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Gestão Empresarial Empreendedora

Por:   •  17/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.666 Palavras (23 Páginas)  •  181 Visualizações

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Gestão Empresarial Empreendedora

Propor estrutura de produção, operação ou prestação de serviço, conhecendo as atividades deste processo nas empresas, suas principais funções, técnicas e tendências, a fim de aprimorar o desempenho e competitividade da organização (15 h).

Operações Produtivas

        A abordagem histórica da Administração de Operações remonta a três eras: a era artesanal, a era da produção em massa e a era moderna. Vamos conhecer cada uma delas.

A era artesanal

        A era artesanal caracterizava-se principalmente pela produção especializada e controlada, a fim de garantir por gerações as técnicas de produção específicas.

        Nessa era, a produção realizava-se para atender uma grande variedade de produtos em pequenas quantidades, o que, por sua vez, garantia o acompanhamento da qualidade durante todo o processo de operação em si, em todas as suas etapas. Além disso, a produção buscava atender principalmente a demanda nacional, sem preocupação com possíveis exportações.

        Atualmente ainda se nota a existência desse tipo de fabricação artesanal em atividades que exigem alta habilidade operacional e que buscam atender as especificidades de clientes que exigem características exclusivas nos produtos adquiridos. Com isso, esse tipo de fabricação agrega ao produto um valor/custo mais elevado, devido aos processos e técnicas detalhadamente utilizados na produção.

        Como exemplos de produção artesanal, podemos destacar os ofícios realizados em atividades como costura e alfaiataria, construção de casas, marcenaria, entre outros.

A era da produção em massa

        A exportação, a demanda crescente por empregabilidade e as influências da Revolução Industrial, que marcaram o início da produção industrial moderna, também trouxeram mudanças significativas nos modos de produção.

        A fim de modificar e se dissociar de todo o modelo europeu, os norte-americanos introduziram a produção em larga escala de produtos padronizados para subsidiar a mão de obra que não possuía qualificação. Assim, aumentou-se o volume, diminuiu-se a variabilidade e o custo dos produtos e passou-se a exigir dos operários apenas um trabalho limitado e totalmente operacional. A qualidade se dissociou do processo operacional e passou a acontecer isoladamente, na etapa final do processo.

        Henry Ford (1863 - 1947) deu uma grande contribuição, principalmente pelo desenvolvimento de um sistema fragmentado e limitado em suas atividades produtivas, denominado produção em massa, que se caracterizava pelo aumento do volume na produção, a fim de maximizar as vendas e minimizar os custos. Esse sistema, também conhecido como Fordismo, perdurou pelas três primeiras décadas do século XX, sendo superado pela GM – General Motors (1921) – que buscou inovação agregando mais valor em cada fase do processo e conseqüentemente mais valor para os clientes. A General Motors atualizou os modelos de automóveis produzidos por Ford proporcionando ao consumidor uma maior variabilidade na escolha dos produtos. Dessa forma, os produtos passaram a ter um ciclo de vida mais curto e as inovações necessitavam acompanhar o ritmo do desenvolvimento e das mudanças na demanda, as quais refletiram diretamente no mercado.

        Ao longo de todo o desenvolvimento dos processos de produção, estiverem presentes, sempre de forma crescente, os serviços. Até meados da década de 1950, a indústria de transformação era a que mais se destacava no cenário político e econômico mundial. As chaminés das fábricas eram símbolo de poder, pois empregavam mais pessoas e eram responsáveis pela maior parte do produto interno bruto dos países industrializados.

        Hoje isso não é mais verdadeiro. O setor de serviços emprega mais pessoas e gera maior parcela do produto interno bruto na maioria das nações do mundo. Dessa forma passou-se a dar ao fornecimento de serviços uma abordagem semelhante à fabricação de bens tangíveis. Foram incorporadas praticamente todas as técnicas até então usadas pela engenharia industrial e houve uma ampliação do conceito de produção que passou a incorporar os serviços, criando-se o conceito de operações, que é o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas com a produção de bens e/ou serviços.

A era moderna

        Essa era recebeu diferentes nomenclaturas que buscavam descrevê-la. Uma delas é a Personalização em Massa ou Customização em Massa, que significa produção em grande volume associada às necessidades dos clientes.

        A personalização de produtos tem sido o estágio mais recente da atividade produtiva. Durante todo o período de industrialização, a tecnologia sempre exerceu forte influência na produção industrial, direcionando a produção desse período a uma padronização dos produtos e serviços fabricados. Com a ascensão econômica de uma grande parcela da população, gradualmente os indivíduos começaram a buscar satisfazer suas necessidades por meio de produtos e serviços adequados ao seu perfil específico, contribuindo, com isso, para a maximização da sua satisfação como consumidor.

        Desse modo, vemos que a era artesanal e os períodos subseqüentes trouxeram inovações consideráveis. Evidentemente uma era não se desprende totalmente das influências que acompanharam as eras anteriores, pois podemos perceber características que perduram e ainda se fazem presentes. Isso evidencia a necessidade contínua de inovações que possam atender o mercado e as novas oportunidades de melhoria que venham a surgir.

Produto é o resultado da produção central realizada por uma empresa, propiciando benefícios aos clientes que compram e usam (pode ser um serviço ou um bem fabricado).

Produto é o conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que proporciona benefícios reais ou percebidos com finalidade de satisfazer as necessidades e os desejos do consumidor.

Categorias de Produtos

  • Bens de consumo: produtos que se destinam ao consumo por parte de pessoas físicas, ex: alimentos, roupas, eletro-domésticos, bebidas, jóias, etc.
  • Bens de indústria: produtos que se destinam ao consumo por parte de pessoas jurídicas, ex: matérias-primas, máquinas, equipamentos, etc.
  • Serviços: produtos intangíveis que podem ser consumidos por pessoas físicas ou jurídicas, ex: serviços bancários, turísticos, profissionais, transportes, etc.

O modelo de transformação Input/Output

        Toda operação que produz bens e serviços com a combinação de funções centrais e de apoio o faz por um processo de transformação conhecido como entrada → processamento → saída, ou ainda pelo seguinte modelo de transformação:

[pic 1]

        O INPUT (ou entrada) engloba todos os insumos (materiais, informações, trabalhadores, gerentes, consumidores, equipamentos, instalações e terrenos) necessários para as operações de transformação. Já a TRANSFORMAÇÃO é exatamente a etapa da produção. Ela ocorre em diferentes ambientes dependendo da finalidade do produto, por exemplo, fábricas de papel, consultórios médicos, etc. Por fim, temos o OUTPUT, que representa todos os bens e serviços produzidos.

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