Karl Marx e a História da Exploração do Homem
Por: Marcos Henrique • 4/11/2015 • Resenha • 1.367 Palavras (6 Páginas) • 1.045 Visualizações
Karl Marx e a história da exploração do homem
No campo científico, alguns teóricos tentam mostrar de forma peculiar a realidade, com isso, fazem uma abordagem em diferentes níveis e modelos teóricos particulares. Os diferentes modelos teóricos, cada qual mostrando o seu objetivo, oferecem diferentes perspectivas que se complementam.
Abordando o modelo positivista, referente a Auguste Comte, e depois, o que foi proposto por Durkheim, mostrando que a sociedade se mostra mais que a soma de indivíduos, constituída por normas, instituições e valores características do social, foi desenvolvido o pensamento de Karl Marx, o materialismo histórico. É um dos pensamentos de mais difícil compreensão. Apresenta como objetivo, entender o sistema capitalista e modificá-lo.
A intenção de Marx não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma grande transformação política, social e econômica. Suas ideias não eram limitadas ao campo teórico e científico. O materialismo histórico é considerado a corrente mais revolucionária do pensamento social.
Marx teve encontros significativos com importantes socialistas, como: Claude Henri de Rouvroy e Robert Owen. Estes socialistas tinham como proposta, transformar radicalmente a sociedade, implantando uma ordem social justa e igualitária, eliminando o individualismo, a competição e a propriedade privada. Os métodos que propunham utilizar eram a propaganda e a realização de experiências-modelo, devendo assim, servir de guia para o restante da sociedade.
Apesar disto, nenhum deles havia considerado seriamente a necessidade de lutas políticas entre as classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na implantação de uma nova ordem social. Por este motivo, Marx os dominava de utópicos.
Vale ressaltar a participação de um grande economista político, no trabalho de Marx, Friedrich Engels. Foi um grande revolucionário alemão, também cofundador do socialismo científico, que também é conhecido por comunismo. O comunismo é uma doutrina que demonstrava que as contradições históricas do capitalismo levariam, necessariamente, à sua superação por um regime igualitário e democrático que seria sua antítese.
A ideia de alienação.
A palavra “alienação” tem um conteúdo jurídico, que designa a transferência ou venda de um bem ou direito. Rousseau (1712- 1778), passa a predominar a ideia de privação, já Marx faz uso do conceito de uma peça chave de sua teoria para a compreensão da exploração econômica exercida sobre o trabalhador no capitalismo. A indústria, propriedade privada e o assalariamento alienavam o operário dos “meios de produção” - matéria-prima e do fruto de seu trabalho, que se tornaram propriedade privada.
A base do liberalismo criou a ideia de Estado como um órgão político, capaz de representar toda a sociedade, entretanto, Marx mostrou o Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse dela.
Segundo Marx, “a divisão social do trabalho” fez com que o pensamento filosófico tornasse atividades exclusivas de um determinado grupo. Alienado, o homem só pode recuperar a integridade de sua condição humana pela crítica radical ao sistema econômico. Essa crítica radical, nasce do livre exercício da consciência e só se efetiva na práxis, a crítica está unida a práxis. Assim, o marxismo se propunha como opção libertadora do homem.
As classes sócias
Outro conceito basilar de Marx é a busca por denunciar as desigualdades sociais contra a falsa ideia de igualdade política proclamada pelos liberais. As “relações de produção”, que dividem os homens em proprietário e não – proprietários dos meios de produção. Dessa divisão originam as classes sociais: os “proletários” e os “capitalistas”.
As classes sociais formadas no capitalismo – burgueses e proletários - estabelecem intransponíveis desigualdades. A oposição e o antagonismo derivam dos interesses inconciliáveis entre as classes – os capitalistas desejando prever seu direito à propriedade dos meios de produção e dos produtos e a máxima exploração do trabalho do operário, pagando baixos salários ou ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, luta contra a exploração, reivindicando menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros que se acumulam com a venda daquilo que o mesmo produziu.
A origem histórica do capitalismo.
Para desenvolver sua teoria, Marx se vale de conceitos abrangentes, da análise crítica do momento que vive e de uma sólida visão histórica com os quais procura explicar a origem das classes sociais e do capitalismo.
No início, essa acumulação de riquezas se fez por meio da pirataria, do roubo, dos monopólios e dos controles de preços praticados pelos Estados absolutistas. Mas, a partir do século XVI, o artesão e as corporações de oficio foram paulatinamente substituídos, respectivamente, pelo trabalhador “livre” assalariado – o operário – e pela indústria.
No início da produção artesanal Europeia da Idade Média e do Renascimento (Idade Moderna), o trabalhador mantinha em sua própria casa os instrumentos de produção, porém, aos poucos foram surgindo oficinas organizadas por comerciantes e a generalização de galpões com essas oficinas originou em meados do século XVIII, na Inglaterra, a Revolução Industrial, isso possibilitou a mecanização ampla e sistemática das mercadorias, com isso o processo de fabricação acelerou e foi levando a falência de artesãos individuais. As máquinas e tudo que é necessário ao processo produtivo, ficaram acessíveis somente aos empresários capitalistas, com as quais os artesãos, isolados não podiam competir, fazendo com que os artesãos desistissem da produção individual e empregando – se nas industrias, formando uma nova classe social.
...