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MODELOS JAPONESES DE ADMINISTRAÇÃO: JIT, TOYOTISMO E CQT

Por:   •  13/5/2018  •  Abstract  •  2.158 Palavras (9 Páginas)  •  351 Visualizações

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MODELOS JAPONESES DE ADMINISTRAÇÃO: JIT, TOYOTISMO E CQT

A administração japonesa é estudada e exercida por várias empresas devido seu grande sucesso em quase todas as empresas onde se é aplicada. Os dois principais métodos de inovação no modelo é que ele aplica Just In Time na administração de produção e o Controle Total de Qualidade do qual os Círculos de Controle de Qualidade são apenas um dos elementos este último algumas vezes é denominado de Toyotismo.  

          As características que marcam a administração japonesa é a empregabilidade permanente de seus funcionários, para realização de trabalhos não especializados se usa a mão de obra temporária, o recrutamento de empregados permanentes para dois ou mais trabalhos é feito dentro dos grupos de Q.I mais elevado, a ideia de algumas partes ou habilidades que pertencem a um só individuo não é bem definida podendo assim esse escolher seu próprio caminho dentro da empresa, o treinamento se preocupa com a qualidade do serviço, o mercado pode definir também os salários, o nível do salário muitas vezes é definido por sexo, mérito próprio, idade, responsabilidade e família. A negociação do salário geralmente é formalizada.

Diferente de outros métodos de administração que utilizam supervisores em grupos, a administração japona prefere utilizar líderes que estimulem os funcionários a atingirem seus objetivos.

TOYOTISMO

        Com o advento da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, surgiu, principalmente após a Segunda Revolução, formas de melhorar os processos de produção. Formas essas que intensificavam a produção, reduziam os custos e aumentavam a produtividade. Aparecem então em todo o mundo algumas estruturas produtivas, que são aplicadas principalmente nas indústrias automobilísticas.

        Nesse contexto, na década de 70, surge um modelo oriental conhecido como Toytismo. Depois da crise do petróleo, em 1973 (quando Israel, Egito e Síria entram em guerra devido a disputa de territórios adquiridos na Guerra dos Seis Dias), a UPEP - União dos Países Exportadores de Petróleo resolve diminuir o ritmo de produção como forma de vingança contra os norte-americanos e israelitas devido a guerra. Nessa fase, o barriu do petróleo passa a ficar muito caro. Com o mundo então passando por crise, precisava-se produzir de forma mais barata.

Toyoda então, juntamente com seu engenheiro Taiichi Ohno, resolve ir a Detroit para perceber como era que funcionava o sistema Fordista de produção (sistema esse criado pelo empresário norte-americano Henry Ford, onde sua principal característica era a produção em massa). Durante a visita, Toyoda e Ohno ficam espantados com o desperdício de recursos. Com o objetivo de conseguir o máximo de produtividade, a fábrica da Ford e colocava à disposição dos operários uma quantidade demasiadamente grande de recursos para serem utilizados, objetivando combater qualquer tipo de eventualidade. Era a filosofia Just in case.  No entanto, essa precaução tinha outro nome para os japoneses: desperdício. Eles percebem então que esse tipo de produção não funcionaria no Japão, já que estes estavam passando por uma crise, além de que não havia em seu país a mesma disposição de espaço e recursos que as indústrias dos EUA tinham.

        Toyota então chega à conclusão de que é necessário reduzir a produção e passar a produzir apenas de acordo com a demanda.  Tal conceito ficou conhecido como Just in time. Produzir na hora certa, o produto certo, na quantidade certa. A partir daí, a produção passa a ficar mais barata.

        Alguns conceitos são adotados para se padronizar esse tipo de produção agora. Começa a se desenvolver a pesquisa de mercado, para saber o quanto produzir, qual o tipo de consumidor que estão lidando e o estes consumidores necessitam naquele momento. Outro conceito aplicado no Toyotismo é a terceirização, onde passa a ser transferido para outras empresas a responsabilidade de produção de algumas peças e serviços. Tal característica é aplicada, pois Toyota percebe que, dessa forma, os custos de produção diminuem.

        Além disso, o modelo Toyotista preocupa-se muito com a qualidade do produto. É visado então a fabricação com qualidade, em que se busca identificar rapidamente os defeitos e as suas causas e buscando, consequentemente, a eliminação das causas dos defeitos. Seu discurso era: fazer certo na primeira vez, corrigir os erros em suas causas fundamentais e manter círculos de qualidade.

        Com o passar dos anos, foi se verificando no mercado mundial que os produtos japoneses tinham alta qualidade e seus preços eram menores em consonância aos preços dos produtos da concorrência. Sendo então notados, as características de administração japonesa passaram a ser alvo de pesquisas em todo o mundo. E, depois de uma década, quando empresas japonesas passam a se instalar nos EUA e em outras regiões das Américas e Europa, é despertado nos empresários um interesse pelo modo de administração japonesas. Depois de então, não levou muito tempo para esse modelo se tornar o padrão mundial, onde tem influenciado até hoje pequenas e grandes empresas, que tem adotado fortemente o modelo Toyotista de produção e alcançados resultados satisfatórios e até mesmo surpreendentes.

A Toyota Motors é a maior empresa no Japão com uma receita total de 235,8 bilhões de dólares, seguida da empresa de correios Japan Post Holdings, com receita de 129,8 bilhões de dólares e Mitsubishi UFJ Financial, com a receita de 44.2 bilhões de dólares.

JUST IN TIME

O Just-in-time (JIT) é uma filosofia de organização da produção, ela surgiu na Toyota Company, seu principal objetivo é a melhoria do processo produtivo para que este se torne eficiente e eficaz.

Por meio dessa filosofia é possível planejar e elaborar os produtos controlando o estoque, ou seja, produzindo apenas o que for necessário, no momento certo, com rapidez e desperdício zero. O sistema usa apenas as matérias-primas necessárias para atender os requisitos da produção ou demanda, permitindo que haja a elevação da qualidade e tempos mais curtos para a manufatura.

Para que o JIT funcione é preciso que exista uma alta coordenação da programação da produção e que não haja defeitos em cada etapa desse processo. Desse modo, todas as pessoas relacionadas nesse processo ( os administradores, empregados e fornecedores) devem estar envolvidos e compromissados com o sistema.

O JIT requer algumas medidas para que sejam alcançados resultados positivos na produção, são elas:

 1- O Plano mestre: que é determinado de acordo com a demanda diária, e tem duração de um a três meses, o que permite que cada posto de trabalho planeje suas atividades.

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