Gestao comercio
Por: davivinicius • 1/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 150 Visualizações
PRODUTO - GASTRONOMIA -AÇAÍ
O AÇAÍ NA TRILHA DO KIWI
A fruta amazônica vem ganhando valor e mercado nos Estados Unidos. O açaí é uma pequena fruta roxa de gosto amarga com mais caroço do que polpa. Com essas credenciais, parecia natural que seu consumo se limitasse às populações ribeirinhas da Amazônia. No entanto em um esforço de marketing, essa fruta de origem amazônica está se tornando a nova sensação de consumo nos Estados Unidos, onde foi eleita um dos principais sabores de 2007, de acordo com a consultoria Mintel. A Anheuser-Busch, a segunda maior fabricante de bebidas do mundo, acaba de lançar um energético de açaí, o 180 Blue – até então os sabores eram convencionais, como limão e laranja. Em setembro passado, a Bolthouse Farms, empresa americana que fabrica sucos de fruta, inaugurou nos arredores da cidade de Belém sua primeira instalação fora dos Estados Unidos, num investimento de mais de 10 milhões de dólares. Objetivo: assegurar a produção diária de 60 toneladas de polpa de açaí para abastecer a sua fábrica de sucos tropicais na Califórnia. A febre do açaí não se restringe às bebidas. Com base nas propriedades antioxidantes da fruta, a linha de produtos para pele e cabelos que a empresa brasileira Natura criou e vendeu em toda a América Central. Além do energético 180 Blue mencionado acima, foi fundado o Bossa Nova Beverage Group, uma empresa que vende sucos da fruta nativa criado por Alton Johnson, e a famosa marca de destilados Absolut criou o Absolut Berri Açaí Vodka.
Todo esse esforço empresarial visa a mimetizar a incrível trajetória comercial de outra fruta exótica de aparência e gosto discutíveis – o kiwi. Não fosse por uma estrondosa operação de marketing, é provável que o kiwi nunca tivesse saído da China e de Taiwan, países onde há setenta anos era usado como comida para porcos. Nos anos 80 do século passado, o kiwi foi reinventado numa campanha mundial de valorização financiada por produtores asiáticos e liderada pelo governo da Nova Zelândia. Chefs famosos nos Estados Unidos e na Europa receberam remessas regulares da fruta, cujo gosto "exótico" e propriedades terapêuticas eram trombeteados aos quatro ventos. A campanha teve enorme sucesso e o consumo de kiwi espalhou-se pelo mundo.
ANÁLISE DO GRUPO EM RELAÇÃO AO PRODUTO:
Atualmente a participação do Brasil no mercado externo vem avançando de forma constante, principalmente na área gastronômica, especificamente no setor de frutas, sendo o terceiro entre os maiores fruticultores do mundo. Em 2012 o Brasil vendeu cerca de US$600 milhões em frutas. A União Europeia chega a comprar 70% da produção, o que gerou milhares de empregos para agricultores brasileiros.
Esses países citados sempre investiram em frutos brasileiros, como o melão (principal fruta de exportação), o cacau e a uva brasileira, porém o açaí tem se tornado destaque na atualidade, com os benefícios da fruta à saúde. Ele é comercializado para se transformar em produtos como cosméticos e bebidas.
BRASIL: ENFRENTANDO DESAFIOS
A partir das experiências de outros países, é possível detectar que todos os governos, sem exceção, enfrentaram o “dilema da internacionalização”.
O processo de internacionalização de empresas está fortemente associado à saída de divisas do país. Em determinados momentos, e a depender do volume de recursos direcionados para o exterior, esse processo pode representar uma pressão sobre as contas externas do país. Esse movimento, por outro lado, tende a ser compensado, após algum tempo, por retorno de capitais na forma de lucros e dividendos. Além disso, o acúmulo de reservas internacionais pode também diminuir a pressão sobre essas contas.
Exportação de postos de trabalho:
- Um dos principais riscos associados à internacionalização das empresas é a transferência de postos de trabalho para o exterior. A busca por eficiência e competitividade tem levado algumas empresas a transferir parte de suas operações para outros países, com o objetivo de tirar proveito de diferenças nos custos de mão-de-obra, capital e outros insumos produtivos. Essa transferência muitas vezes implica o fechamento de parte das operações no país de origem e, consequentemente, a eliminação de alguns postos de trabalho. Nem todos os processos de internacionalização, no entanto, ocorrem em detrimento do nível de emprego no país de origem. O investimento direto no exterior pode também fazer parte de uma estratégia de expansão das empresas – busca de novos mercados, fontes de matéria-prima, entre outros. Nesse caso, a internacionalização acarreta criação de empregos no país receptor sem os efeitos negativos sobre o emprego no país de origem. Em muitos casos, ainda, ocorre a abertura de novos postos de trabalho no país de origem, decorrentes da internacionalização da empresa. Um dos desafios do governo brasileiro, portanto, é ser capaz de formular políticas de incentivo à internacionalização que priorizem processos de expansão – e não de transferência – das operações das empresas brasileiras.
- Diminuição dos investimentos internos (em relação aos investimentos no exterior): Neste caso, há um risco de que as empresas passem a priorizar a expansão e modernização de suas bases no exterior, com estagnação de suas bases no país de origem.
O governo brasileiro deve evitar que as políticas de fomento à internacionalização de empresas sejam direcionadas a situações que acarretem diminuição ou estagnação de investimentos em território brasileiro. O investimento direto estrangeiro brasileiro possui foco maior nos países emergentes, a maioria é destinada a países da América Latina. As multinacionais brasileiras enfrentam alguns desafios em seu caminho, o maior deles, é superar as desvantagens do desconhecimento dos mercados internacionais.
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