Fabrica de loucuras

I - Introdução

Definir aquilo que é produzido a partir da inteligência humana é a função da palavra cultura. Ela está presente, desde os primeiros seres humanos, em seus costumes, crenças, leis e sistemas, em suas artes, mitos, valores morais e em tudo aquilo que compõe o modo de sentir, pensar e agir dos indivíduos. Segundo Michaelis (DIC.), Sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade.

II – Objetivo

O referido trabalho tem como objetivo escolher uma definição sobre Cultura Organizacional, abranger o tema do filme “Fábrica de Loucuras”, e após elaborar uma correlação da temática do filme com a definição escolhida. Faz-se necessário também destacar as características das culturas apresentadas pelo filme, seguindo os conceitos do Iceberg da Cultura Organizacional, o que será demonstrado no decorrer deste trabalho.

III - Cultura Organizacional

Como citado no capitulo primeiro deste trabalho, A cultura é um conjunto de crenças e hábitos, estabelecidos através de valores, atitudes e expectativas compartilhados, no caso da cultura organizacional ou cultura corporativa, são compartilhados por todos os membros da organização da qual compõe. Ela refere-se ao sistema de valores compartilhados pelos membros da organização e é o fator que distingue esta organização das outras tantas que compõe o meio onde estão englobadas. A cultura organizacional demonstra o modo como a instituição pensa e age diante das situações que existem em uma organização.

Em síntese, cultura organizacional figura-se como normas informais, ou seja, não escritas, que estimulam o comportamento cotidiano dos membros de uma organização. Essa estrutura informal se dá através das relações interpessoais que englobam toda a empresa, e recebem grande influência do meio onde está inserida. O aglomerado da cultura individual de cada pessoa que faz a instituição compõe de certa forma a cultura organizacional da empresa na qual trabalham.

IV – “Fábrica de Loucuras”, O Filme. Entrave entre Culturas:

“Fábrica de Loucuras”, relata uma história que se passa em uma pequena cidade americana onde uma fábrica automobilística era fonte de renda da população. Esta empresa teve suas atividades paralisadas, o que gerou desemprego em massa e uma crise na economia local.

Eis que surge a iniciativa de Hunt Stevenson, um dos operários da antiga fábrica, de viajar até Tóquio na intenção de convencer uma empresa japonesa a instala-se na sua cidade aproveitando as instalações da antiga montadora, usando argumentos que este investimento seria recompensado através da força de trabalho disponível naquela cidade.

No primeiro momento os diretores da “Assan Motors” não demonstraram interesse, porém posteriormente em visita a cidade concordaram com a proposta inicial. Não demorou muito para os distintos métodos de trabalho, oriental e americano, se confrontassem. E a partir de então torna-se inevitável um choque cultura.

Desta forma podemos observar algumas diferenças entre ambas as culturas, onde para os Americanos a competitividade leva a uma busca de diferenciar-se dos demais trabalhadores, muitas vezes almejando ascensão do cargo que ocupam e cumprem os trabalhos de acordo com as horas pagas; Em contra partida os japoneses focam em cumprir suas metas, e visam o trabalho como equipe indivisível, centralizando o objetivo da organização.

Na busca de introduzir a cultura da qualidade e produtividade na nova unidade fabril, os japoneses esbarram em uma série de conflitos e restrições as mudanças, por parte dos operários americanos.

É exatamente neste choque cultural entre duas nações completamente distintas que o filme destrincha seu enredo, desde um simples jogo de beisebol até as relações entre trabalhadores e empresas, e que inicialmente parecem não compreender e aceitar os aspectos culturais