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Gestão Estratégica e Ambiente Externo

Por:   •  25/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.254 Palavras (10 Páginas)  •  142 Visualizações

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Matriz de atividade em equipe – tarefa individual 3*

Módulo: 3- Estratégia e Ambiente externo

Título: Análise do veículo Gol, da marca Volkswagen

Aluno: Carlos Augusto de Freitas

Disciplina: Gestão Estratégica

Turma: 2019-1-GestEst-P1-T1V-AGRUPADA1

Introdução

     

     Este trabalho tem como objetivo avaliar os grupos estratégicos e os concorrentes do veículo GOL da Volkswagen observando os mercados de atuação da categoria.              

 

     Através de pesquisas e material fornecido como suporte ao trabalho, elaborarei um texto de forma objetiva que discuta as condições de mercado comparando o GOL com seus três concorrentes diretos, Uno (Fiat), Celta (Chevrolet), Fiesta (Ford), definindo os veículos que podem ser tomados como concorrentes indiretos.

     Para tanto, devemos considerar nesta análise, os fatores abaixo...

  • Contexto atual das quatro montadoras;
  • Características dos concorrentes diretos;
  • Características do grupo de concorrentes indiretos;
  • Desempenho do Gol em relação a seus concorrentes diretos.

     Conceitualmente de forma ampla e comum a vários autores, “grupo estratégico” é um conjunto de organizações que fazem parte da mesma indústria, e que adotam estratégias iguais ou semelhantes. Segundo Mascarenhas e Aaker, 1989, incluem estratégias de posicionamento, de produção, de preço, de mercado alvo, de distribuição, etc.

Contexto atual das quatro montadoras

     Com os olhos do consumidor voltados para as questões ambientais e econômicas provocando mudanças significativas nas relações de consumo, o setor automobilístico no Brasil passa por grande transformação em decorrência da necessidade de se produzir automóveis mais leves, econômicos, seguros e menos poluentes (GRITT et al, 2002). O governo brasileiro, para estimular a concorrência e forçar a modernização das empresas nacionais e de seus produtos, reduziu no início da década de 90 as tarifas de importação de 80% em 1.990 para 35% em 1.994 exigindo uma grande reestruturação neste setor. A abertura das importações possibilitou a instalação de montadoras internacionais provocando grande impacto no cenário automobilístico, nas relações de trabalho, quase destruindo a indústria nacional.

     Neste mesmo período o então empossado presidente Itamar Franco, voltou os planos do governo para ênfase na produção nacional, estimulando a fabricação dos carros populares e auxiliar as montadoras brasileiras na garantia de mercado. Porém somente a partir da mudança de governo no ano 200 houve aquecimento na economia com oferta de crédito, geração de emprego e retomada no consumo de veículos no país possibilitando as montadoras alavancarem suas vendas.

     Em uma economia de altos e baixos nos últimos tempos, carga tributária excessiva e custos de investimento elevados em tecnologia e inovação, o consumo de veículos cresceu substancialmente nas últimas décadas provocando alavancagem na frota de 186% na primeira década dos anos 2000.

     Em 2007 apenas quatro marcas de veículos detinham 86% do mercado (FIAT, VW, GM, FORD) já no primeiro semestre de 2017 esse número subiu para oito marcas mantendo as quatro primeiras já mencionadas, no topo da lista.

     Com a concorrência a cada dia mais acirrada, a alternância no ranking de vendas obriga as montadoras a lutarem com mais afinco por suas posições de liderança com inovação e produtos que atendam ao consumidor brasileiro que tem por característica ser atraído pelo preço ao buscar adquirir um veículo, seja novo ou usado. Prova disto é o crescimento da venda de veículos seminovos 23,64% no primeiro trimestre de 2016, dados da FENAUTO (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores).

     Fato é que quando se fala em participação de mercado na venda de veículos nacionais as montadoras em análise neste trabalho alternam suas colocações no topo de qualquer ranking mencionado nos mais diversos veículos de comunicação especializados neste segmento, trazendo invariavelmente a Volkswagen nas primeiras posições, tendo o veículo GOL na liderança de vendas de sua categoria.

   Segundo “O Estadão” (2018), a Volks foi a montadora que mais ganhou participação de mercado no primeiro trimestre daquele ano, avançou 1,28 pontos na comparação com 2.017. A Chevrolet teve perde de 0,72 pontos em comparação ao mesmo período.

     Dadas algumas características do mercado nacional, relações de consumo e alguns aspectos legais, de forma sucinta este é o atual contexto vivido pelas montadoras de veículos no Brasil.

Características dos concorrentes diretos

     Empresas que oferecem produtos/serviços iguais, mesma faixa de preços, pontos de vendas semelhantes, tipos de negociação similares com objetivo de alcançar o mesmo público alvo, são caracterizadas como “concorrentes diretos”.

  • A identificação e análise da concorrência é uma das principais atividades do planejamento de marketing. É importante conhecer as forças e fraquezas dos seus concorrentes para estimar suas ações futuras e construir uma vantagem competitiva diante deles.” (Revista Exame/Abril 2011).

    Posto isto, a seguir alguns pontos importantes listados pelo site especializado em vendas de veículos “CarrosnaWeb”, determinando forças e fraquezas das marcas objetos deste estudo:

  1. Fiat Uno
  • Forças – Preço de compra; visibilidade (1ª geração); espaço interno; robustez; consumo (1ª geração); revisão com preço fixo; ampla rede de concessionárias.
  • Fraquezas – Seguro do carro; câmbio com engates imprecisos e alavanca com curso muito longo; visibilidade (2ª geração); nível de ruído; câmbio Dualogic pode apresentar funcionamento irregular com marchas que não entram ou simplesmente o carro não anda; desempenho; consumo; pós-venda; alto índice de roubo; mal avaliado no teste de impacto Latin NCAP.

  1. Chevrolet Celta
  • Forças – Consumo; agilidade; seguro barato; quadro de instrumentos completo; manutenção simples.
  • Fraquezas – Espaço interno; acabamento; ruído e desgaste prematuro de lonas e tambores de freio; volante desalinhado em relação ao assento; câmbio com relação de marchas muito curtas; alto índice de roubo; mal avaliado no teste de impacto Latin NCAP.
  1. Ford Fiesta
  • Forças – Prazer ao dirigir; estilo (New Fiesta); espaço interno (Rocam); acerto de suspensão; equipamentos (New Fiesta); estabilidade.
  • Fraquezas – Nível de ruído e consumo do motor 1.0 Supercharger; acabamento rústico de plástico barato (após 2001); desempenho insatisfatório do motor 1.0 (após 2001); não tem marcador de temperatura do motor e tampa no bocal do tanque de combustível (mexicano); espaço no banco traseiro (New Fiesta); computador de bordo indica consumo em litros por 100 km (New Fiesta mexicano); ar condicionado não tem filtro; luz de direção (pisca-pisca) na cor vermelha (New Fiesta mexicano); sistema de áudio em tela pequena e sem integração com telefone celular; não tem alças de segurança no teto (New Fiesta); preço de revenda; frente baixa raspa com facilidade em valetas, lombadas e rampas (New Fiesta).
  1. Volkswagen Gol
  • Forças – Robustez; dirigibilidade; câmbio com engates leves e     precisos; revisão com preço fixo; ampla rede de concessionárias.
  • Fraquezas – Seguro caro; ajuste de altura do banco não eleva o assento, só muda inclinação; pós-venda; alto índice de roubo.

     

     Outro fator importante a ser analisado como característica dos concorrentes são as plataformas globais que, como podemos observar podem influenciar negativamente a opinião do consumidor na decisão de compra. É o caso do Ford Fiesta produzido no México que apresenta alguns itens que não satisfazem as exigências do consumidor no Brasil.

Características do grupo de concorrentes indiretos

     “Concorrentes indiretos não oferecem o mesmo tipo de produto/serviço, mas atingem o mesmo público alvo através da estratégia de substituição, o que acaba influenciando na decisão de compra do cliente. A principal ferramenta de marketing a ser desenvolvida é a nível institucional, ou seja, as empresas precisam desenvolver estratégias de marketing capazes de convencer o cliente de que o seu produto/serviço é o que mais lhe agregará valor.” (Portal IBC, 2017).

     Considerando a instabilidade econômica que atravessa o Brasil, as motocicletas são opção bastante atrativa para o consumidor que almeja adquirir o seu veículo próprio, exercendo concorrência indireta aos veículos leves. Desta forma, observamos o desempenho substancial da venda de motocicletas no período analisado em comparação ao de carros.

      A economia proporcionada pelo baixo consumo de combustível, facilidade de estacionamento frente aos pequenos espaços disponíveis nos grandes centros urbanos e menor investimento são alguns fatores que favorecem seu uso.

     Embora o desempenho das vendas de motocicletas seja um cálculo à parte e tenha sofrido forte queda no ano de 2.012, no comparativo com o ranking dos 10 veículos leves mais emplacados naquele período, as quatro primeiras motocicletas da lista tiveram vendas substanciais, conforme quadro abaixo.

10 carros mais emplacados em unidades - 2012

10 motocicletas mais emplacadas em unidades - 2012

1)Vw Gol – 293.293

2)Fiat Uno - 255.838

1)Honda CG150-379.874

2)Honda CG125-285.313

3)Fiat Palio – 186.384

4)Vw Fox – 167.685

3)Honda Biz-222.557

4)Honda NXR150-192.580

5)Chevrolet Celta-137.617

6)Fiat Strada–117.455

5)Honda Pop100-95.759

6)Yamaha YBR125-82.184

7) Ford Fiesta–113.546

8)Fiat Siena-103.547

7)Honda CB300R-57.471

8)Honda XRE300-33.307

9)Classic/Corsa-98.551

10)Renault Sandero-98.442

9)Yamaha Fazer250-33.307

10)Yamaha T115 Crypton-23.174

Fonte: Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)

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