Gestão do Conhecimento
Por: Roberta Do Amaral • 16/2/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 4.347 Palavras (18 Páginas) • 108 Visualizações
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Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
PROPOSTA DE MODELO DE AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIA
Disciplina: Gestão de Conhecimento
Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos
Tutora a distância: Ma. Irma Macário
Roberta Rodeghiero do Amaral – 5568102983
PELOTAS / RS
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1.0. INTRODUÇÃO
Atualmente a gestão do conhecimento vai além do processamento de informações objetivas, consistindo em acessar ideias, intuições, descobertas ou visões e torná-las organizadas, de modo que sejam incorporadas por novas gerações de estudantes, grupos de trabalho ou comunidades sociais. Nos últimos tempos, as organizações brasileiras privadas e públicas, de forma crescente, passaram a se perceber a importância da revisão dos seus modelos de gestão: no caso das empresas privadas, a motivação era a sua sobrevivência e competitividade no mercado; no caso das empresas públicas, tal motivação era a sua capacidade de cumprir sua missão, ou seja, atender com qualidade a prestação de serviços de interesse da sociedade.
Mas, focando a realidade empresarial brasileira, constata-se que as organizações nacionais desenvolvem esforços no sentido de recuperar o tempo perdido que levou a um atraso em relação à situação mundial. No entanto, se há poucas empresas brasileiras consideradas de "classe mundial", já é possível avaliar a partir destas a aplicabilidade das novas práticas gerenciais que garantirão a sua sobrevivência num mercado cada vez mais globalizado e competitivo.
2.0. CONCEITO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO
De forma a ter um melhor entendimento sobre a gestão do conhecimento é fundamental que inicialmente seja feita uma conceituação sobre os termos dados, informação e conhecimento.
Para Davenport (1998):
“dados são simples observações sobre o estado do mundo, são facilmente estruturados, obtidos por máquinas, freqüentemente quantificados e facilmente transferidos; informação são dados dotados de relevância e propósito, requer unidade de análise, exige consenso em relação ao significado e necessariamente exige a mediação humana; conhecimento é a informação valiosa da mente humana, inclui reflexão, síntese e contexto, além disso é de difícil estruturação, transferência e captura em máquinas, bem como é freqüentemente tácito”.
Barreto (1994) apud Leite (2006), definiu informação como:
“estruturas simbolicamente significantes com a competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo, em seu grupo, ou na sociedade”. De uma forma simples, podemos dizer que a informação é um conjunto de dados estruturados, que possuem algum valor ou sentido e que tem como objetivo a construção do conhecimento. Em outras palavras, é válido dizer que os dados são as matérias-primas da informação, que por sua vez, é a matéria-prima do conhecimento.
Porém, nem toda informação ou conjuntos de informações, por si só, tornam-se conhecimento. O conhecimento é construído de forma individual por cada pessoa e depende da relação que cada uma realiza entre a informação assimilada e a sua experiência.
Para Setzer (1999), o conhecimento seria: “uma abstração do indivíduo, particular, de algo experimentado por alguém, portanto, não pode ser descrito inteiramente, pois, caso o fosse, seria apenas dado ou informação”. Ainda, segundo o autor, o conhecimento é puramente subjetivo e depende da experiência de cada indivíduo.
Para Silva (2006), o conhecimento apresenta-se em duas formas distintas: explícito (formal) e tácito (informal).
“O conhecimento formal encontra-se armazenado em alguma base física e pode ser recuperado quando necessário”, ou seja é novamente transformado em informação. “O conhecimento informal consiste em idéias, opiniões e pressupostos de posse dos indivíduos e serve de fundamento para a construção do conhecimento formal”.
Para Nonaka e Takeuschi (1995) apud Silva, 2006), a interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito ocasiona a construção de um novo conhecimento. Este processo ocorre através de quatro modos de conversão, conforme veremos a seguir:
1. Socialização: nesta etapa ocorre a transformação de conhecimento tácito para outro do mesmo tipo (T => T). Segundo Valentim (2005), nesse momento, “o compartilhamento de informações, conhecimento, experiências e modelos mentais, viabilizam-se, por exemplo, por meio de seminários, treinamentos e brainstormings ('tempestade de idéias')”;
2. Externalização: o conhecimento tácito é convertido em conhecimento explícito quando o mesmo é registrado de maneira assimilável por outras pessoas (T => E). Como exemplo, podemos citar a elaboração de um artigo científico;
3. Combinação: o conhecimento explícito ao ser comparado e combinado com outros conhecimentos explícitos, pode ser ampliado num processo de conversão explícito para explícito (E => E). Para Valentim (2005), esta etapa ocorre com o auxílio das tecnologias da informação e diversas mídias. Terra (2005) cita alguns exemplos, tais como: troca e combinação de conhecimentos através de documentos, reuniões formais, bancos de dados, redes de comunicação computadorizadas, etc.;
4. Internalização: quando internalizado por alguém, o conhecimento explícito volta a ser conhecimento tácito (E => T). Exemplo: quando um leitor internaliza as informações de um texto.
O conjunto “dados, informações e conhecimento” tem sido um importante fator de competitividade em diferentes tipos de organizações. Através do gerenciamento desses recursos informacionais, pode-se subsidiar várias atividades para o aumento da produtividade e da qualidade da organização (Valentim, 2002).
Nesse sentido, podemos perceber que tanto a informação quanto o conhecimento precisam ser gerenciados da mesma maneira que outros recursos. E este corresponde aos objetivos da gestão da informação (GI) e da gestão do conhecimento (GC), respectivamente.
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