Linguagem, Comunicação e Discurso
Por: MATTHEUSWERNECK • 31/5/2019 • Trabalho acadêmico • 276 Palavras (2 Páginas) • 261 Visualizações
Ao pensar em um texto, automaticamente o associamos ao leitor, pois um não existe sem o outro. Na literatura, um texto passa a existir apenas quando é lido e produz algum tipo de reação, fascínio e influência ao leitor.
O conhecimento do mundo se fundamenta sobre as diferentes classes do princípio de razão suficiente, a saber: a do devir, que rege as representações intuitivas dadas pelo entendimento; a do ser, dado pelas formas a priori do espaço e do tempo; a do conhecer, que dirige as representações abstratas dadas pela razão; e a do agir, que rege a motivação. (Schopenhauer, Arthur).
De tal modo, leitor, texto e sociedade relacionam-se em uma relação necessária de apreensão e interpretação do real, onde o leitor está sempre interpretando um texto de acordo com as suas próprias convicções pessoais e partes teóricas. O texto, por sua vez, é ele mesmo uma interpretação pessoal, que, apesar de desejar produzir um trabalho neutro, não é capaz de fugir de suas próprias estruturas interpretativas.
Autor e leitor trabalham, juntos, na construção de um sentido para os fatos sociais que, neles mesmos, não possuem sentido algum - são apenas fatos que exigem uma interpretação para que passem a fazer parte de nossa compreensão de mundo. Sem a interpretação, os fatos não dizem nada para nós.
Por isso, ler é interpretar, escrever é interpretar e, ao realizar este processo, os envolvidos constroem o sentido/coerência, algo totalmente ideológico e com poucos laços com a natureza concreta do mundo, da sociedade e do mundo onde vivem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCHOPENHAUER, A. Die Welt als Wille und Vorstellung. In: Sämtliche Werke. Vol. I. Ed. Wolfgang Frhr. von Löhneysen, Frankfurt am Main : Suhrkamp, 1986
...