Ciência Política Atividade a Distância Ciência Política

[pic 1]

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Aluno: Rodrigo da Paz Bocca

Matrícula: 22213110125

Polo: Paracambi

Disciplina: Ciência Política

Curso: Administração Pública (APU-UFF-)

AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – AD1

        De acordo com Coelho (2010, p.14), Aristóteles formulou o que considera os tipos de poderes clássicos considerando apenas três dos quatro elementos – sujeito, objeto e fim -, deixando de lado o meio, que será somente considerado na tipologia moderna. Essa tipologia clássica das formas de poder era definida com base no interesse daquele no qual o poder era exercido, e segundo o filósofo, era assim dividido: o poder paterno, no qual o poder é exercido pelo pai sobre o filho no interesse do filho; o poder despótico, sendo o poder exercido pelo senhor sobre o escravo no interesse do senhor e por fim; o poder político, aquele exercido pelos governantes sobre os governados no interesse de ambos.

        Devido à complexidade do poder político, pela tensão de interesses, e a sua não concretização plena aos moldes da teoria, Aristóteles criou uma tipologia para as formas de governo, classificando-as quanto à qualidade do desempenho e a quantidade de governantes. Quando se buscava atender o interesse de todos – governantes e governados – Aristóteles qualificava-o como um bom governo, podendo ser exercido por um só indivíduo (monarquia), por uma minoria (aristocracia) ou pela maioria (politeia). Entretanto, se fosse levado em relação ao interesse dos governantes, seriam classificados como um mau governo, e poderia ser exercido também por um só indivíduo (tirania), por uma minoria (oligarquia) ou pela maioria (democracia).

        A tipologia moderna passa a observar não só a finalidade do exercício do poder, mas também os meios pelos quais ele é exercido. O pensador italiano Norberto Bobbio, baseado em Max Weber, formulou uma nova tipologia das formas de poder, desta vez, analisando e classificando conforme o meio pelo qual o poder é exercido, a saber: o poder econômico, o ideológico e o político. No poder econômico, o sujeito se aproveita dos bens que possui sendo considerados necessários e escassos para influenciar e induzir os que não possuem a terem determinados comportamentos e atitudes. No poder ideológico, o sujeito utiliza-se da influência que ideias criadas e emitidas em determinadas maneiras e circunstâncias por alguém que possui certa autoridade sendo difundidas por determinados meios tem sobre os seus subordinados. E por fim, o poder político, fundamentado na “pose dos instrumentos através dos quais se exerce a força física, isto é, através das armas de qualquer espécie e grau”. (BOBBIO, 1982, p. 8 apud COELHO, 2010, p.19).

        Dessa forma, o uso da força é o meio pelo qual se exerce o poder político. Porém, para que o uso da força seja de fato o exercício do poder político, é necessário que neste uso seja introduzido as noções fundamentais de legitimidade e de monopólio. Esse exercício de monopólio do uso da força sobre a sociedade pelo Estado, é o que caracteriza o poder político. Esse exercício é, de certa forma, permitido pela sociedade, como se a mesma dessa essa permissão para que a força coercitiva seja regulada e que tenha as devidas sanções em casos de excesso.