que os estudos sejam aprofundados para que a Administração Política se torne ainda mais independente o que a possibilite criar melhores formas de gestão criando formas de gestão que não obedeçam a uma lógica interesseira, mas aplicável e coletiva. Assim haverá um cenário onde a produção de trabalhos e produto seja otimizada, feita de uma maneira consciente , não apenas guiado por uma ideologia de lucro máximo que tenha como efeito colateral crises e desperdícios.

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